sexta-feira, 31 de outubro de 2008
the talented and the gifted to the stage
"roc boyz" - de jay-z do álbum "american gangster" editado em Julho 2007 por roc-a-fella records.
quinta-feira, 30 de outubro de 2008
do iva que não existe e tem de ser pago
A última e mais recente proposta do governo em sede de IVA, demonstra à saciedade, como o que importa para Sócrates, é sacar dinheiro ao contribuinte, e não reestruturar o Estado e a sua cada vez mais crescente despesa corrente. Claro que garantias fiscais, nem vê-las! Venha daí o dinheiro, mesmo aquele que não existe, ou não foi pago. O contribuinte, esse que se lixe! Afinal de contas, sempre é mais importante alimentar a crónica ineficiência e gigantismo do Estado, do que haver alguma esperança na justiça fiscal...
Sócrates, VAI ROUBAR A TUA TIA (se é que lhe resta alguma coisa para ser roubada)!
OBAMA E McCAIN NAO SAO OS ÚNICOS
Sao eles:
Ralph Nader (independente e já um veterano nestas andancas)
Bob Barr (Libertarian Party)
Cynthia McKinney (Partido Os Verdes)
Chuck Baldwin (Constitutional Party)
quarta-feira, 29 de outubro de 2008
interpol - america´s most wanted
A questão visual, o empenho estético da banda, na forma quase conceptual como se divulga, é algo que, também lentamente, se foi colocando quase em paralelo com o respectivo saber musical, já registado em 3 álbuns, assumindo particular importância o modo como tal musicalidade, ganha expressão gráfica – e ela é, como a música, uma respiração soturna, um pouco demencial, mas profundamente depurada, algo exígua nos elementos que a compõem, mas sempre fazendo sobressair ou evidenciando, uma determinada característica que serve de fio condutor a todo o contexto visual que se desenvolve (os fios e a água em “obstacle 1”, o boneco articulado em “evil”, ou o próprio fascínio do grafismo em “PDA” e “the heinrich maneuver”). Apesar das diferente contribuições e colaborações (floria sigismondi, charlie white, elias merhige) há sempre essa coerência manifesta na expressão artística da banda, onde, de algum modo, esses diferentes planos (musical e visual) sendo complementares, ganham um mérito próprio, que lhes é exclusivo e que coloca os Interpol, bem longe de tudo o resto que por aí se vai ouvindo.
… que Deus guarde os Interpol e Nova Iorque.
the talented and the gifted to the stage
"the heinrich maneuver" - interpol do álbum "our love to admire", editado por capitol records, em junho de 2007.
terça-feira, 28 de outubro de 2008
ONE WEEK TO GO
domingo, 26 de outubro de 2008
do capitalismo
Tal contudo, não significa que não se devam retirar lições e proceder a ajustamentos, assim a crise o permita. E isso, sempre o capitalismo o percebeu. Quando Nelson Rockefeller pelas sucessivas aquisições, tornou o mercado num monopólio (o seu monopólio), prejudicando a livre iniciativa e os mecanismos necessários à livre formação do preço, logo o Estado interveio na regulamentação da respectiva actividade, introduzindo as alterações legislativas necessárias ao restabelecimento de um mercado atomizado. Bill Gates e a Microsoft foram, de resto, objecto de recente sanção económica, tendo por base aqueles mesmos princípios estabelecidos aquando da pujança económica de Rockefeller e distorção de mercado por ele produzida.
Isto para dizer, que, igualmente, o capitalismo e o mercado, saberão retirar as lições necessárias da presente crise. E essas lições serão retiradas, na medida em que haja a honestidade de não explicar a presente crise, com os fundamentos e as diatribes daqueles que ideologicamente, sempre lançaram os cães à economia de mercado e que se resumem a espumarem da boca, impropérios aos já ditos especuladores, banqueiros, bolsistas e neo-liberais. O curioso de tudo e que está muito além desse primarismo intelectual anti-capital, é o facto de o próprio liberalismo, enquanto escola económica, fornecer os elementos e enquadramentos necessários à crise.
Mais curioso ainda, é o facto de o próprio neo-liberalismo ter uma explicação, ou um princípio de explicação, para aquilo que presentemente vivemos: o facto de o JURO, durante anos a fio, se ter mantido a níveis historicamente baixos, e de tal ter permitido que muitos agentes económicos, se tornassem actores no mercado (global), sem que muitos deles tivessem a capacidade, o conhecimento e o domínio efectivo das matérias que constituíam a essência da respectiva actividade (para não dizer, a estrutura financeira). Esses mesmos protagonistas económicos, foram–se mantendo e tornando-se cada vez mais visíveis, porque aquilo que determinou ou esteve na base do desenvolvimento da respectiva actividade - a posssibilidade de acesso ao crédito barato - tornava tolerável a sua consideração como elemento económico racional. O crédito barato – porque o juro era artificialmente mantido pela intervenção dos Bancos Centrais e pelo domínio que os mesmos exerciam (e exercem) sobre o volume monetário em circulação – corroeu a própria credibilidade do mercado e a racionalidade suposta nos respectivos agentes, sem que em algum momento aquele juro reflectisse o conjunto de riscos económicos que ao longe se adensavam, à medida em que, mais e mais agentes e mecanismos descredibilizados tomavam o respectivo lugar na economia global.
De onde resulta a conclusão – já adiantada por alguns – que esta intervenção estadual, através das sua garantias e avais, vai permitir ainda que muitos que, comprovadamente, não deveriam ter-se estabelecido economicamente e que não foram objecto de "limpeza" por força da subida do juro, por aí irão manter-se, apesar da manifesta incapacidade no domínio da decisão económica e respectiva racionalidade.
segunda-feira, 20 de outubro de 2008
quinta-feira, 16 de outubro de 2008
quarta-feira, 15 de outubro de 2008
clube beretta 2000 - os diários
Ulrike Baader e a desmancha dos porcos.
Parte I.
Talvez não venha muito a propósito mas, quando Ulrike Baader se enforcou em 1976, na sua pequena cela, da prisão de Stammhein, nem ela própria julgaria possível, que depois das bombas e dos assassínios políticos, seria o seu próprio cérebro aquilo que por todo este tempo seria mantido em formol, pelo Estado Alemão. ULRIKE BAADER – dirá numa etiqueta, sobre o amarelo gasto do troféu – 09 de Maio de 1976. Não sei, se para os fins científicos que fundamentaram a sua preservação (assim pelo menos, reza oficiosamente a história) alguma vez o chegaram a cortar, ou se pelo menos, num tom mais divertido, lhe chegaram uma faca, a ver se ele saltava…
Mas não deixa de ser irónico, que alguém que a certo ponto chegou a acreditar que tinha nas mãos a HISTÓRIA, fazendo por isso parte de um movimento proletário, cujas premissas de actuação terrorista, poderiam ver todos os seus futuros vectores e radiais, previamente estabelecidos e determinados numa base sociológica e científica (cujo mecanicismo infalível – do qual Baader era engrenagem empenhada – não poderia conduzir senão ao funeral do capitalismo, pudesse o protagonista dominar todas as teses marxistas e o respectivo enquadramento histórico) acabasse ela mesma, numa bandeja metalizada, servindo o mesmo propósito humanamente meritório, do método científico: primeiro a caracterização, com todas as suas quantificações e medidas; depois as hipóteses, como base primeira de possíveis explicações; em terceiro as previsões, como decorrentes racionais das hipóteses e por fim, os experimentos, como corolário lógico dos dados recolhidos e de toda a especulação abstracta das fases anteriores. Ou seja, nesta última fase, tomariam lugar os objectos contundentes e aqueles cortantes, para o desenvolvimento das operações cujo grotesco ou não, se escusa por aqui de relatar.
Poderia ser também este o método pelo qual, os Baaden-Meinhoff, na Alemanha dos anos 70, procederiam no seu empenhamento ideológico e terrorista?
É por isso espantoso, como esse internacionalismo panfletário e revolucionário e o conjunto de incêndios sociais que despoletaram à bomba e ao tiro, alguma vez chegasse a acreditar e a cair, no seu próprio maniqueísmo lógico, deveras pouco inteligente, como se toda a fenomenologia do mundo, a sua infinita e inabarcável diversidade, pudesse, por simples exercício, ser recambiada a um conjunto de teses empacotadas num livrinho dito de manifesto comunista. E mais espantoso ainda, é como tão pouca substância económica e filosófica (que não fez mais do que chutar para canto, algumas das questões prementes e fundamentais da ontologia humana) pudesse por sua vez, dar origem a tanta outra literatura, tão politicamente empenhada na forma como discutia os pormenores da primeira, perpetuando vezes sem conta, esse optimismo intelectualmente sobranceiro do Homem, em relação a si e a tudo aquilo o que o rodeia. Aparentemente, acreditava-se, o segredo do universo e da condição humana, o pão libertador dos povos, havia sido finalmente desvendado e estava ao alcance da própria mão, da coragem, do empenho, do desejo de tornar realidade aquele materialismo científico, a sociologia das engrenagens alimentada pelas massas instruídas no catecismo divisado por Marx. Os tiros, ou as bombas e o assassínio, eram questões de mero pormenor, nesse desiderato resplandecente, que alguns um dia julgaram possível abrir, para todos os outros.
Não há propriamente que censurar a Ulrike Baader, ou aquilo que dela resta e repousa numa qualquer estante ou gaveta de uma entidade obscura, num Länder alemão. O erro de Ulrike foi achar que poderia protagonizar esse sofisma maldito e assumir para os outros, aquilo que a sua grande maioria não quisera – ser parte de uma sociedade sem classes, desprovida da moral dominante de inspiração judaico-cristã, aonde o modo de vida burguês e capitalista, seria uma extravagância histórica, derrubado pelas suas próprias contradições e pelos inestimáveis contributos de uns tantos iluminados, que pela suas acções contra o capital e seus agentes (leia-se, pelo assassínio, sabotagem e extorsão) ganhariam nas praças, a réplica de si mesmos sobre num pedestal. Talvez Ulrike Baader ambicionasse isso, ser uma dessas estátuas, indicando o caminho… Contudo, aquilo que dela restou, não foi essa indestrutível qualidade do bronze, foi antes a natureza perecedoura da sua massa encefálica.
Parte II.
Desconheço o destino que o funcionalismo alemão dará a esse fragmento sinistro da República Federal. Isso, agora, talvez pouco importe. A única coisa que sei e conheço, é que foi essa ambição de muitos, aquilo que implodiu historicamente e que, com tal implosão, sucumbiu igualmente esse programa manifesto de alterar a própria natureza humana, a condição que todo o Homem sempre conheceu. Sejamos francos: nunca houve nada de mais estúpido do que o programa político, pelo qual, o Homem se tornaria no seu próprio Deus, vendo-se livre de todos os Outros que ancestralmente conheceu e seus modos de adoração. E para se concluir pela estupidez de uma tal ideologia, basta prestar bem atenção na arte pela qual o Joca Talhante, procede ao desmanche do porco. Qualquer semelhante que se dê ao tempo e ao trabalho de escrutinar esse ancestroso ritual, cedo percebe que qualquer porco conhece e tem consciência da sua própria natureza, daquilo que são os seus limites imanentes. Se assim não fosse, não entraria o pobre do porco em sobressalto, sempre que mão humana lhe assenta sobre o lombo. Todo o bicho a quem se cobice pela pá, ou pelos secretos, sabe pelo mínimo aquilo que o aguarda e por isso, tem uma lúcida consciência sobre o seu papel no mundo e a respectiva inserção, na aparente ordem coisas. Não há porco que ambicione alterar o seu estado, aquilo que é a sua condição! Senão, quem haveria de provir ao esmero do seu alimento, aquele que propicie do ping cristalino, e faça crashar índices de triglicídeos? Do mesmo modo, quando tenaz mas pacientemente, se procura que perús emborquem do vinho morangueiro antes de lhes fazer saltar a cabeça, há a perfeita consciência no galináceo, de que o propósito humano em amaciar-lhes as carnes via Baco, segue como culminar de uma dedicação efectiva ao bicho, dedicação que para mais, lhe trouxe inequívoco provento. E sabendo desse fim trágico, partilhará algum peru um programa ideológico, que altere a sua humilde condição? Não. Por isso, partilhando nós com tudo aquilo que é vivo, a conjuntura inerente e irreversível de também um dia deixarmos de existir, de que nos adianta querermos substituirmo-nos ao Criador, e avançarmos em programas colectivos, que nos libertem daquilo que somos? Acaso, algum desses programas, mantém a respectiva exibição nos lugares do mundo?
O facto de o Joca Talhante ter exemplarmente drenado as entranhas e conseguido encher dois alguidares de sangue, que muito bem servirão para encher do bom chouriço (e de finalmente, o coitado do porco ter parado de grunhir, expirado-se a sua condição de vivo, da qual não quis escapar), não pode servir de forma mais eloquente, à conclusão que, no que diz respeito à condição humana, estaremos muito mais próximos de um conceito de necessidade e de substância espinosista, segundo a qual, pensamento e matéria são extensões inequívocas de Deus e certeza do sagrado e do imutável, do que uma qualquer outra rotura marxista, pela qual, Deus seja proscrito do mundo dos Homens, (pelos próprios Homens) e estes possam ser os aparentes senhores de si mesmos, reinando no mundo da matéria, segundo uma outra qualquer condição, deles inteiramente desconhecida.
Pensei assim nesses propósitos de rotura e de fracturação e na maçã, com cuja degustação me entretera enquanto no terreiro, por arte, se desmanchara aquela vitalidade do porco. E ponderados múltiplos vectores, achei que efectivamente, naquela maçã se encerraria a substância espinosista do ente divinamente criado como matéria, pois apesar da acidez, havia nela suficiente açúcar, para que delas voltasse a pedir uma saca cheia, aos espalhafatosos dos Abelhões… E enquanto isso não sucedia, lembrei-me do judeu português de nome Espinoza, polidor de lentes e no elogio que alguém um dia produziu, a propósito da estátua que dele permanece em Haia:
“Maldição sobre o passante que insultar essa suave cabeça pensativa. Será punido como todas as almas vulgares são punidas – pela sua própria vulgaridade e pela incapacidade de conceber o que é divino. Este homem, do seu pedestal de granito, apontará a todos o caminho da bem-aventurança por ele encontrado; e por todos os tempos o homem culto que por aqui passar dirá em seu coração: Foi quem teve a mais profunda visão de Deus” - joseph ernest renan.
A Ulrike Baaden é que já não lhe adiantam, nem as estátuas, nem às maçãs cultivadas no pomar dos Abelhões…
O MENINO GUERREIRO VOLTA A ATACAR 2
segunda-feira, 13 de outubro de 2008
so... the white boy can really sing!!
"boom, boom" - eli "paperboy" reed & the true lovers, do álbum "roll with you" editado por Q division records, em junho 2008.
sexta-feira, 10 de outubro de 2008
WHICH SONG? THE NEWEST
"Human", first single from The Killers' third album "Day & Age", to be released on November 24, 2008 in the UK and on November 25 elsewhere.
quinta-feira, 9 de outubro de 2008
NOVIDADE?
Ora, bem feitas as contas, significa que 64 por cento das empresas portuguesas não apresentam resultados positivos, ou seja, dão prejuizo.
A arte de bem gerir.
quarta-feira, 8 de outubro de 2008
ANTES E AGORA
segunda-feira, 6 de outubro de 2008
Portugal, 06 de Outubro de 2008.
quinta-feira, 2 de outubro de 2008
erwin schulhoff
Quando Erwin Schulhoff morreu, tinha 47 anos. E todos sabemos que a condição humana, o frágil equilíbrio de que é feita e de que depende, não sobrevive ao indizível e ao inexplicável. O tormento obscurantista, outrora posto em marcha nos campos de concentração, pela insignificância perturbada de uns tantos animais – que se achavam homens – não permite vencedores, nem mesmo sobreviventes. Permite apenas fantasmas, os espectros de gente que ainda consegue viver para lá de uma tenebrosa recordação, para tornar contemporânea, toda a capacidade animalesca dos homens. A Erwin Schulhoff, não foi pois, a tubercolose que o matou, em 1942, no campo de concentração de Wulfsburg, na Bavária. Foi descobrir que a sua destreza musical, a sua dedicação ao aprimoramento genial do som, expressão primeira do mundo, pudesse ser tão meticulosamente decepada, pela odiosa incompreensão dos que poderiam ser seus ouvintes e a quem, a sua mestria se dedicava.
Foi a traição dos próprios homens, à sensibilidade e inteligência que são capazes de gerar e reconhecer, que então sufocou e emudeceu, o pulmão perceptivo do mundo… Agradecemos pois, a Erwin Schulhoff, a quem a vida cedo deixou de correr pelas veias, para se precipitar ligeira pelas pautas.
Erwin Schulhoff (praga 1895 - wulfsburg 1942)