O crescimento económico no sudeste asiático tem sido forte nos últimos anos, mas nada se compara ao impressionante crescimento de Singapura. Este ano, e até ao terceiro trimestre a sua economia cresceu 9,4%.
O seu rendimento per capita é já maior que o de países como Espanha e Nova Zelândia.
Um país sem qualquer tipo de recursos naturais, um país desenvolvido, mas que cresce a um ritmo de um país subdesenvolvido.
Singapura suportou o seu crescimento num limpo e eficiente governo e sector público, e construindo um dos melhores sistemas de educação do mundo.
Singapura conseguiu nos últimos 30 anos adaptar-se e antecipar os desafios que se colocam na região e no mundo, encontrando soluções que lhe permitem continuar a ter uma economia cavalgante.
Como o fez no passado, continua a faze-lo no presente.
O boom económico de Singapura atraiu milhões de imigrantes para esta cidade-estado, e, actualmente, um terço dos seus residentes nasceu noutros países.
Para manter o crescimento económico, e reduzir a pressão para aumentos salariais, o governo de Singapura pretende admitir mais estrangeiros, e planeja aumentar a sua população de 4,7 milhões de pessoas para 6,5 milhões no próximos 40 anos, na grande maioria a custa de imigrantes.
Para um país que tem apenas 700 km2, a solução não se afigura fácil. Apesar de ter pouco espaço para tanta gente, Singapura orgulha-se de ter bastantes espaços verdes, e a primeira decisão foi que estes não seriam sacrificados para acomodar o aumento de população.
De forma inovadora, ou não, as soluções passam por 3 diferentes tipos: para o lado, para cima, mas também para baixo.
Para o lado, conquistando terra ao mar, para cima, construindo edifícios mais altos, mas também para baixo. As estradas que ocupam 12% da área de Singapura vão começar a ser colocadas debaixo do solo, assim como todos os depósitos de petróleo e outros que ocupam um parte significativa do território. Depois, talvez, casas, edifícios públicos, estádios, quem sabe?
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