Se há coisa que o dossier bcp tem demonstrado é que nós, enquanto comunidade política e económica, nos encerramos em definitivo numa lógica e numa prática que não consegue ultrapassar um complexo socializante - e muito pouco liberal - de resolver e abordar muitos dos problemas que o país vive e que resultam precisamente, desse saudosismo labiríntico por uma concepção estatizante da comunidade que somos, saudosismo que embora escamoteado prevalece.
Se assim não é, como explicar que haja um banco propriedade do Estado, com uma relevância económica e de mercado absolutamente inacreditável e que seja este, juntamente com empresas primeiro nacionalizadas e depois dispersas em Bolsa - com o Estado mantendo-se como seu maior accionista - que puxam os cordelinhos para o controlo do maior Banco Privado do país o BCP, num processo verdadeiramente Kafkiano!
Todo o processo apenas demonstra como é ainda a concepção estatista o paradigma da sociedade portuguesa e não uma sociedade verdadeiramente liberal e livre. É evidente que ambos os maiores partidos aceitam tácitamente a presente situação - afinal são eles quem de comum acordo e à vez, partilham a administração da CGD e agora poderão igualmente fazê-lo no BCP!!
Um óptimo ano para todos!!
2 comentários:
Caro Amigo:
Não se esqueça, no que ao "bcp" tange, da Maçonaria e da Opus Dei e respectivos interesses!
Um Excelente 2008!
Caro asp:
isso da maçonaria e da opus dei confesso que não me importa muito... Toda a estrutura seja ela financeira, seja cultural, seja outra qualquer tem sempre alguém que a domina e um conjunto de outro que disputam tal domínio...
A questão aqui tem a ver com o Estado e com o facto de ele - por vias travessas, i.e. EDP e CGD - assumir um protagonismo que entendo absolutamnete inadequado num país de que diz de capitalista... É a credibilidade financeira que perde!
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