Fornos, 10 de Janeiro de 2006.
Acabo de receber de F. uma sugestão. Confesso que depois da carnificina dos pais natal a que recentemente nos dedicamos, fiquei algo confuso e perturbado. Não que nos fosse difícil ou nos causasse transtorno abater todos e cada um dos pais natal que em época natalícia uma maioria significativa das pessoas, agora, insiste em colocar ao dependuro nas respectivas varandas. Sobre essa circunstância há muito havíamos retirado as nossas conclusões: não é próprio, nem é decente. Daí o Clube Beretta 2000.
O que antes me traz confuso e perturbado, é o radicalismo a que somos obrigados perante a falta de inspiração e este mimetismo generalizado: se há alguém que resolve pôr ao dependuro um Pai Natal na varanda de sua casa, logo existe uma catrefada de gente que também o fará no natal seguinte; se há alguém que estende luzes de natal, logo haverá muitos mais que também o farão; e quando todos estes o tiverem feito, haverá uns malucos mais que, porque todos os outros já têm luzes e porque também eles as querem ter, bordejarão a respectiva casa de toneladas delas, desenhando-a com iconografia natalícia que poderá igualmente concretizar variações sobre o tema, como por exemplo, desenhar a águia e o símbolo do benfica. Para eles, isso é que é Natal!
O Clube Beretta, além de uma motivação filosófica, possui uma inspiração estética e no que depender de nós, jamais permitirá tais excessos.
Era a minha mãe que ia preparando uma sopa de legumes e eu acabara de falar com o biela (havia um problema qualquer com o escort de 1987). Sentei-me e abri o envelope com a sugestão de F. (nos nossos poucos contactos, por diversas vezes lhe falei de alterarmos este modus operandi, sugerindo-lhe que as nossas comunicações se pudessem estabelecer por simples penn-drive ou CD que, á falta de melhor metodologia, eu próprio posteriormente destruiria. Ele diz-me que isto não é a América e que o nosso propósito não é cinematográfico. Ora bem, tem toda a razão... Pelos vistos, o razz não é o único com problemas de localização...).
Analisado o seu conteúdo, a perturbação permaneceu. Por proposta de alguém cuja identidade não revelou (ao que julgo saber, no círculo restrito da tauromaquia, esse alguém responderá pelo nome de “señor el torero” e apreciará costeletas de novilho grelhadas) F. sugeria que numa determinada ordem – que escuso de enunciar – procedêssemos à eliminação de seis indivíduos que ainda, imagine-se, acreditavam na república .... É incrível como pessoas aparentemente bem formadas e de maior idade, se dedicam ainda a tais devaneios... enfim! O Clube Beretta 2000 reunirá e tomará uma posição definitiva sobre esses ditos republicanos.... na certeza de que não há impossibilidades!
Acabo de receber de F. uma sugestão. Confesso que depois da carnificina dos pais natal a que recentemente nos dedicamos, fiquei algo confuso e perturbado. Não que nos fosse difícil ou nos causasse transtorno abater todos e cada um dos pais natal que em época natalícia uma maioria significativa das pessoas, agora, insiste em colocar ao dependuro nas respectivas varandas. Sobre essa circunstância há muito havíamos retirado as nossas conclusões: não é próprio, nem é decente. Daí o Clube Beretta 2000.
O que antes me traz confuso e perturbado, é o radicalismo a que somos obrigados perante a falta de inspiração e este mimetismo generalizado: se há alguém que resolve pôr ao dependuro um Pai Natal na varanda de sua casa, logo existe uma catrefada de gente que também o fará no natal seguinte; se há alguém que estende luzes de natal, logo haverá muitos mais que também o farão; e quando todos estes o tiverem feito, haverá uns malucos mais que, porque todos os outros já têm luzes e porque também eles as querem ter, bordejarão a respectiva casa de toneladas delas, desenhando-a com iconografia natalícia que poderá igualmente concretizar variações sobre o tema, como por exemplo, desenhar a águia e o símbolo do benfica. Para eles, isso é que é Natal!
O Clube Beretta, além de uma motivação filosófica, possui uma inspiração estética e no que depender de nós, jamais permitirá tais excessos.
Era a minha mãe que ia preparando uma sopa de legumes e eu acabara de falar com o biela (havia um problema qualquer com o escort de 1987). Sentei-me e abri o envelope com a sugestão de F. (nos nossos poucos contactos, por diversas vezes lhe falei de alterarmos este modus operandi, sugerindo-lhe que as nossas comunicações se pudessem estabelecer por simples penn-drive ou CD que, á falta de melhor metodologia, eu próprio posteriormente destruiria. Ele diz-me que isto não é a América e que o nosso propósito não é cinematográfico. Ora bem, tem toda a razão... Pelos vistos, o razz não é o único com problemas de localização...).
Analisado o seu conteúdo, a perturbação permaneceu. Por proposta de alguém cuja identidade não revelou (ao que julgo saber, no círculo restrito da tauromaquia, esse alguém responderá pelo nome de “señor el torero” e apreciará costeletas de novilho grelhadas) F. sugeria que numa determinada ordem – que escuso de enunciar – procedêssemos à eliminação de seis indivíduos que ainda, imagine-se, acreditavam na república .... É incrível como pessoas aparentemente bem formadas e de maior idade, se dedicam ainda a tais devaneios... enfim! O Clube Beretta 2000 reunirá e tomará uma posição definitiva sobre esses ditos republicanos.... na certeza de que não há impossibilidades!