A adesão do Munícipio de Santa Maria da Feira à GAMP (Grande Área Metroploitana do Porto) trará - estou certo! - vantagens e benfícios inequívocas para o nosso Concelho, potenciando o seu desenvolvimento económico, social, cultural, etc..
Todavia, fiquei algo desapontado - embora, confesso, nada surpreendido! - quando soube que estava destinada, na Junta Metropolitana, uma Vice-Presidência para os Munícipios a Sul do Douro e que a escolha para tal cargo recaíu sobre o Presidente da Câmara de S. João da Madeira, Castro Almeida.
Questiono-me:
1) Será que o «peso» e «importância» do Município de Santa Maria da Feira (tão amplamente difundidos, divulgados, arguidos e/ou assacados pelos nossos representantes e responsáveis locais!) não justificariam que tal cargo fosse corajosamente assumido pelo nosso Edil, Alfredo Henriques?
2) Ou será que, sendo Castro Almeida um «meio feirense», nado e criado em Escapães, tratou-se de um acordo entre os dois Municípios, com o beneplácito, abnegação, desapego e modéstia (há quem lhe chame, todavia, outra coisa ...) do nosso Presidente, Alfredo Henriques?
5 comentários:
amigo asp:
causa-lhe assim tanta surpresa o facto que relata? Que peso teve santa maria da feira durante os anos que a amp leva constituída? Nenhum. Achava mesmo que, por obra e graça do espírito santo, passaria a ter esse peso agora? Acha que em Matosinhos, Gondomar, Gaia ou Vila do Conde à ingénuos que dão o poder de mão beijada e de que somos todos amigos? Perdoe-me mas a sua hipótese 2 para explicar o sucedido revela uma candura que deverá ser comum a muitos que defendem e defenderam a adesão a amp: caro asp, o castro almeida é vice-presidente porque de todos nós (concelhos integrantes da amp) é o que menos fará mossa, pela exiguidade, peso eleitoral e peso económico que revela. Santa Maria da Feira, não teve nada e terá que sangrar muito para obter todas as outras, porque concorrentes idênticos ao nosso concelho existem demasiados e essa circunstância é o que nos diminui face áqueles mais pequenos, por paradoxo que tal possa parecer. Por isso asp, menos ingenuidade teria sido mais avisado da parte daqueles que acham a adesão à amp algo de positivo. Eu, pelo contrário nunca tive grandes expectativas e creio que como esta que relatou, muitas mais se seguirão.
Mas o que está é para ficar...
Caro ASP,
Ainda bem que trouxe este tema a discussão, até porque, estava a pensar fazê-lo.
A pergunta que coloco é a mesma que o nosso caro colega Fritz:
A quem, afinal, esta actuação surpreende?
Vamos andar, pelo menos mais quatro anos, em gestão corrente. Sem visão estratégica; peso politico ou iniciativa. Tudo a passar ao lado! A grande obra para os quatro anos está anunciada: EXPONOR.
Quem quiser mais, será sempre desmedido; irresponsável; demagogo e por aí fora!
Tenho pena… há muito tempo de sermos comodistas, de não querermos mais para o nosso concelho.
Caros Fritz e JAM:
Não me causa surpresa alguma, como, de resto, penso que deriva do meu texto!
Creio que a Junta Metropolitada apenas terá duas Vice-Presidências e aquilo que, irónica e veladamente, confesso, quis fazer passar foi que Santa Maria da Feira não teve a «coragem» para assumir a que estava destinada aos Municípios do Sul do Douro!
O porquê de tal «falta de coragem» (institucional? pessoal?) era o que eu queria deixar para debate.
E, perdoe-me o Meu Caro Fritz, nessa demanda, julgo que o o nosso Caro Amigo JAM, foi mais ... como é que eu poderia dizer ... «acertivo»!!!
Abraços.
Caro asp,
se fosse mais acertivo, correria o risco de me desmascarar. Como sabe, estive do lado da barricada onde éramos muito poucos. Evidentemente que continuo a pensar do mesmo modo, mas se me tornasse aqui mais explícito e acertivo na presente troca de ideias, cairia a minha máscara e creio que, tal como o "asp", prezo esta dispersão de identidade que dá pelo nome de "Fritz der Deutsher Hund".
A ironia que usou escapou-me. Vejo que sobre este mesmo assunto, poderemos ter uma base comum, tal como o nosso colega jam! Ele contudo acentua mais a componente de capacidade e peso político do Presidente AH que, sem qualquer sombra de dúvida, seria um elemento considerável caso aquele peso e capacidade verdadeiramente existissem. E aí concordo em absoluto com a análise do JAM: da orientação e respectivo peso político muito pouco deveremos esperar de AH, pelo que há a acumulação de duas dificuldades: 1) a decorrente da conjuntura e da lógica política já instalada na GAMP, com a consequente manutenção dos equilíbrios de poder já existentes; 2) a incapacidade óbvia do AH pelo respectivo peso e notoriedade política, em quebrar e afirmar a individualidade do nosso concelho.
Perante tal conjuntura (que permanecerá pelos 4 anos seguintes) pergunto-me se o concelho ganha alguma coisa com a GAMP?
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