Woodrow Wilson foi o 28.º Presidente dos Estados Unidos da América e aquele que pela primeira vez, conseguiu quebrar o tradicional isolacionismo norte-americano em termos de política internacional, envolvendo a partir de 1916 o seu país na Primeira Guerra Mundial, com o envio para a Europa de um corpo expedicionário, que acabou por decidir a favor da “Entente Cordiale” o destino da Guerra. Woodrow Wilson era Democrata e a ele se deve um primeiro vislumbre da arquitectura internacional que passou a ser a tradição do seu partido: o capitalismo promove a democracia, logo as nações democratas (e capitalistas) promovem a paz no mundo, logo, todo o mundo deve ser capitalista.
É assim Woodrow Wilson, que apoiado nesse adágio e num entendimento conhecido como “excepcionalismo norte-americano” – por contraponto à RealPolitik europeia, à sua “raison d´etat” e á diplomacia secreta em que sempre se sustentou - lança no final da Primeira Guerra aquilo que ficou historicamente conhecido como “Os 14 Pontos”, dos quais relevam precisamente, o comércio livre, a liberdade dos mares, e o desarmamento. Tudo isto seria acautelado por uma organização internacional que, literalmente, passou à história como “Sociedade das Nações” e que tinha por bandeira incondicional, a renúncia ao conflito armado, por parte dos Estados que a constituíssem e a aceitação da sua arbitragem nas disputas internacionais, que a partir de 1919 pudessem surgir.
Não creio que valha a pena explicitar, historicamente, tudo aquilo que se seguiu àquele pacote Wilsoniano bem intencionado, consagrado na Sociedade das Nações, bem como referir as sequelas que muitos sofreram até 1989 …
A convocação do que se passava no mundo hà 90 anos atrás, serve aqui para explicitar algumas coisas relativamente a Obama e às expectativas que em torno dele são geradas, a propósito das transformações que, supostamente, o mesmo trará à postura dos Estados Unidos no mundo – há quem acredite, sobretudo na Europa, que a sua eleição trará candura ao mundo e que todas as suas feridas serão por ele saradas … E há quem assim acredite, porque igualmente acredita, que essa candura internacionalista, foi desapossada do mundo por W. Bush…
Caríssimos,
O mundo nunca foi cândido!
E muito menos o será, à medida que as águas se agitam e novos protagonistas se apresentam na cena internacional (Rússia, China). A ideia de que Obama tornará o ar mais respirável é simultaneamante estúpida e perigosa (e tenho certeza de que nem ele mesmo acredita em tal capacidade, pois assim estaríamos a falar de messianismo).
O ar mais respirável em termos internacionais é uma visão estúpida, porque o mundo político de hoje não se resume aos Estados e às boas-maneiras constantes de compilações diplomáticas, executadas em salões de embaixadas. O mundo de hoje, envolve declarações enfáticas e dantescas, sobre aquilo que um pequeno grupo de pessoas pensa a propósito do ocidente e seu modo de vida, e como tal é entendido como uma renúncia a Deus. Declarações semelhantes ou piores em termos do mal que se procura infligir, em nome de uma Teocracia mundial, são constantemente procuradas por grupos radicais, como comprovam os meandros da conspiração para fazer explodir um série de aviões comerciais pelo uso de componentes líquidos, descoberto em 2004 e recentemente julgado no Woolwich Crown Court na Grã-bretenha.
O mundo real hoje, nada tem de candura. E por isso preocupam-me alguns dos sinais mais idealistas que em termos de política internacional se manifestam em Obama e que o mundo, rendido, faz vibrar como a um sino: se a sua abordagem dialogante falha, se o seu apaziguamento não obtém resultados práticos, a resposta do mundo ocidental perante um novo ataque, terá que ser 3 vezes mais dura. Nessas circunstâncias, não haverá lugar para misericórdias! E é por isso que a filosofia de Obama, ou pelo menos a filosofia internacional que a Europa espera que o mesmo concretize (o que é substancialmente diferente) nos coloca mais próximos (e não mais longe!) de uma radicalização do conflito civilizacional latente. O mesmo é dizer: Woodrow Wilson dixit!
Atenta esta conjuntura internacional, o “big stick” uma vez formulado por Theodore Roosevelt é a garantia de que os seus protagonistas estarão avisados das consequências, e não se atreverão a explorar as fragilidades de uma abertura ao diálogo, ou de um idealismo inconsequente, que será sem dúvida aproveitado por quem já é surdo, para ganhar folego e incendiar o resto do mundo.
MacCain nisso, é um tipo muito mais avisado…
É assim Woodrow Wilson, que apoiado nesse adágio e num entendimento conhecido como “excepcionalismo norte-americano” – por contraponto à RealPolitik europeia, à sua “raison d´etat” e á diplomacia secreta em que sempre se sustentou - lança no final da Primeira Guerra aquilo que ficou historicamente conhecido como “Os 14 Pontos”, dos quais relevam precisamente, o comércio livre, a liberdade dos mares, e o desarmamento. Tudo isto seria acautelado por uma organização internacional que, literalmente, passou à história como “Sociedade das Nações” e que tinha por bandeira incondicional, a renúncia ao conflito armado, por parte dos Estados que a constituíssem e a aceitação da sua arbitragem nas disputas internacionais, que a partir de 1919 pudessem surgir.
Não creio que valha a pena explicitar, historicamente, tudo aquilo que se seguiu àquele pacote Wilsoniano bem intencionado, consagrado na Sociedade das Nações, bem como referir as sequelas que muitos sofreram até 1989 …
A convocação do que se passava no mundo hà 90 anos atrás, serve aqui para explicitar algumas coisas relativamente a Obama e às expectativas que em torno dele são geradas, a propósito das transformações que, supostamente, o mesmo trará à postura dos Estados Unidos no mundo – há quem acredite, sobretudo na Europa, que a sua eleição trará candura ao mundo e que todas as suas feridas serão por ele saradas … E há quem assim acredite, porque igualmente acredita, que essa candura internacionalista, foi desapossada do mundo por W. Bush…
Caríssimos,
O mundo nunca foi cândido!
E muito menos o será, à medida que as águas se agitam e novos protagonistas se apresentam na cena internacional (Rússia, China). A ideia de que Obama tornará o ar mais respirável é simultaneamante estúpida e perigosa (e tenho certeza de que nem ele mesmo acredita em tal capacidade, pois assim estaríamos a falar de messianismo).
O ar mais respirável em termos internacionais é uma visão estúpida, porque o mundo político de hoje não se resume aos Estados e às boas-maneiras constantes de compilações diplomáticas, executadas em salões de embaixadas. O mundo de hoje, envolve declarações enfáticas e dantescas, sobre aquilo que um pequeno grupo de pessoas pensa a propósito do ocidente e seu modo de vida, e como tal é entendido como uma renúncia a Deus. Declarações semelhantes ou piores em termos do mal que se procura infligir, em nome de uma Teocracia mundial, são constantemente procuradas por grupos radicais, como comprovam os meandros da conspiração para fazer explodir um série de aviões comerciais pelo uso de componentes líquidos, descoberto em 2004 e recentemente julgado no Woolwich Crown Court na Grã-bretenha.
O mundo real hoje, nada tem de candura. E por isso preocupam-me alguns dos sinais mais idealistas que em termos de política internacional se manifestam em Obama e que o mundo, rendido, faz vibrar como a um sino: se a sua abordagem dialogante falha, se o seu apaziguamento não obtém resultados práticos, a resposta do mundo ocidental perante um novo ataque, terá que ser 3 vezes mais dura. Nessas circunstâncias, não haverá lugar para misericórdias! E é por isso que a filosofia de Obama, ou pelo menos a filosofia internacional que a Europa espera que o mesmo concretize (o que é substancialmente diferente) nos coloca mais próximos (e não mais longe!) de uma radicalização do conflito civilizacional latente. O mesmo é dizer: Woodrow Wilson dixit!
Atenta esta conjuntura internacional, o “big stick” uma vez formulado por Theodore Roosevelt é a garantia de que os seus protagonistas estarão avisados das consequências, e não se atreverão a explorar as fragilidades de uma abertura ao diálogo, ou de um idealismo inconsequente, que será sem dúvida aproveitado por quem já é surdo, para ganhar folego e incendiar o resto do mundo.
MacCain nisso, é um tipo muito mais avisado…
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