arquitectura portuguesa contemporânea
No limite das planícies do rio Arunca, e vincado por um talude coroado por uma rua privada da Quinta, o terreno é fortemente caracterizado pelos diferentes níveis de cota pontuados por árvores aleatórias.A exigência dos clientes era única e objectiva, também pouco flexível, ambos defendiam saberes e experiências vivenciais diferentes, e tudo isso era reflexo de um só projecto. A receita estava em cruzar a informação conseguida pela análise individual de cada um e transforma-la em conceito levado até as ultimas consequências sem o desvirtualizar.A solução de adequar o projecto ás duas cotas distintas, resolveu a volumetria e parte do programa. Paralelamente houve o cuidado de conduzir a luz a todas as zonas da habitação de uma forma simples e directa sem se sobrepor à envolvente. O piso térreo assume-se como um largo muro de suporte em pedra, que alberga todo o programa de serviços domésticos e garagem. O piso íntimo descansa sobre o dito muro, projectando-se sobre a sala de estar limitada a panos de vidro, fragilizado pelo deslocamento do pilar no limite da viga. O volume de betão esconde os vãos e valoriza a privacidade, como se retirasse-mos fatias de um bolo privilegiando o núcleo.A luz atravessa os volumes em todas as direcções e nos vários sentidos.O homem pode viver a arquitectura como a pensa, Mas vive na arquitectura como se sente bem.
Fotos: FG+SG Fernando Guerra + Sérgio Guerra
Fotografia: Fernando Guerra
Produção Fotográfica: Sérgio Guerra
Autores: p&r arquitectos lda.
Autores: p&r arquitectos lda.
Promotor: Pedro Santos e Rita Cordeiro
Ano: 2005
Localização: Bairro da Bela Vista, Quinta da Gramela, Pombal
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