quinta-feira, 26 de fevereiro de 2009

cão de água português


Para mal dos nossos pecados, será um cão de água português. As filhas do casal Obama, aparentemente, fizeram a sua escolha e o pai cumprirá a sua promessa, comprando-lhes um cão de água português. E nos próximos tempos, não faltará tempo de antena para o facto. Inundarão as nossas casas com explicações, reportagens e ligações em directo com os correspondentes em Washington, eles próprios tornados especialistas de criação canina e respectivos cruzamentos, que dissertarão sobre os porquês e os comos desta bendita circunstância, que amacia como o mel o nosso sentido patriótico. Não tardará muito e a desorientação governativa, também se pronunciará exultada, sobre os benefícios que resultam para o prestígio nacional, do canídeo apanhador de sardinhas made in Portugal! Adivinho: daqui para a frente, será o Moose ou o Frank (as meninas Obama, ainda não se decidiram pelo nome do canídeo) e o Cristiano Ronaldo, o conjunto inspirador da pátria… Vai Boby! Apanha, apanha....

quarta-feira, 25 de fevereiro de 2009

segunda-feira, 23 de fevereiro de 2009

O CHIP

O 'chip' da polémica, afinal, não vai ser um 'chip', mas sim um pequeno aparelho que se coloca no pára-brisas do carro. Surpreso? É natural. É que a polémica acerca do novo instrumento de pagamento de portagens, agora criado pelo Governo, tem deixado muita informação prática por explicar. Para dar uma primeira ajuda, e ficar a saber tudo sobre o 'chip' - que não o é - o Diário Económico enviou várias questões práticas ao Ministério das Obras Públicas. Aqui ficam todas as respostas.
*1. QUEM VAI TER DE USAR O 'CHIP'?*
Todos os proprietários de veículos automóveis, reboques, motociclos e triciclos autorizados a circular em auto-estradas e vias equiparadas têm que instalar o Dispositivo Electrónico de Matrícula (DEM) nos respectivos carros.
*2. QUANTO VAIS CUSTAR?*
O DEM vai ser gratuito nos primeiros seis meses (o prazo conta a partir da entrada em vigor da Portaria, daqui a dois meses, mais ou menos). Depois, o preço irá de dez a 15 euros.
*3. QUANDO ENTRA EM FUNCIONAMENTO?*
Entra em funcionamento após a publicação da Portaria Regulamentar. Na prática, é dado um ano para a adaptação de todos os carros, sendo que só nos primeiros seis meses o dispositivo será gratuito.
*4. QUEM O INSTALARÁ NOS CARROS?*
Os proprietários ou respectivos titulares, no caso dos carros em circulação (à semelhança do que acontece com a Via Verde). No caso de carros novos, a responsabilidade é dos representantes oficiais das marcas (quer isto dizer que um carro novo já traz o DEM).
*5. QUE PENALIZAÇÕES ESTÃO PREVISTAS NA LEI?*
A não existência do DEM na viatura, a partir do momento em que se torne obrigatório (um ano após a entrada em vigor da Portaria Regulamentar), equivale para efeitos do Código da Estrada à ausência da chapa de matrícula - com multas de 600 a 3000 euros.
*6. COMO FUNCIONA? É COMO A VIA VERDE?*
O DEM é um identificador electrónico que adopta um formato e uma tecnologia em tudo semelhantes ao conhecido identificador Via Verde. Os princípios de funcionamento são em tudo semelhantes aos princípios de cobrança electrónica através da Via Verde, mas adoptando um conjunto de regras suplementares que garantem o anonimato do utente, se este assim o entender.
*7. SERVE NAS PORTAGENS NORMAIS?*
Sim. Com este dispositivo poderão pagar-se todas as portagens, recorrendo à via reservada à cobrança electrónica.
*8. QUEM FISCALIZARÁ A UTILIZAÇÃO?*
As autoridades policiais fiscalizarão, nos termos do Código da Estrada, a instalação do aparelho nos carros. Nas inspecções periódicas, os Centros de Inspecção Técnica de Veículos controlarão o funcionamento técnico do aparelho.
*9. QUEM VAI FAZER O 'CHIP'?*
Os DEM serão produzidos pelas entidades que já fazem os dispositivos da Via Verde e similares. Não está excluída a possibilidade de produção nacional do DEM.
*10. E QUEM, E ONDE, SE COMERCIALIZA?*
Será distribuído pelas entidades de cobrança de portagem (tipo Via Verde) e pelos CTT no caso dos carros em circulação. No caso de automóveis novos serão os representantes oficiais das marcas a adquiri-los.
*11. OS QUE JÁ TÊM VIA VERDE TAMBÉM SÃO OBRIGADOS A INSTALAR UM ' CHIP '?*
Se o titular do contrato Via Verde não se opuser, o seu identificador será convertido automaticamente em dispositivo electrónico de matrícula.
*12. AS AUTO-ESTRADAS DEIXAM DE TER PORTAGEIROS?*
As auto-estradas continuarão a ter portageiros como até aqui.

sábado, 21 de fevereiro de 2009

GLOBALIZAÇÃO?

45 futebolistas portugueses actuam no campeonato do Chipre.

Os portugueses representam 13,2 por cento do total (340) de jogadores inscritos no campeonato.

12 das 14 equipas que disputam o campeonato têm jogadores portugueses.

sexta-feira, 20 de fevereiro de 2009

quarta-feira, 18 de fevereiro de 2009

BRIT AWARDS 2009



"Duffy was presented the BRIT Award for the best british album for her debut album Rockferry by fellow countryman Welsh musical legend Tom Jones.
Rockferry was named the British album of the year over Coldplay’s ‘Viva La Vida or Death and All His Friends’, The Ting Tings’ ‘We Started Nothing’, Elbow’s ‘The Seldom Seen Kid’ and Radiohead’s ‘In Rainbows’".

Curiosamente todas estas bandas já passaram pelo FeiraFranca recentemente.

terça-feira, 17 de fevereiro de 2009

WHICH STAGE? MINE



Segundo single do novo álbum de Lily Allen 'It's Not Me, It's You', editado no passado dia 9 de Fevereiro.

sexta-feira, 13 de fevereiro de 2009

we all should listen to


M. Ward "requiem" do álbum "post-war" editado por 4AD na europa em Agosto de 2006. Vídeo realizado por Santi G. Aguado, cinematografado por Jose Luis Pulido.

quinta-feira, 12 de fevereiro de 2009

quarta-feira, 11 de fevereiro de 2009

TENTATIVA

Diz a imprensa que nos bastidores dos recentes Grammys, Paris Hilton dirigiu-se a Sir Paul McCartney e convidou-o a gravar um dueto com ela.
Os relatos referem que Sir Paul achou bastante piada ao convite e disse-lhe que tinha que verificar a sua agenda.

Ninguém pode acusar a "piquena" de nao ter tentado.

segunda-feira, 9 de fevereiro de 2009

Está bem... façamos de conta por Mário Crespo in JN

Façamos de conta que nada aconteceu no Freeport. Que não houve invulgaridades no processo de licenciamento e que despachos ministeriais a três dias do fim de um governo são coisa normal. Que não houve tios e primos a falar para sobrinhas e sobrinhos e a referir montantes de milhões (contos, libras, euros?). Façamos de conta que a Universidade que licenciou José Sócrates não está fechada no meio de um caso de polícia com arguidos e tudo.

Façamos de conta que José Sócrates sabe mesmo falar Inglês. Façamos de conta que é de aceitar a tese do professor Freitas do Amaral de que, pelo que sabe, no Freeport está tudo bem e é em termos quid juris irrepreensível. Façamos de conta que aceitamos o mestrado em Gestão com que na mesma entrevista Freitas do Amaral distinguiu o primeiro-ministro e façamos de conta que não é absurdo colocá-lo numa das "melhores posições no Mundo" para enfrentar a crise devido aos prodígios académicos que Freitas do Amaral lhe reconheceu. Façamos de conta que, como o afirma o professor Correia de Campos, tudo isto não passa de uma invenção dos média. Façamos de conta que o "Magalhães" é a sério e que nunca houve alunos/figurantes contratados para encenar acções de propaganda do Governo sobre a educação. Façamos de conta que a OCDE se pronunciou sobre a educação em Portugal considerando-a do melhor que há no Mundo. Façamos de conta que Jorge Coelho nunca disse que "quem se mete com o PS leva". Façamos de conta que Augusto Santos Silva nunca disse que do que gostava mesmo era de "malhar na Direita" (acho que Klaus Barbie disse o mesmo da Esquerda). Façamos de conta que o director do Sol não declarou que teve pressões e ameaças de represálias económicas se publicasse reportagens sobre o Freeport. Façamos de conta que o ministro da Presidência Pedro Silva Pereira não me telefonou a tentar saber por "onde é que eu ia começar" a entrevista que lhe fiz sobre o Freeport e não me voltou a telefonar pouco antes da entrevista a dizer que queria ser tratado por ministro e sem confianças de natureza pessoal. Façamos de conta que Edmundo Pedro não está preocupado com a "falta de liberdade". E Manuel Alegre também. Façamos de conta que não é infinitamente ridículo e perverso comparar o Caso Freeport ao Caso Dreyfus. Façamos de conta que não aconteceu nada com o professor Charrua e que não houve indagações da Polícia antes de manifestações legais de professores. Façamos de conta que é normal a sequência de entrevistas do Ministério Público e são normais e de boa prática democrática as declarações do procurador-geral da República. Façamos de conta que não há SIS. Façamos de conta que o presidente da República não chamou o PGR sobre o Freeport e quando disse que isto era assunto de Estado não queria dizer nada disso. Façamos de conta que esta democracia está a funcionar e votemos. Votemos, já que temos a valsa começada, e o nada há-de acabar-se como todas as coisas. Votemos Chaves, Mugabe, Castro, Eduardo dos Santos, Kabila ou o que quer que seja. Votemos por unanimidade porque de facto não interessa. A continuar assim, é só a fazer de conta que votamos.

sexta-feira, 6 de fevereiro de 2009

Salvem os autarcas

Os autarcas sentem que a actual conjuntura económica é má. Ficam muito preocupados com as próximas eleições, porque podem ficar desempregados. Assim, preparam-se para gastar imenso do nosso dinheiro para ganharem as próximas eleições autárquicas, para poderem passar os próximos anos a gastar mais do nosso dinheiro pagando os seus salários. Tony Carreira e os Xutos vão ter um ano em cheio!

O estilo inglês

Há grande desperdício de dinheiro quando se alarga uma autoestrada para ter mais do que 2 faixas, porque as pessoas escolhem sempre as que ficam mais à esquerda. Às vezes penso que os portugueses estavam bem a guiar em Inglaterra.

quarta-feira, 4 de fevereiro de 2009

... da terra, com os edifícios

centro de artes, casa das mudas, calheta - madeira
arquitectura portuguesa contemporânea



To have the opportunity to photograph one of the most recognized and distinguished projects of national architecture in recent years is, above all, an enormous privilege. In the Center for the Arts, I encountered images that reflect the form through which I see architecture and the manner in which I like to safeguard such images.

To look at a work is above all a voluntary act and one of critical selection. Only afterwards can we actually move closer and situate ourselves in relation to it. Even if never absolutely dominating the view shot, the photographic eye is always and above all the realization of a particular way of seeing. These photographs are a visible part of a personal register that seeks to be an instrument for understanding reality.

From my experience at the Center for the Arts, I have retained the constant surprise and emotion of one who discovers a new work. What remains are the memory of the unexpected angles, the cut of the volumes against the loaming landscape, the frames resting on the interior light, the strength of the texture and richness of the stone, the confrontations between the opaque darkness and the transparent light of the glass.

The lasting sensation is that in some of these images everything seems to have prepared itself to be photographed, as if the Center for the Arts were waiting for a glance that would recognize and reveal its pose. Perhaps this is simply a furtive glance of one person's short stay in Calheta. I hope to return shortly.

Centro de Artes - Casa das Mudas, Calheta - Madeira
projecto de arquitectura por Paulo David.


The following images and text are courtesy FS + SG Fotografia de Arquitectura for Paulo David's Centro das Artes Casa das Mudas on Portugal's Madeira island. The text below is excerpted from photographer Fernando Guerra's essay, "A Short Stay" in Centro das Artes Casa das Mudas. Click on images at left for larger color views. [Google Earth link]



publicação original em a weekly dose of architecture

WHICH STAGE? MINE



Mais em http://www.myspace.com/hockey

terça-feira, 3 de fevereiro de 2009

proteccionismo

Há quem continue a dizer cobras e lagartos da globalização. De uma forma geral, é gente que ainda não se recompôs da queda ideológica sofrida há bastantes anos atrás, quando os sistemas políticos e económicos alternativos àquele que hoje é dominante, não sobreviveram à queda de um muro – ele próprio, símbolo há muito instituído da incapacidade dos sistemas comunistas e derivados, de propiciarem às populações que dominavam, senão a liberdade, pelo menos o bem estar social e económico, que as impedisse de se mandarem dali para fora.

Contudo, os ainda aduladores de quimeras totalitárias caídas em desgraça, ganham agora um outro e já velho conhecido aliado, para que se sintam ainda mais revigorados, no seu azedume radicalizado para com o capital. O novo protagonista – ainda que desprezando a argumentação cocktail molotov dos radicais anti-globalização – será seguramente um reforço de peso, para aqueles poucos radicalizadores que ainda se atrevem a esgrimir sequências gramaticais como argumento, em vez de, mais prosaicamente, se dedicarem ao vandalismo e à destruição urbana.

Aparentemente, a coberto da crise financeira, o proteccionismo, a autarcia económica, voltou a estar na moda e esse será o novo e grande aliado dos órfãos das utopias!

Primeiro, eram sinais que se adivinhavam e temiam (falhanço do Uruguai round), mas que se tornaram ainda mais escancarados, com alguns dos propósitos económicos da nova adminstração Obama – ele eleito pelo partido Democrático que, com D. Roosevelt e Harry Truman, tinha lançado as bases ideológicas e institucionais de um mundo partilhando valores democráticos comuns, assentes na prosperidade económica das nações, decorrente das denominadas vantagens comparativas em ambiente de comércio livre, conforme o aforismo económico clássico, desse judeu de origem portuguesa David Ricardo.

Não bastava assim, a denominada “buy american clause” pela qual a adminstração Obama, pretende circunscrever a aquisição de matéria prima aos Estados Unidos, deixando de lado todos os outros, nomeadamente os países africanos, para os avultados investimentos anunciados pela nova administração; nem bastavam os incentivos que a mesma Administração dará àqueles que optarem por manter as respectivas linhas de produção no seu país, renunciando a vantagens de alocação de investimento propiciadas por países terceiros; não bastava a revisão do denominado NAFTA e das respectivas relações com o Mercosul, visando a criação de um único mercado americano; nem bastava a nova guerra aberta pelo novo secretário de estado do tesouro com a China, a propósito da desvalorização artificiosa que o governo chinês sistematicamente opera (pelo dólar) da sua moeda, o yuan.

Sejam quais sejam os desenvolvimentos que o novo protecionismo assuma, uma coisa me parece clara: serão os países mais pobres e as respectivas populações (nomeadamente as agrícolas) que mais sofrerão com esta nova esquizofrenia económica das costas voltadas, pois serão eles que mais dificuldades sentirão em continuar a aceder aos mercados de maior rendimento, algo que, de uma maneira mais justa ou menos justa, sempre iria sendo permitido por um mercado verdadeiramente global. Se a crise mundial não ajudava, esta deriva proteccionista assumida pela nova Administração Obama, tornará ainda mais difícil a vida para aqueles países aonde o sedimento de uma certa desenvoltura económica, onde a qualificação e novos empregos, começava a tomar forma…

... não podem estar mais contentes os vândalos e os panfletários anti-globalização, pois simplesmente o que pretendem, é ver tudo aquilo que existe, pegando fogo!