Para muitos, nomeadamente aqueles que dependem da política, os chamados políticos profissionais, que por acréscimo, acumulam cargos partidários, é algo de impensável.
O interesse particular (o deles) está sempre acima do interesse geral.
É o puro instinto de sobrevivência a actuar.
Para muitos outros, tudo isso é encarado com a maior das naturalidades. Entendem que as coisas não podem, ou não devem, ser de outra forma.
Esquecem-se que a palavra politica, que deriva de polis, significa servir a comunidade.
Para estes, não os outros primeiros, porque esses são incorrigíveis (novamente o instinto de sobrevivência), deixo dois exemplos de políticos que entendem que o interesse geral tem que estar acima do interesse partidário. Um actual e outro com 25 anos.
Na semana passada, uma decisão varreu o panorama político israelita.
Ariel Sharon, primeiro-ministro israelita, demitiu-se do cargo, devido a divergências com os responsáveis políticos do seu partido (Likud) quanto à implementação do processo de paz com os palestinos, obrigando a eleições legislativas, anunciando a criação de um novo partido politico (de nome Responsabilidade Nacional) para se candidatar. Objectivo principal: o entendimento com a Autoridade Palestiniana.
Poucos dias depois, Shimon Peres, líder do Partido Trabalhista, apresenta a demissão do seu próprio partido, anunciando o apoio ao novel partido da Responsabilidade Nacional.
O interesse nacional acima dos interesses partidários.
Há pouco mais de 25 anos, era eleito primeiro-ministro de Portugal o então líder do PPD, Francisco Sá Carneiro.
Após tomar posse, entendeu demitir-se de Presidente do partido que liderava, por entender que não era possível conciliar as duas posições.
O interesse nacional acima dos interesses partidários.
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