O Partido Social Democrata em Santa Maria da Feira.
Visto por um militante.
A Secção de Santa Maria da Feira do Partido Social Democrata (PSD) – vulgo, Concelhia –, sob a capa de estrutura orgânica e colegial, é, na verdade, um feudo de alguns, poucos, «social-democratas» locais, atenta a forma como foi e está organizada e vive (alguns, muitos, diriam: vegeta!) o seu quotidiano.
Na realidade, a sua principal estrutura orgânica – a chamada «Comissão Política Concelhia» – tem-se revelado um embuste democrático e participativo, sendo dominada por um restrito núcleo central de pessoas, as quais, demonstrando porventura os seus receios, medos ou pequenas fragilidades e angústias, condicionam toda a parca e deficitária actividade político-partidária. Onde estão os Plenários? E os debates, conferências e sessões de esclarecimento? Como e onde podem os militantes discutir a situação político-partidária de certo e determinado momento, seja a nível local, seja no plano nacional? Como e onde podem os militantes dar a sua opinião, contributo e projectos? Como e onde podem os militantes apreciar a actuação dos seus órgãos partidários e respectivos dirigentes?
Esta circunstância, como é claro e óbvio, mesmo a todas as luzes, retira representatividade e, principalmente, democraticidade interna à estrutura partidária. Desde logo porque impede qualquer militante, mormente um qualquer militante que não pactue com o «centralismo fulanizado» ou «dirigismo centralista» supra descrito, de poder participar na vida normal do partido, dando-lhe, de forma abnegada e salutar, o seu modesto contributo, motivação e entusiasmo. Com efeito, sendo algo que já vem do passado, hoje em dia, grande parte da totalidade dos militantes que, por todo o Concelho, nos seus afazeres profissionais diários, dão valiosos contributos para o desenvolvimento e dignificação de Santa Maria da Feira, não consegue «viver» o Partido que amam e defendem, em virtude de este, como já se disse, se ter constituído numa espécie de «coutada», numa «reserva exclusiva» de alguns.
Ora, para lutar contra a decrepitude ou decadência da actividade política – de que, aliás, o que se deixa dito constitui inequívoca sinal! –, seria adequado, justo e razoável que se procedesse, com carácter de urgência, à procura de soluções que diminuíssem o fosso ou as barreiras que, cada vez mais, separam ou distanciam os militantes do Partido e dos seus dirigentes. Seria adequado, justo e razoável que fossem dados sinais, claros e inegáveis, de abertura do Partido aos militantes, motivando-os e mobilizando-os para uma participação activa na vida partidária, com iniciativas interessantes, credíveis e verdadeiramente úteis. Seria sobretudo adequado, justo e razoável que não se coarctasse, apoucasse ou menosprezasse a iniciativa daqueles militantes que desejam uma nova e arejada vivência partidária.
É que limitando-se a intervenção e vivência partidária somente a «alguns poucos» corre-se o risco da mediocridade. Corre-se o risco do «centralismo cego». Corre-se, no fundo, o risco do chamado «défice democrático interno», que, inegavelmente, existiu e existe ainda no Partido!
Esta forma ensimesmada de encarar o partido, fechado sobre si próprio e, pior que tudo, em redor de apenas alguns – lamentavelmente, ainda com certos «defensores interessados»! – é altamente prejudicial e fará, com grande dose de probabilidade, perigar o seu futuro. Àqueles que se escudam no argumentário dos resultados positivos deste «modus operandi» (leia-se: resultados eleitorais), fica o alerta preocupado do futuro partidário, com especial enfoque para o dilema com que os Partidos - essenciais ao Estado de Direito Democrático - se verão confrontados ante a abertura da sociedade civil às novas formas e possibilidades de viver a Democracia e a participação democrática nas comunidades populacionais, sobretudo nos meios mais urbanos.
Quando se avizinham mais umas eleições concelhias, fica, então, em jeito de conclusão, a seguinte anotação: um Partido será tanto ou mais democrático quanto mais participado, aberto e transparente for!
Custe o que custar! Doa a quem doer!
Visto por um militante.
A Secção de Santa Maria da Feira do Partido Social Democrata (PSD) – vulgo, Concelhia –, sob a capa de estrutura orgânica e colegial, é, na verdade, um feudo de alguns, poucos, «social-democratas» locais, atenta a forma como foi e está organizada e vive (alguns, muitos, diriam: vegeta!) o seu quotidiano.
Na realidade, a sua principal estrutura orgânica – a chamada «Comissão Política Concelhia» – tem-se revelado um embuste democrático e participativo, sendo dominada por um restrito núcleo central de pessoas, as quais, demonstrando porventura os seus receios, medos ou pequenas fragilidades e angústias, condicionam toda a parca e deficitária actividade político-partidária. Onde estão os Plenários? E os debates, conferências e sessões de esclarecimento? Como e onde podem os militantes discutir a situação político-partidária de certo e determinado momento, seja a nível local, seja no plano nacional? Como e onde podem os militantes dar a sua opinião, contributo e projectos? Como e onde podem os militantes apreciar a actuação dos seus órgãos partidários e respectivos dirigentes?
Esta circunstância, como é claro e óbvio, mesmo a todas as luzes, retira representatividade e, principalmente, democraticidade interna à estrutura partidária. Desde logo porque impede qualquer militante, mormente um qualquer militante que não pactue com o «centralismo fulanizado» ou «dirigismo centralista» supra descrito, de poder participar na vida normal do partido, dando-lhe, de forma abnegada e salutar, o seu modesto contributo, motivação e entusiasmo. Com efeito, sendo algo que já vem do passado, hoje em dia, grande parte da totalidade dos militantes que, por todo o Concelho, nos seus afazeres profissionais diários, dão valiosos contributos para o desenvolvimento e dignificação de Santa Maria da Feira, não consegue «viver» o Partido que amam e defendem, em virtude de este, como já se disse, se ter constituído numa espécie de «coutada», numa «reserva exclusiva» de alguns.
Ora, para lutar contra a decrepitude ou decadência da actividade política – de que, aliás, o que se deixa dito constitui inequívoca sinal! –, seria adequado, justo e razoável que se procedesse, com carácter de urgência, à procura de soluções que diminuíssem o fosso ou as barreiras que, cada vez mais, separam ou distanciam os militantes do Partido e dos seus dirigentes. Seria adequado, justo e razoável que fossem dados sinais, claros e inegáveis, de abertura do Partido aos militantes, motivando-os e mobilizando-os para uma participação activa na vida partidária, com iniciativas interessantes, credíveis e verdadeiramente úteis. Seria sobretudo adequado, justo e razoável que não se coarctasse, apoucasse ou menosprezasse a iniciativa daqueles militantes que desejam uma nova e arejada vivência partidária.
É que limitando-se a intervenção e vivência partidária somente a «alguns poucos» corre-se o risco da mediocridade. Corre-se o risco do «centralismo cego». Corre-se, no fundo, o risco do chamado «défice democrático interno», que, inegavelmente, existiu e existe ainda no Partido!
Esta forma ensimesmada de encarar o partido, fechado sobre si próprio e, pior que tudo, em redor de apenas alguns – lamentavelmente, ainda com certos «defensores interessados»! – é altamente prejudicial e fará, com grande dose de probabilidade, perigar o seu futuro. Àqueles que se escudam no argumentário dos resultados positivos deste «modus operandi» (leia-se: resultados eleitorais), fica o alerta preocupado do futuro partidário, com especial enfoque para o dilema com que os Partidos - essenciais ao Estado de Direito Democrático - se verão confrontados ante a abertura da sociedade civil às novas formas e possibilidades de viver a Democracia e a participação democrática nas comunidades populacionais, sobretudo nos meios mais urbanos.
Quando se avizinham mais umas eleições concelhias, fica, então, em jeito de conclusão, a seguinte anotação: um Partido será tanto ou mais democrático quanto mais participado, aberto e transparente for!
Custe o que custar! Doa a quem doer!
4 comentários:
caro asp,
não poderia concordar mais com a pertinente análise que produz (devo igualmente dizer-lhe que cheguei a temer que do caríssimo asp não haveriamos de esperar mais que o mecânico e pouco exigente copy/paste). Contente, constato que me engano!
Subscrevo inteiramente toda a substância por si escrita e temo que, se efectivamente não houver a capacidade e a coragem de procurar inverter as coisas, aquilo que restará do PSD local a médio prazo não passará de cães de fila demasiado habituados à obdiência, sem o raso necessário à afirmação do espaço político social democrático em Santa Maria da Feira.
Caríssimo Fritz:
Os meus agradecimentos pelo comentário.
No que tange à observação feita a propósito dos «copy/paste», queria humildemente dizer-lhe que, lamentavelmente, não tenho nem o dom, nem a capacidade de produção escrita que o M. Ilustre Amigo visivelmente tem!
Donde, por esse motivo, mas ainda assim, por forma a «alimentar» a minha participação no blogue e, outrossim, a colocar à discussão da «nossa já vasta comunidade de leitores» alguns assuntos que considero interessantes ou engraçados, não me resta outra akternativa que não seja essa que me criticou!
Abraço!
Caríssimo asp,
por saber que bem escreve - sendo o prsente post exemplo disso mesmo - e que sobretudo, muitas e valiosas ideias têm sobre múltiplos assuntos ( e não o digo para parecer simpático, mas sim porque é essa a minha real e efectiva convicção, bem como a de outros) é que lhe dei a "alfinetada" em parêntesis acima exposta. Não foi crítica, foi porque o blog precisa da sua franqueza bem escrita que se espelha no presente post.
Um abraço e muitos textos como o presente!
Caríssimo asp,
por saber que bem escreve - sendo o prsente post exemplo disso mesmo - e que sobretudo, muitas e valiosas ideias têm sobre múltiplos assuntos ( e não o digo para parecer simpático, mas sim porque é essa a minha real e efectiva convicção, bem como a de outros) é que lhe dei a "alfinetada" em parêntesis acima exposta. Não foi crítica, foi porque o blog precisa da sua franqueza bem escrita que se espelha no presente post.
Um abraço e muitos textos como o presente!
Enviar um comentário