terça-feira, 20 de março de 2007

4 ANOS DEPOIS…

… metaforicamente falando, será este o sentimento dominante?

2 comentários:

fritzthegermandog disse...

caro jam:

não tenho qualquer dúvida de que esse será o sentimento dominante. O que eu creio, é que quem assim pensa - quem grafita que só falta Bush - não compreendeu realmente aquilo que presentemente está em jogo: a manipulação ideológica da religião contra uma perspectiva de sociedade, que é a ocidental e seja quem seja que ocupe o lugar de Bush será esse o enquadramento que continuará a existir. Ignorar isto, é meter a cabeça na areia!

Que erros possam ter sido cometidos no Iraque, aceito. Mas como já referi, ainda que eles não tivessem sido cometidos, tal não alteraria minimamente os dados: a ofensiva islamita radical contra o nosso modo de vida, tornou-se visível no 1º ataque ás torres gémeas em 1992 e não mais cessou de engrandecer e essa percepção foi imediatamente compreeendida por, por exemplo, João Paulo II quando passa a colocar na agenda política encontros ecuménicos com diferentes religiões (Encontros de Assis) que tem sido objecto de continuação por Bento XVI.

Bush tem seguramente muitos defeitos e houveram erros manifestos na abordagem á questão do iraque. Mas a respectiva Administração foi a primeira a compreender a necessidade de tomar uma posição afirmativa relativamente ao terrorismo global de inspiração religiosa.

goste-se ou não, acredite-se ou não, será isso que continuará a marcar a agenda internacional após Bush e essa circunstãncia provará de que a sua política nas suas considerações gerais, é a que permite uma abordagem realista aos desafios que são colocados aos Estados e às democracias ocidentais, independentemente dos erros que - naturalmente - possam ter sido cometidos!

lololinhazinha disse...

Caro Fritz,

O problema são as consequências desses "erros que - naturalmente - possam ter sido cometidos".
Ninguém razoável nega as necessidades de resposta do Ocidente. Mas também é razoável perceber que, como em tudo na vida, os excessos retiram a razão de princípio a quem os comete.
A gestão da crise política (e não religiosa) tem sido desastrosa. Cabia ao ocidente, como sociedade supostamente mais desenvolvida, saber lidar com a crise de uma forma mais diplomática e menos ofensiva. O ódio e o fundamentalismo alimentam-se dos erros dos EUA. É uma lição que já devíamos ter aprendido. Infelizmente, nem a Europa aprendeu. Se tivesse percebido talvez tivesse menos pruridos em aceitar a turquia na união europeia.