Um atentado é obviamente criticável. Não temos dúvidas.
Mas de que é que serve andar o mundo todo a dizer "Abaixo o Terrorismo" e "Não nos vão vencer"???
Parece que estamos em guerra. Estamos em guerra com quem? Contra o quê? Assim, os Estados Unidos vão poder invadir mais um país. Em nome do combate ao Terrorismo.Qual país? Não sei. Depende de onde soprará o vento.
Penso que deveríamos era questionar os motivos destes ataques. Estaremos nós realmente certos que é fundamentalismo islâmico?
Ok, aceitemos esta ideia de fundamentalismo islâmico.
Fixei uma bela imagem da praça de S. Pedro em Roma (ups, Vaticano), onde o Coronel Joseph Ratzinger discursava. Dizia ele: "FERMATÉ"... Pensei: "Serve de muito. Para eles, tu és um dos cabecilhas. Tu e a grande maioria dos tipos que estiveram no funeral do Karol Wojtyla.
O que é que uma igreja que tem como um dos seus valores universais a tolerância tem feito por reconhecer e aceitar outros credos e religiões?
(daqui poderíamos partir para diversos temas: homosexualidade, igualdade entre sexos, etc. Talvez em futuros posts)
sexta-feira, 15 de julho de 2005
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17 comentários:
Será que o terrorismo não é também uma forma de expressar racismo?
Mas será que alguém consegue, ou sabe, dizer como seria, em termos terroristas, caso os EUA não agissem com agem?
Será que, esses que se dizem defensores do puritanismo, e depois se tornam bombistas-suicidas, agiriam de forma diferente?
Fundamentalismo islâmico vs. imperialismo beligerante?
fritzthegermandog:
leider kann ich nicht mit JAM zu stehen weil bin ich ein Ratzinger fan. Iche binsher zufrienden dass wir ein Deutsher papen haben. Können wir auf der Vatican Politik diskutieren: natürtlicht es war nicht alle gut gegangen, aber wir müssen eine möglichkeit um RATZINGER zu geben, und, dann, vieleicht es ist besser der RATZINGER POLITIK zu verstehen.
Zeit - das ist was RATZINGER benutzt
Tradução (+ ou -, porque o meu alemão está um bocadito esquecido!):
«Não posso estar muito de acordo com o JAM porque sou um fã do Ratzinger. Estou contente por termos um Papa alemão. Podemos discutir a política do Vaticano: é claro que não podemos concordar com tudo, mas temos que dar ao Ratzinger o benefício da dúvida, e, depois, talvez se possa compreender melhor a política do Ratzinger. Tempo - é isto que o Ratzinger precisa».
É mais ou menos isto creio!!!!
JAM: Viva a Internacionalização!!!
Sehr Gut asp! Du hast nicht deinen Deutsh Klassen vergessen!
Aber, was denkst du über JOSEPH RATZINGER? Für mich, können wir nicht in die Zukunft vielen wechseln finden... Müssen wir immer wissen dass mit joahanes paulus II einem sehr starke und efektive politike handlung gegeben haben. Normaleweise die Kirche wisst der weg, und liebt nichts anderen zu probieren.
also, diesen komentaaren sind auch über el torero gesprochen hat - und hauptlich über seinem Ratzinger meinung - und nicht über die JAM posts.
bis morgen...
É um prazer contar com um comentador internacional.
Mas para melhor compreensão de todos, e visto que é um blog escrito em português, e como falas a lingua de Camões, seria preferível faze-lo sempre na lingua de todos nós.
Obrigado.
J. Ratzinger/ Camarada Arnaldo Matos?
Caríssimo amf: uma vez que existe também, o relativo domínio do português falado e escrito (não seguramente aquele que se eterniza nos versos camonianos) farei como me solicita, utilizando o português, de ora em diante, nas intervenções que farei questão de produzir no presente blog.
Caríssimo asp:
as considerações que teci sobre o camarada arnaldo matos em prosa manifestamente proletária, possuem obviamente um conteúdo irónico e risível, até certo ponto. Essa mesma ironia, serve sobretudo para tornar manifesto o quanto de esquizofrenia ideológica grassou no portugal democrático (não deixa ainda de ser curioso o facto de a constituição portuguesa (e não só)continuar impreganda desse mesmo esquerdismos demodé).
Confesso-lhe caríssimo ASP que parto de uma visão antropológicamente pessimista do HOMEM. Não acredito na sua bondade intrínseca, nem acredito (à boa maneira do racionalismo francês)que ela teria outrora sido corrompida pelas instituições, pelas convenções, pelos regimes, pelas opressões, sejam elas de cariz feudal, religioso ou capitalista.
Não acredito que possa haver o regresso ao "bom selvagem" Rousseauniano, ou ao "novo homem" apregoado pelo programa de aniquilamento marxista-leninista.
A condição do HOMEM é a contingência e o arrependimento e é isso que me aproxima de RATZINGER e tudo o que ele "ideológicamente" significa.
Viva Ratzinger! Abaixo a Revolução. Arnaldo Matos ao Museu dos Coches.
Aufwiedersehen
Meu Caro Fritz:
Não sou propriamente um adepto do conservadorismo que o Papa Bento XVI corporiza dentro da Igreja Católica e, ao que parece, para si representa, em termos ideológicos.
Nunca simpatizei também com as ideias polémicas que este, enqunto Cardeal, preconizou: a título meramente exemplificativo, a questão do aborto; o problema da pedofilia que envolveu diversos sacerdotes nos E.U.A.; etc.).
Todavia, considero que a investidura papal, e tudo o que a mesma representa, mormente no plano institucional, impõe que se use de alguma cautela, que não nos precipitemos na formação de opiniões, devendo, antes, aguardar pelas decisões que venham a ser tomadas.
Cordiais Saudações.
caríssimo asp:
einmal wieder!
ainda a propósito das interrogações de el torero sobre a tolerância para com as outras religiões e sua aceitação por parte da igreja católica, cumpre lembrar que o institucionalmente denominado "diálogo ecuménico e inter religioso" constituíu um vector fundamental na política do vaticano durante o papado de João Paulo II. É ele aliás que, no início do seu pastorado, pela primeira vez visita uma sinagoga - a de Roma - e reúne os diferentes líderes religiosos (cristãos, judeus, muculmanos, budistas, hindus, sikhs etc...) em ASSIS.
O papa Bento XVI assumiu esse mesmo programa ecuménico e inter-religioso e para quem o acusava, de intolerância e de zelo, eis que visitará a sinagoga judaica em colónia.
Mas a pergunta deverá igualamente ser inversa: quantos muftis ou califas, quantos rabinos ou monges budistas visitaram os lugares santos cristãos? Qual o programa inter-religioso que defendem?
A prática inter-religiosa de convivência é assumida por Bento XVI (ver o seu primeiro discurso em www.bbcnews.com) tal como o foi por João Paulo II. E não será difícil de explicar porquê...
Ao escolher um papa de uma país maioritáriamente católico como era a polónia em 1978, a intenção era óbvia: aproveitar essa solidez cultural polaca para bloquear e fazer precipitar a opressão marxista-leninista. Considerando que sairia vencedora dessa embate (como se verificou) a igreja procurou antecipar o que seria o mundo após o colapso soviético: para lá da bipolarização ideológica (capitalismo/socialismo) restariam as civilizações (judaico-cristã, mulçulmana, hindú, budista, xinduísta) Seria aí que o trabalho deveria começar - o que se verificou e presentemente se verifica. Antes de Samuel P. Huntington a prognose estava traçada e Londres volta uma vez mais a ser exemplo disso.
Caríssimos asp, el torero, jam e amf: o choque é civilizacional e o seu programa está há muito estabelecido.
garagem do world trade center 1992
embaixada dos EUA Tanzânia 1996
ataque SS Cole 1996
world trade center 9/11
bali 2002
Turquia 2003
madrid 11/03
londres 07/07 e 21/07
e seguramente continuará. A invasão do iraque - com todos os erros cometidos - é um pormenor que não altera a substância das coisas.
bin ich sicher dass wir müssen diese thema wieder diskutieren. Aufwiedersehen...
fritz der deutcher hund
Penso estarem JÁ reunidas as condições para lançar o livro do blog! Pelo menos a ver pela qtdd e qldd dos comentários.
Muito Bom!
Caro Fritz:
Foi com agrado que li o seu último comentário, onde aborda, nesta questão tão presente do «terrorismo», a ideia de «choque civilizacional» - com a qual, diga-se, de resto, também concordo.
Vislumbro porventura alguma dissonância, de pontos de vista, no seguinte: o meu Caro Amigo parece (pelo menos, é a minha leitura, resultante do que fica/ não fica dito nas entrelinhas ...) atribuir aos Estados Unidos da América o papel basilar para dirimir tal confronto de civilizações; eu próprio tenho uma perspectiva algo diferente, mais europeísta, que não esqueca, porém, o aliado americano.
Para finalizar diria, contudo, que todas as civilizações devem, no futuro, aprender algo que tem tanto de básico, quanto de essencial: TOLERÃNCIA!
Da Blogosfera: Cordiais Saudações!
Post Scrptum - Vejo que o Meu Amigo é leitor assíduo da «Foreign Affairs»!
liebler asp:
pelos vistos seremos nós os únicos a pretender aprofundar a discussão que se gerou a partir do presente post enquanto muitas mais bombas explodem. O facto de a sua deflagração continuar, apenas torna mais necessária a presente troca de impressões.
Vejo que será um daqueles para quem a liderança no combate ao terrorismo pelos estados unidos, lhe causa alguma espécie, espécie essa entretanto transformada em comichão, atentos os erros cometidos na abordagem à intervenção iraquiana (deve contudo o caríssimo asp perguntar-se se perante um ataque tão assimétrico e tão contrário à beligerância formalizada, se alguns erros de resposta não teriam necessáriamente de acontecer, atento o facto de se tratar de uma ameaça sem qualquer tipo de precedente e pior, sem rosto).
Vejo igualmente que lhe seria mais agradável constatar a existência de uma abordagem internacional multipolarizada, agregando-o eu, àqueles conjunto internacionalizado, que pretenderia que a resposta ao terrorismo internacional, tivesse por principal impulsionador e protagonista o concerto das nações reunidas nesse forum desadaptado e sobretudo cínico, dito de Nações unidas.
Pergunta: quantas e que tipo de respostas multipolares foram a nações Unidas capazes de forjar, resolvendo nos seus 50 anos de existência, conflitos internacionais?
Considerando que a principal ameaça às nações é feita por células sem rosto, sem hierarquia, sem Estado ou residência, que tipo de reposta poderá assumir uma organização de Estados soberanos?
que tipo de força moral existe hoje numa organização forjada no pós II guerrra mundial, para responder a um mundo que não existe mais e que se dá ao luxo de ter como presidente da sua comissão para os direitos do homem, o estado da líbia, ou que foi incapaz de gerir de forma transparente o programa petróleo por medicamentos, estabelecido no iraque, após a 1ª invasão.
Caríssimo asp: perante um ataque continuado as respostas têm de ser urgentes e essa urgência não é compatível com fóruns alargados feitos de retórica e de ajustes de contas históricos, enquanto mais bombas deflagram. aliás não houve ninguém desse mesmo bloco multipolar (nomeadamente frança e alemanha) que apresentasse qualquer outra solução ou linha de actuação que não se esgotasse apenas na palvra multipolar.
E devo por fim acrescentar que também não será a europa (ou a união europeia) a acrescentar o que quer que seja a essa mesma multipolaridade. Isso suporia a existência de uma poder militar efectivo e persuasor (não creio que o caríssimo asp acredite que resolveria o problema do terrorismo internacional com abordagens dialogantes e falinhas mansas) o que, atenta a sua incapacidade financeira de sustentar o seu próprio modelo social, estará infinitamente longe de acontecer, a não ser que mande aquele modelo social à favas (sacrilégio!)
Resumindo: a resposta veio de quem foi vítima e de quem percebeu perfeitamente as mudanças e o mundo em que passamos a viver. Houve erros, há erros e haverá erros, tal como os terroristas os irão cometer. mas uma coisa é certa, quem aniquila de uma forma cobarde pessoas inocentes, não pode ficar sem uma resposta.
Meu Caro Fritz:
Li atentamente o seu comentário.
Acho interessante o seu ponto de vista.
Todavia, de forma breve, diria apenas o seguinte:
1) não sou apologista de que se «passem cheques em branco», a ninguém, muito menos aos E. U. A.;
2) a Europa (em especial a França, a Alemanha e o Reino Unido) não podem, nem devem (acrescentando ainda: não querem!), ficar de fora da resolução do problema do terrorismo; e, por fim,
3) ao ódio que nas madrassas se instiga contra a civilização ocidental, consubstanciado nos cobardes ataques terroristas, devem todos os países que esta compõem responder com coragem e firmeza (sendo que, nesta parte, concordo que os E.U.A. devem desempenhar um papel primacial), não esquecendo porém algo que já referi e que acho essencial para o futuro de todas as civilizações: a ideia de TOLERÂNCIA (sendo que, neste particular, o contributo dos países europeus pode revelar-se fundamental).
Da blogosfera: cordiais saudações!
liebler asp:
sind diesen meinungen wechseln seher interessanten. gleichen wir es wieder.
são substantivas as obervações que produz. Devo contudo afirmar-lhe que não me importo absolutamente nada de passar um cheque em branco aos Estados Unidos, por uma razão simples: esse mesmo cheque em branco existe e está já há muito tempo passado à ordem do fundamentalismo islâmico. A questão para este é apenas a de saber qual o momento em que o preencherão com um ataque biológico ou nuclear ( peço-lhe asp que me acredite quando lhe digo que tremo quando penso e escrevo sobre tal eventualidade, mas para mim é uma questão descernimento racional e de avaliação real e critica sobre o tipo de ameaça que enfrentamos).
sou daqueles que acredita que até ao presente momento, o fundamentalismo islâmico tem sido simpático e até benevolente para com nós outros. isso contudo é parte da estratégia de atrito e de desgaste, antes do golpe fundamental. E será esse aquele que procurará desiquilibrar todas as coisas. E aí faleremos necesssariamente da frança (e por arrasto de todos os outros renitentes)
A frança é a jugular do que até agora tem sido o equilíbrio e o que o asp diz bem ser, a tolerância. mas será precisamente aí que o fundamentalismos islâmico procurará atacar mais terrivelmente - a frança, origem próxima do nosso modelo civilizacional, país com a maior comunidade muçulmana da europa (5,5 milhões), dividido por segregacionismos e ódios étnico religiosos. Será aí, por um golpe terrível, que o fundamentalismo islâmico procurará fazer-nos cair abaixo da cadeira e tudo precipitar.
A conclusão pois, caríssimo asp é a seguinte: tolerância, sim. mas nunca ao ponto de permitir que o precipício aconteça, ou que acontecendo, não se julgue que não se pagará um preço ainda maior.
Como vê asp, nessa ocasião (e Deus nos livre dela!) qualquer cheque, branco ou não, terá sempre uma péssima cobrança.
aufwiedersehen.
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