A social-democracia come-nos vivos, esfola-nos e retira-nos o mínimo de dignidade, pois já quase nada resta do individuo, quando o Estado interfere de um modo arbitrário e com a insolência de quem tudo pode, na cada vez mais restringida dimensão individual e autónoma que a cada um de nós deveria ser reconhecida.
A insolência e o abuso total já não se chegava pelas penhoras directas que a social-democracia efectua sem ter que provar a sua necessidade jurídica; no levantamento do sigilo bancário por mera decisão administrativa; não se chegava com o controlo educacional estatizado e respectivos conteúdos, formatando os cidadãos à sua conveniência; não chegava pelo assalto descarado e muitas vezes ilegal (como seja o IA) aos rendimentos de quem vive do trabalho, de quem sucede por morte ou de quem gera riqueza; não chegava o facto de esse mesmo roubo, sistematicamente perpetrado, redundar num conjunto de serviços públicos de carácter mediano, ou sofrível, efectuado por sistemas de prestação pública totalmente dominados por lógicas corporativistas e partidárias (o que fazem a tanto dinheiro?); não bastava grande parte dele, do Estado, servir as cliques políticas que investiram e sempre defenderam o modelo de desenvolvimento de que tiram partido e que agora nos asfixia (fosse o modelo de inspiração francesa, fosse o modelo nórdico). Não… O estado e a social-democracia que nele ocupa todos os lugares, tinha que (finalmente!) chegar ao limite do intolerável, passando a fronteira do ridículo e do desespero, tinha que cobrar a dimensão emocional dos portugueses: taxar em cerca de 10% as doações em dinheiro feitas entre familiares até 500 €!!!!!!!! Não há reserva individual, autonomia de vontade que escape ao desespero financeiro do Estado e nem as relações familiares, de sentimento, estão a salvo.
Hoje, 32 anos passados sobre o que finalmente se começa a perceber como um engano económico e estrutural a que acresce a respectiva falência (a social-democracia que ganhou espaço na constituição de 1976) somos chegados a um outro estádio do seu desenvolvimento: o do Estado Dono e Senhor... Rás parta a social-democracia e a sua engenharia progressista! Devolvam-nos a dignidade!
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