O sexo oral e anal consensual entre adultos heterossexuais acaba de ser legalizado em Singapura, mas o facto destas práticas continuarem a ser punidas se estiverem envolvidos pessoas do mesmo sexo desencadeou um forte movimento de protesto da comunidade gay.
Uma petição, que recolheu 2.341 assinaturas em três dias, considera "injusta" a descriminação e reivindica que a legalização do sexo anal e oral seja extensiva aos gay.
O primeiro-ministro Lee Hisen Loong critica esta reacção: "Quanto mais os activistas gay protestarem, mas forte será a reacção das forças conservadoras. O resultado será contraproducente, pois vai limitar o espaço da comunidade gay em Singapura".
A legislação em vigor naquela cidade-Estado asiático pune com uma pena de prisão até dois anos os cidadãos que pratiquem o fellatio ou cunnilingus com um parceiro do mesmo sexo e, ainda, quem sodomize ou seja sodomizado por um homem.
Lee explicou que a liberalização do sexo oral e anal entre heterossexuais visa reforçar o papel da família como célula de base da sociedade, acrescentando que em Singapura o conceito de família tem como base a relação entre um homem e uma mulher casados.
As alterações à moldura legal que enquadra os actos sexuais em Singapura incluem a proibição da necrofilia e a adopção de penas mais duras para quem praticar sexo com menores de 14 anos.
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