Não se falará de outra coisa: o pacto da justiça pelo qual ps e psd acordam na reforma daquele pesaroso sistema, que torna presentemente impossível, a pratica da equidade nos tribunais. Há elogios de todas as partes (até daquelas que se desconheciam) porque há quem ainda pense que o exercício democrático corresponde à descoberta de unanimismos. Mas verdadeiramente, estes que assim pensam sobre aquilo que qualquer democracia deverá constituir, os que se regozijam por manterem em agregação a carneirada, não precisam de facto, de se esforçar muito: é que o pacto agora estabelecido entre essas duas sacrosantas entidades sociais democratas, não é um pacto de regime! Verdadeiramente, é mais um pequeno pacto, parte de um outro, esse sim, de regime. Confusos? Passo a explicar: não há pacto maior do que aquele em que o país presentemente se encerra, o pacto da social democracia progressista que faz do estado o denominador comum de todas as coisas e cujo protagonismo que não se questiona, se faz sentir, na educação, na saúde, na segurança social, na cultura, no trabalho, no território, na agricultura, nos meios de transporte, nas comunicações, nos institutos, nas empresas e sobretudo, nos impostos. Esse pacto sobre um regime social democrata e progressista que presentemente somos, foi e é dominado por conivências mútuas entre os mesmos partidos que agora fazem todo o alarido pelo pequeno pacto conseguido, o da justiça. E seguramente eles prosseguirão nesse esforço titânico, mas absolutamente escusado, de manter vivo o regime em que complacentemente encerram o país, apesar da respectiva falência financeira!
Pois sobretudo, não poderiam perder o prestígio (e a clientela) que lhes adveio de se empenharem e comprometerem o país numa social-democracia de cariz estatizante, para decretar 30 anos depois, a respectiva impossibilidade por falência.
Por isso o regime prossegue com o respectivo pacto, entretido na elaboração de outros pactos menores, procurando compulsivamente escapar à extinção enquanto o assalto ao contribuinte e à economia, puder prosseguir.
Pois sobretudo, não poderiam perder o prestígio (e a clientela) que lhes adveio de se empenharem e comprometerem o país numa social-democracia de cariz estatizante, para decretar 30 anos depois, a respectiva impossibilidade por falência.
Por isso o regime prossegue com o respectivo pacto, entretido na elaboração de outros pactos menores, procurando compulsivamente escapar à extinção enquanto o assalto ao contribuinte e à economia, puder prosseguir.
Ora, ao contrário da justiça e do respectivo pacto, a última coisa que deverá acontecer é persistir na cegueira ...
3 comentários:
Leio agora "Começar do Nada" de Konsalik, a propósito da reconstrução da Alemanha após a Segunda Guerra. Tenho a certeza que nos fazia falta uma guerra, e que o maior impacto que teria seria sentido na revitalização dos corpos dirigentes, no aumento da participação cívica, e no aumento das necessidades. Pois vivemos num país em que o crédito sustenta o aumento artificial da qualidade de vida, com graves consequências futuras. É um saque a prazo, planeado para tornar os pobre mais pobres e os ricos mais ricos. Perdem-se os valores sociais e culturais. A pergunta do amf torna-se cada vez mais relevante, pois mesmo culturalmente somos menos País que no passado. Já não tenho receio pelo futuro de Portugal, pois sei bem que já passou o tempo em que se podia remediar isto. Sinto-me revoltado com o que vejo. E sei que somos cada vez mais assim, apenas à espera de uma oportunidade para reformar pela base.
caríssimo franboesa,
concordo que poderia ser mais fácil coneçar do zero se tudo fosse arrasado. Contudo, continuo a acreditar que por enquanto se dispensa algo que se assemelhe à liquidação total, e que mais tarde ou mais cedo - mas de um modo inevitável - todos perceberão, ou pelo menos a maioria de nós, que o nosso país terá de passar a funcionar num registo diverso.
Hoje gostei de ler num jornal local uma proposta de um politico concelhio a propor diferente taxação no preço da água para agregados familiares maiores. Esta proposta é excelente. Contudo, parece-me que a quantidade de propostas deste nível é reduzida, a nível nacional, e que, de entre essas propostas, poucas terão aprovação ou mesmo análise imparcial. Mais grave ainda, parece-me que a maior parte da população desconhece o princípio sócio-demográfico que orienta esta proposta. Particularmente, interessa-me o incentivo que constitui à valorização da familia.
Enviar um comentário