sexta-feira, 30 de dezembro de 2005

FRASES Á ESQUERDA

Para este tipo de post, não há nada como um muro a cair de velho, na cidade:

“OBEDECER É MORRER”
(Rua de Ceuta - Porto) Indigente até morrer!

“COMPRO, LOGO EXISTO”
(Largo de Mompilher – Porto) Bem!

“COMUNISTAS NAS PRAÇAS; RUAS E EMPRESAS DESTE PAÍS. VIVA O PODER POPULAR!”
(Rua de Cedofeita - Porto) Vota APU!

“OCUPA, RESISTE”
(Rua do Breyner – Porto) Falta o “PAGA A RENDA”

“EM NOVEMBRO É DE ABRIL E DE MAIO QUE ME LEMBRO”
(Praça dos Poveiros – Porto) 25 de Abril, sempre!

quarta-feira, 28 de dezembro de 2005

O ENGENHEIRO

Afinal não passou de uma declaração de intenções… nem dos excluídos consta!

segunda-feira, 26 de dezembro de 2005

NEM MAIS!



Rua de Diogo Brandão - Porto

sexta-feira, 23 de dezembro de 2005

a colecção berardo e um outro país

A maior colecção de arte contemporânea da europa (colecção berardo) é propriedade portuguesa e ficará na íntegra em Portugal. Seria bom que de uma vez por todas assumissemos a dimensão cultural que presentemente se vive no país e lhe fizéssemos a devida justiça (de que o museu de Serralves é um outro e magnífico exemplo português) e a ela juntássemos e actualizássemos todo o outro lastro histórico-cultural único e universalista de que somos protagonistas. Uma coisa é certa: a porcaria do discurso do coitadinho e de todos os que nele insistem (e á sua custa vão ganhando o seu tão ambicionado e pequenino protagonismo) o discurso do país incompleto e sofredor, do país ignorante e sem futuro têm, em definitivo, que acabar. Há um outro País e uma outra geração que felizmente vive sem complexos de culpa e sem medos do futuro e nele pretende contribuir para a afirmação de um povo, de uma história e de uma comunidade cultural, de interesse absolutamente contemporâneo, porque UNIVERSAL.

um bom natal e um feliz ano novo...

quarta-feira, 21 de dezembro de 2005

de silva y velazquez

VELÁZQUEZ,
Diego Rodrigues de Silva
Las Meninas or
The Family of Philip IV 1656-57
Oil on canvas, 318 x 276 cm
Museo del Prado,
Madrid





VELÁZQUEZ,
Diego Rodrigues de Silva
Pope Innocent X c. 1650
Oil on canvas, 49,2 x 41,3 cm
National Gallery of Art,
Washington




Quando os sobrenomes não deixam mentir quanto à sua origem, antes são uma sua afirmação óbvia. Diego Rodrigues de Silva y Velazquez.

LUZES NATALÍCIAS

Por sistema, ao ver as iluminações de Natal, (tal e qual as noticias da época dos noticiários: incêndios; inundações; colocação de professores; o primeiro bebé do ano, etc.), ocorrem-me três ideias distintas:

  1. A empresa Castros, Iluminações Festivas, S.A, sedeada em S. Félix da Marinha, prestadora deste tipo de serviços de iluminação, deve ter um fundo de maneio bastante jeitoso para conseguir aguentar em média 3 ou 4 anos para receber os dinheiros públicos, de tanto órgão local. De ano para ano, fico sempre na expectativa para perceber se finalmente é outra, a empresa que monta as ditas iluminações. Mas não, os tipos aguentam-se! Suspeito que neste momento estão a celebrar a passagem do milénio… finalmente receberam o pagamento respeitante a esse serviço.
  2. Gosto também de perceber que a iniciativa privada não fica atrás. Noto que muitos dos inquilinos de vivendas e apartamentos, se dão ao trabalho de decorar o seu espaço cá fora. Hoje, ter uma árvore de Natal e um Presépio já não é suficiente. É muito retro! Há que ser parolo… digo, moderno, e transmitir ao mundo que estamos em plena época Natalícia. Muitos, só para não ficarem atrás do vizinho, até devem passar frio em casa! A tomada, que anteriormente estava ocupada pela ficha do aquecedor, agora é substituída pela das luzes, porque: O IMPORTANTE É PARTICIPAR!!!
  3. Grande negócio Sr. Plácido!

FELIZ NATAL!

terça-feira, 20 de dezembro de 2005

o meu, é um país disperso


"... o meu, é um país disperso."
in "conversas por coisa nenhuma", dezembro de 2005.
São Paulo FC, Campeão Mundial de Clubes

segunda-feira, 19 de dezembro de 2005

concerto de natal

Declaração de princípio
Chamem-me fascista, snobe, emproado, pretensioso, preconceituoso, arrogante, nazi-racista o que muito bem entenderem e mais vos aprouver, mas às vezes a vontade é de pura e simplesmente desistir ou então, fazer justiça pelas prórpias mãos, defender a eugenia social, o puro e simples darwinismo em que apenas os mais aptos sobreviverão (e quanto á definição do que deverá constituir o mais apto, deixo á vossa inteira descrição).

Factos
Concerto de Natal, Europarque, Domingo, 18 de Dezembro, 18 horas. Programa: execução de obras sacras em estrita conexão com o tema do concerto (monteverdi, bach, händel entre outros). Conversa nas filas imediatamente anteriores, durante toda a primeira parte: “até está alguma gente ao contrário do que é costume!” “Estive num concerto em que executaram obras sinfónicas do Joly Braga Santos e eram tantos os que assistiam como os que estavam na orquestra! Mas até estremeci ao ouvir a sensibilidade musical do homem (joly braga santos)” “É melhor assim, estar menos gente. De contrário é só pessoal a fazer barulho, a espirrar e a tossir.” “Creio que na primeira parte (e isto, certamente verificando o programa), serão os Italianos (leia-se compositores italianos e respectivo estilo musical) e na segunda termos os alemães (leia-se compositores alemães e respectivo estilo musical)”. Fim da primeira parte. Intervalo de 10 minutos. Segunda parte, as mesmas pessoas na fila imediatamente anterior à minha: “queres uma chiclete de mentol?”. Um dos palhaços aceita, passando toda a segunda parte do concerto a ruminar de boca aberta para toda a restante audiência, o mentol da chiclete e a chiclete (nhác! nhác! nhác!) em verdadeira disputa solista com os músicos, alguns dos quais interpretaram a solo algumas das obras (ou seja, eram eles mais o gangster sonoro que se instalara no meu ouvido). Ele que momentos antes tinha tido a conversa culturalmente tão edificante de que já vos dei nota, aparentemente pretendendo passar-se por verdadeiro “connaisseur”.

Questão/inquérito
Suponham agora que, tal como eu, tinham pago 20 euros para assistir ao concerto e que até são apreciadores do programa musical (tendo inclusivamente alguns discos semelhantes) e que estavam satisfeitos com a consistência musical dos executantes revelada na primeira parte. Perante a circunstância descrita,

a) desejavam de serem possuidores de licença de porte de arma e pura e simplesmente, ao centésimo nhác! de boca aberta, sacarem da vossa Beretta 96 Vertec Inox semi-automática de 0.4mm e desfazer o carregador de 11 balas, sendo 10 disparadas na boca do prevaricador sonoro e a última reservada para a sua acompanhante, que assistia de gorro de pai natal na cabeça, ao concerto que vocês, até aí, tanto estimavam;
b) Voltando-se para trás, amavelmente pediam o favor ao indivíduo até aqui descrito, para que passasse a ruminar com a boca fechada, correndo o risco de não ser atendido ou ser mesmo insultado;
c) Iam-se embora;
d) Nenhuma das hipóteses anteriores;
e) Quaquer outra.

Eu, lamentavelmente, deixei a minha Beretta em casa. No próximo concerto de Natal, irei armado, não vá alguém aparecer de chiclete na boca.

domingo, 18 de dezembro de 2005

FEIRA DOS VINTE

Este Domingo, quando conduzia pela baixa da cidade, foi-me impedida pela polícia, a passagem da viatura para o largo do Rossio por aí se realizar a tradicional Feira dos Vinte, desta feita antecipada para 18 pelos motivos evidentes.
Não sou cliente deste tipo de manifestação comercial, mas achei curioso verificar in loco, a quantidade de material contrafeito à venda e apregoado como se de mal nenhum se tratasse! Pelo menos, aquelas marcas, àqueles preços, só pode!
Tomei o meu café e voltei para o carro. Pelo meio cruzei-me novamente com a polícia, a quem aproveitei para desejar... um bom trabalho!

sexta-feira, 16 de dezembro de 2005

quinta-feira, 15 de dezembro de 2005

marx revisitado

A capacidade económica revelada pela china nos últimos 10 anos é algo de absolutamente assombroso. Creio que ninguém de tal poderá duvidar. Contudo dessa expansão económica de que vêm beneficiando o império do meio resultam, em linguagem económica, externalidades diversas. De uma forma geral, temos revelado a tendência para nos concentrarmos nas de cariz económico e de nos amedrontarmos com as mesmas (nalguns casos com inteira razão). Contudo a expansão económica cria todo um outro conjunto de impactos políticos, sociais e culturais que não devem ser desmerecidos, nomeadamente quando prestarmos a devida atenção ao facto de a china ser, politicamente, um regime totalitário de inspiração marxista-leninista. Eis, contudo, que o povo chinês se agita e começa a perceber que mais tarde ou mais cedo, a expansão económica de que hoje beneficiam (de inspiração liberal/capitalista) conduzirá mais tarde ou mais cedo, à questionação daquele modelo político e social .
Ora, o que é verdadeiramente fantástico nessa circinstância e que há-de constituir, verdadeiramente, uma ironia histórica e ideológica de proporções quase bíblicas, é que, convocando as teorias marxistas taõ em voga pela burocracia daquelas paragens (a lengalenga da infraestrutura económica condicionar a superestrutura político-jurídica) e postas em prática pelo regime chinês (com as cambiantes desse louco de olhos em bico chamado Mao) é verificar que, ali, é a infraestrutura capitalista que condicionará e aniquilará a superestrutura política e jurídica chinesa, de inspiração marxista, ou seja, é o sistema (capitalista) que encerrava em si a definitiva contradição que conduziria à sua aniquilação, que derrubará, na china, o sistema que o substituiria, o sistema que estabeleceria em definitivo a justiça e equidade entre os homens: o sistema comunista. Pergunto-me o que pensará Marx disto!?

Presidencias - o Patriarca


Não gosto do Soares - é um daqueles sentimentos primários que não consigo combater.

Simpatizo com o Alegre - provavelmente por ele estar a fazer frente ao Soares.

Ontem, o Patriarca Soares colocou a nu a impreparação do Poeta. Acho piada à valentia do Alegre. Gosto da figura e da voz. Mas deixou-se levar infantilmente. Deixou a valentia superar a inteligência. E Soares lá foi ludibriando Alegre e atraindo-o para onde pretendia.

O mais estranho é que provavelmente Alegre até ganhou o debate, pela forma arrogante como Soares o conduziu.

A política tem destas coisas.

Venezuela


"A aeronave ficou confiscada, já que, ao abrigo da lei venezuelana, os bens que sejam usados para tráfico de droga passam para a posse do Estado. "

O Citation X custou 15 milhões de Euros.

O que pensar da Venezuela e de Hugo Chávez?


...

quarta-feira, 14 de dezembro de 2005

VIAJAR

A propósito da frase de Fernando Pessoa, "eu não existo, eu viajo", referida no post anterior, não pude deixar o quanto concordo com essa afirmação.

Viajar é algo que transcende a alma.
Conhecer outros povos, outras culturas, é aprender o mundo.
É uma fonte inesgotável de sabedoria, é conhecermo-nos a nós próprios.

Deixo-vos aqui duas fotos da minha mais bela viagem.


artur pizarro, concertos bbc

Sendo certo que provavelmente nem todos apreciarão o género musical (e no presente post, o género musical será secundário) nem conhecerão o tal fulano de nome Artur Pizarro, pianista de profissão e um dos expoentes musicais de uma geração de instrumentistas portugueses que vêm progressivamente afirmando o seu valor internacional (juntamente com António Rosado ou Pedro Burmester) fica o registo do trabalho de divulgação musical que foi reconhecido a Pizarro pela bbc, de interpretar as obras completas para piano solo de Ravel e Debussy (na sequência aliás de colaborações anteriores) e que vêm sendo e serão posteriormente trasmitidas via rádio pela mesma bbc.

"Eu não existo, eu viajo." - fernando pessoa

munique 1972


Muito embora esteja ainda por estrear nos estados unidos, algum eco vem existindo sobre o próximo filme de Spielberg, munich. O jornal público trazia já algumas referências no passado domingo. Efectivamente, debruçando-se sobre os acontecimentos ocorridos na cidade de munique durante as olimpíadas de 1972 e no assalto feito à respectiva aldeia por um comando palestiniano "setembro negro" do qual resultou a morte de nove atletas israelitas - o alvo óbvio da acção terrorista - está criada expectativa sobre o modo como Spielberg, a partir de acontecimentos históricos, tratará a questão política subjacente (israel/palestina) sendo ele judeu, que não se coibiu anteriormente de abordar e julgar o horror dos campos de concentração em "Schindler´s list" sendo que tal julgamento resultava não só da prórpia história de Schindler, como também de uma clara exposição gráfica desse mesmo horror, perante o qual a estrutura moral e a ética de quem assistia era confrontada.
Assumiremos agora a ideia que em munich será diferente, uma vez que não se poderá partir do desiquilíbrio ético e moral que necessariamente existia em "Schindler´s list". E será precisamente essa circunstância (a apreciação não poderá ser unívoca) que cria expectativa quanto ao modo como Spielberg abordará, exporá e resolverá a questão política que subjaz ao filme. Creio que se espera um equilíbrio e um tratamento justo.
Veremos se depois de uma certa insistência na ficção científica (A.I., Minority Report e War of the Worlds) o mestre não perdeu toda a ciência de contar histórias e de nos colocar através das mesmas, em questão.

terça-feira, 13 de dezembro de 2005

O MÓNACO PORTUGUÊS?

  • “Bem-vindo a Sanguedo, capital da fórmula roll.”
  • “José Manuel que competiu durante 18 anos…”
  • “Daniel Alves, 21 anos, corre hoje, pela sétima vez no Grande Prémio Fórmula Rolamentos.”
  • “Quarenta e seis segundos. Bati o recorde da pista e correu bem.”
  • “No intervalo do grande prémio Fórmula Rolamentos, por volta das 16h00, é inaugurado um monumento que pretende perpetuar a iniciativa…” “…Será um ex-líbris a nível nacional.”
  • “Um momento solene vivido com toda a alegria e que mereceu a presença de várias figuras proeminentes do concelho de SMF entre os quais, o Presidente da Câmara, Alfredo Henriques.”

In Jornal Terras da Feira

segunda-feira, 12 de dezembro de 2005

PAOLO DI CANIO

Este nome possivelmente não diz nada à generalidade das pessoas.
Como todos aqueles nomes de jogadores de futebol estrangeiros, com excepção dos galácticos do Real Madrid e mais uma mão cheia deles.
Paolo di Canio é um italiano que mostrou todo o seu virtuosismo nos relvados italianos e, principalmente, nos ingleses.
Em 2001, a FIFA atribuiu-lhe o Prémio Fair Play.
Em Março deste ano, Paolo decidiu levar à letra o apoio de uma claque do seu actual clube, a Lazio de Roma, conhecida por ser de extrema direita, e após ser substituído decidiu saudá-los com a saudação fascista, o que lhe valeu uma suspensão. (fig. 1)
No fim de semana passado, em Livorno, Paolo di Canio decidiu repetir a gracinha, levando o mundo da politica e do desporto italiano à indignação. (fig. 2)

Atitudes condenáveis pela grande maioria, mas reflexo de uma globalização realizada à margem das pessoas?

Que dizer das manifestações contra os libaneses nesse país que é considerado por todos como um exemplo de tolerância, a Austrália.

sexta-feira, 9 de dezembro de 2005

Tage und Uhr. Berlim schlosst und hoffen wir mehr nichts

... entrei finalmente em casa e pouso as chaves no seu sítio habitual. Por todo o dia, percorri as ruas, as avenidas de Berlim Ocidental e com elas trago a monotonia da chuva escorrendo infinita, paredes cinzentas, fachadas idênticas de blocos e prédios intermináveis, o correr longitudinal e repetido das suas janelas. Da minha, vejo todo esse aborrecimento que também agora se instala nas casas, acendendo as luzes. Chove. Sento-me e tenho um coração em arestas, uma forma brutalizada de ser, de dizer alto enormidades indesculpáveis. A nós (a Berlim e à Menschkeit), quem nos dera a harmonia e o equilíbrio das árvores, o lento esgotar do sol nos dias azuis, o aroma fresco das algas na rebentação branca do vento. Assim era certo, que no mundo haveria esperança e redenção e que haveria um nome e um país de nuvens altas e areia cristalina, aonde irradiasse calor nas suas mãos.

AFINAL DE QUEM É A CULPA?

Ao que parece a Agência de Inovação, sediada em Espargo, Santa Maria da Feira, no edifício do Instituto para o Desenvolvimento e Tecnologia (IDIT), está de «armas e bagagens» para o Porto.
Afinal de quem é a culpa desta ... «deslocalização»?
De Santa Maria da Feira, que está a perder «atractividade»?
Do «Engº. Pinto de Sousa», que gosta de mudar tudo no seu Governo?
Do Manuel Pinho e do Mariano Gago, que andam zangados um com o outro?
Afinal de quem é a culpa?
Se é que isso interessa ...

quinta-feira, 8 de dezembro de 2005

O FILÃO MURAL

Encontrei!!! Sito na Travessa de Cedofeita.
Tudo começa, com a frase: “Era uma vez uma banal lata de tinta!”

“DA ROSEIRA NASCE A ROSA
DA LUA NASCE O LUAR
DA MULHER NASCE O HOMEM
EU NASCI PARA TE AMAR”

“O FACTO DA VELOCIDADE DA LUZ SER SUPERIOR À DO SOM, FAZ COM QUE ALGUMAS PESSOAS PAREÇAM BONITAS, ATÉ COMEÇAREM A FALAR. AMO-TE!”

“A PACATEZ DO CÉREBRO REFLECTE-SE NA AGITAÇÃO DOS OLHOS!”

“MAS QUE BEM LABORAIS PARA A QUIMERA DO OGRE!”

“TODA A ILUSÃO É PERMITIDA, MAS NENHUMA REALIDADE É CONCEDIDA.”

"A IMITAÇÃO DOS HERÓIS É O HÁBITO SAGRADO DOS CADAVERES ENTERTIDOS. "


E eu que ia apenas ao dentista…

quarta-feira, 7 de dezembro de 2005

GAMP

A adesão do Munícipio de Santa Maria da Feira à GAMP (Grande Área Metroploitana do Porto) trará - estou certo! - vantagens e benfícios inequívocas para o nosso Concelho, potenciando o seu desenvolvimento económico, social, cultural, etc..
Todavia, fiquei algo desapontado - embora, confesso, nada surpreendido! - quando soube que estava destinada, na Junta Metropolitana, uma Vice-Presidência para os Munícipios a Sul do Douro e que a escolha para tal cargo recaíu sobre o Presidente da Câmara de S. João da Madeira, Castro Almeida.
Questiono-me:
1) Será que o «peso» e «importância» do Município de Santa Maria da Feira (tão amplamente difundidos, divulgados, arguidos e/ou assacados pelos nossos representantes e responsáveis locais!) não justificariam que tal cargo fosse corajosamente assumido pelo nosso Edil, Alfredo Henriques?
2) Ou será que, sendo Castro Almeida um «meio feirense», nado e criado em Escapães, tratou-se de um acordo entre os dois Municípios, com o beneplácito, abnegação, desapego e modéstia (há quem lhe chame, todavia, outra coisa ...) do nosso Presidente, Alfredo Henriques?

NEPOTISMOS - parte III.

Apesar dos tão propalados, divulgados e anunciados cortes orçamentais previstos pelo actual Ministro dos Negócios Estrangeiros para o sector que tutela, imbuído de um "genuíno" espírito de contenção do défice e, outrossim, solidário com o Governo de que faz parte, acaba o dito Ministro de nomear - diga o que, entretanto, disser! - para Asssessora de Imprensa da Embaixada de Portugal em Londres, Maria Monteiro, filha do ex-Chefe da Diplomacia Lusa, o Emb. António Monteiro.
Boa!!! Oh, Freitas!!!

DESCANSE…

No Grande Sofá, as mais variadas sonoridades compiladas por Carlos Cardoso. Animador do programa homónimo, que me entretém há vários anos nos inícios do dia, a par com Nuno Reis, outro radialista e dj na vanguarda das novas tendências da musica de dança. Como curiosidade refira-se que Carlos Cardoso, actuou em Santa Maria da Feira, na edição 2005 do festival Rocktaract. Oportunidade devidamente aproveitada por este contributor, para o conhecer pessoalmente.

terça-feira, 6 de dezembro de 2005

AUTÁRQUICAS 2009

Algures em Maio de 2009, os partidos políticos presentes no concelho de Santa Maria da Feira preparam afincadamente as eleições autárquicas do próximo mês de Outubro.
Após mais um mandato liderado pelo dinossauro Alfredo Henriques, que ficou marcado por uma acérrima oposição por parte do principal partido da oposição através do seu principal vereador Strecht Monteiro.
O panorama que se afigura mostra um cenário de quase repetição das eleições de 2005.

No partido do poder, PPD/PSD, o cenário é o usual.
Em mais um mandato de gestão corrente, sem grandes obras, com a questão do saneamento por resolver, mas também sem grandes polémicas, oficialmente o partido não tem ainda candidato.
Após a saída do nº 2 na Câmara Municipal, Sá Correia, pouco mais de um ano após a tomada de posse, e sem apresentar novas figuras no concelho, a recandidatura de Alfredo Henriques apresenta-se como uma certeza. Não é à toa que o mesmo começou por dizer que não fabricava sucessores.
A restante lista, deverá manter os vereadores José Oliveira, Emídio Sousa e Teresa Vieira. Com a saída de Amadeu Albergaria para a Assembleia da República a JSD deverá tentar incluir um nome em lugar elegível, estando Celestino Portela numa situação incerta.

As principais novidades no PSD, se é possível serem assim apelidadas, são a anunciada recandidatura de António Vilar à Junta de Freguesia de S. João de Ver, o homem a quem denominaram “força da natureza”, mostra assim que a sua carreira politica ainda não terminou, e, a também recandidatura do Presidente da Junta de Freguesia de Fiães, Bernardino Ribeiro, que, por fim, após vários anos de apoio tácito, apresenta-se, desta feita, nas listas do PSD.


No principal partido da oposição, o PS, os últimos três anos mostraram uma faceta inovadora. Com uma sintonia pouco visível em mandatos anteriores entre os vereadores presentes na Câmara Municipal e os órgãos concelhios, a que não foi alheia a eleição do vereador Sérgio Cirino como Presidente da Comissão Politica Concelhia, o PS conseguiu realizar uma oposição credível.
A união do partido é visível na apresentação de Alcides Branco como nº 2 na lista candidata à Câmara Municipal, novamente liderada por Strecht Monteiro.
Ao contrário do que aconteceu em 2005, cedo o PS mostrou ter uma estratégia montada que tinha por base a união do partido, evidente, desde logo, quando Alcides Branco integrou a Comissão Politica Concelhia, nas últimas eleições, em situação de listas únicas, uma novidade na história recente do partido.
Strecht Monteiro mostrou qualidades como líder da oposição no Câmara Municipal, o que, desde logo, condicionou o aparecimento de potenciais concorrentes.
A idade do candidato é compensada pelo aparecimento de candidatos jovens integrados na lista, como os repetentes Rui Ferreira e Sérgio Cirino, mas também o actual Presidente da Junta de Oleiros, Eduardo Rocha.
A reabilitação de Horácio Sá dentro do PS, como candidato à Junta de Freguesia da Feira, apresenta-se como a grande novidade.


Nos restantes partidos também pouco de novo.

No CDS/PP, a após ter sido eleito Presidente da Comissão Politica Concelhia, Faustino Bernardo imita António Cardoso como candidato a Presidente da Câmara Municipal pela terceira vez consecutiva.
A liderança da lista à Assembleia Municipal está ainda em aberto, aparecendo os nomes de António Júlio Moreira e Rui Pedrosa como as soluções mais credíveis.

Na CDU, e para não ficar atrás do seu rival de direita, Antero Resende lidera, também pela terceira vez consecutiva, a lista à Câmara Municipal. Mais uma vez o Ambiente irá ser a bandeira da CDU, como ficou demonstrado neste mandato.
Para a Assembleia Municipal, e após o brilhante trabalho nesse órgão, Lúcia Gomes encabeça a lista, tendo como nº 2 um outro peso pesado do PCP concelhio, o antigo membro da Assembleia Municipal, Ricardo Cardoso.

No Bloco de Esquerda, é apenas certa a passagem de António Silva para encabeçar a lista à Assembleia Municipal, não havendo dados sobre a lista à Câmara Municpal.

Um cenário idêntico ao das eleições de 2005, mas uma realidade bastante diferente.
A palavra e o voto aos eleitores do concelho de Santa Maria da Feira dentro de cinco meses.



Nota:
Qualquer semelhança com a realidade futura será pura coincidência.

segunda-feira, 5 de dezembro de 2005

essa ficção chamada espanha


Pelas férias, atravessei por duas vezes essa ficção chamada espanha. Uma para ir, outra para voltar (graças a Deus!). Achamos sempre este rectângulo num alvoroço e bem dizemos e invejamos a ficção chamada espanha. Alguns dos que se darão ao trabalho de ler o post – e às vezes confesso-vos que também eu os acho demasiado compridos – dirão: quem nos dera a capacidade económica dos espanhóis. Invejam a deles, maldizem a nossa. E eu direi que assim é, mas não invejo, nem maldigo. E direi mais: ainda bem para os próprios espanhóis!
Nesta histeria mediática em que nos revolvem, que sistematicamente nos apresenta como aqueles a quem o futuro nada adianta e que sucumbiremos às mãos da nossa própria inépcia (qual?), havendo vozes que num registo básico nos dizem que não sabem “... se daqui a cinquenta anos Portugal ainda existe”, seria bom que a tal inveja não nos toldasse os olhos e olhássemos para a situação política dessa ficção chamada espanha, cada vez mais a braços com a tal questão (que julgávamos exclusivamente nossa) da sua sobrevivência como país. Porquê!? Perguntarão os incrédulos. Puséssemos nós mais olhos no que se passa no mundo e cedo perceberíamos. A ficção chamada espanha resolveu pelas mãos do Zapatero pôr à discussão e rever os chamados estatutos autonómicos (galiza, catalunha, andaluzia, castela e léon, aragão) em consequência das progressivas cedências do mesmo Zapatero ao governo autonómico do País Basco. Convém referir como nota que, tais estatutos sempre tiveram existência mas juridicamente sempre se conformaram à estrutura e normatividade da constituição espanhola. Que se passa então, por estes ricos dias, nessa ficção chamada espanha? Precisamente o tornar claro e distinto a existência de tal ficção. Os Catalães não querendo ficar atrás do estatuto já reconhecido ao Bascos (que chegou inclusivamente a apresentar uma proposta de ser país associado ao estado espanhol) propõem um estatuto que claramente viola a constituição espanhola e em consequência a proeminência jurídica da Espanha. A Catalunha, depois de muitos silêncios suspira a independência e não faz nenhuma questão em esconder tal facto: o preâmbulo autonómico catalão afirma expressamente “Cataluña está en un proceso de construcción nacional". Em resposta os conservadores espanhóis (PP) organizaram uma manifestação a favor da constituição espanhola em Madrid e da ideia de país que sempre defenderam, no que logo foram catalogados por largos sectores políticos (nomeadamente os socialistas) de fascistas. Para ajudar negativamente, alguns sectores económicos catalães ameaçam agora com boicote económico a restante ficção de que são partes se a proposta de estatuto não for aprovada no seu essencial, ao que esta naturalmente a ficção responderá.
Agora tentemos imaginar tudo isto tendo por fundo uma crise económica! A ficção chamada espanha até têm os bolsos cheios, mas, em bom português, há apenas um nome para o que politicamente ali se passa: sedição. E é por isso que devemos sempre por as coisas em perspectiva e sermos justos no julgamento que fazemos de nós mesmos, como país e como povo.

INTERESSE GERAL ACIMA DO INTERESSE PARTIDÁRIO

Para muitos, nomeadamente aqueles que dependem da política, os chamados políticos profissionais, que por acréscimo, acumulam cargos partidários, é algo de impensável.
O interesse particular (o deles) está sempre acima do interesse geral.
É o puro instinto de sobrevivência a actuar.

Para muitos outros, tudo isso é encarado com a maior das naturalidades. Entendem que as coisas não podem, ou não devem, ser de outra forma.
Esquecem-se que a palavra politica, que deriva de polis, significa servir a comunidade.
Para estes, não os outros primeiros, porque esses são incorrigíveis (novamente o instinto de sobrevivência), deixo dois exemplos de políticos que entendem que o interesse geral tem que estar acima do interesse partidário. Um actual e outro com 25 anos.

Na semana passada, uma decisão varreu o panorama político israelita.
Ariel Sharon, primeiro-ministro israelita, demitiu-se do cargo, devido a divergências com os responsáveis políticos do seu partido (Likud) quanto à implementação do processo de paz com os palestinos, obrigando a eleições legislativas, anunciando a criação de um novo partido politico (de nome Responsabilidade Nacional) para se candidatar. Objectivo principal: o entendimento com a Autoridade Palestiniana.
Poucos dias depois, Shimon Peres, líder do Partido Trabalhista, apresenta a demissão do seu próprio partido, anunciando o apoio ao novel partido da Responsabilidade Nacional.
O interesse nacional acima dos interesses partidários.

Há pouco mais de 25 anos, era eleito primeiro-ministro de Portugal o então líder do PPD, Francisco Sá Carneiro.
Após tomar posse, entendeu demitir-se de Presidente do partido que liderava, por entender que não era possível conciliar as duas posições.
O interesse nacional acima dos interesses partidários.

HEDIONDO’S TALK

He´s back!

“A modos que…” – Ora bem
ex: “Hediondo, tás despedido! A modos que, não precisas de vir amanhã.”

“Subeinde” – Subam
ex: “Subeinde equipa, subeinde”

“Atão!” – Então!
ex: “Atão pá!” “Tás bom hedi?”

“Bitinha” – Victor
ex: “Tudo bem Bita!”

“Bota sentido!” – Presta atenção!
ex: “Ó Hedi, bota sentido no que te vou dizer!”

“Gostaindes ?” – Gostam ?
ex: “Bós Gostaindes de gozar com a minha cara!”

“Indes” – Vão
ex: “Onde bós indes?”

“Nicar” – Tramar
ex: “Ide-vos nicar. Não falo mais com bós”

“Onte” – Ontem
ex: “Onte fui à bola”

“Adonde” – Onde
ex: “Hediondo, olha o Bita!” “Adonde?”

sexta-feira, 2 de dezembro de 2005

porque é que clooney empacotou uns quilos

"So much money can be made in oil, that no one working in it would be foolish enough to behave ethically."

Aparentemente será a estreia a que próximamente deveremos estar atentos. Não terá o enredo absolutamente básico e oportunista de um Michael Moore sobre temas similares - ele, que se fartou de fazer dinheiro com um "documentário" que desde início era claramente tendencioso e dirigido, cujo registo se limitava a reproduzir tudo aquilo que a grande maioria das pessoas queria a todo o custo ouvir sobre Bush e o Iraque - mas também não será uma obra-prima da sétima arte. De uma forma directa e franca Syriana levantará questões polémicas sobre a economia do petróleo e respectivas ligações políticas, momeadamente com o a C.I.A. (sem supostas teorias da conspiração).
Conta com Clooney - o que por si só nos deve merecer atenção, sendo ele, na actualidade, o actor norte-americano que melhor tem gerido a respectiva carreira sendo o rosto mais visível e empenhado numa ideia de cinema norte-americano - e com Matt Damon. O realizador é o anterior argumentista de "Traffic" realizado por Soderbergh que agora produz com Clooney Syriana, podendo-se assim estabelecer uma rede de ligações entre actuais e anteriores contributos (Oceans Eleven e Twelve, Traffic, Syriana) que estarão longe de ser coincidentes. Aparentemente Syriana tem dado que falar e agradará a uma certa mundividência da esquerda. Mas antes isso, que o cinema fácil e mais que espertalhão do Michael Moore - será que ele ainda arranja espaço para se rir no meio daquela obesidade mórbida? Por mim pode rebentar...

quinta-feira, 1 de dezembro de 2005

LUAR

Anos atrás em noite de lua cheia, numa explana portuense frontal ao mar, uma conhecida minha, que até é engraçada, afirmou:

“O que eu mais gosto neste bar é o facto de a lua ficar mesmo em frente à esplanada…”

?!
Fiquei sem palavras!


Afinal, naquele instante, apanhado de surpresa, não soube expressar o pensamento que me ocorreu. Muitos anos passaram até que, na passada semana, reparei num texto escrito numa parede, que me recordou e explicou esse particular momento:


“O FACTO DA VELOCIDADE DA LUZ SER SUPERIOR À DO SOM, FAZ COM QUE ALGUMAS PESSOAS PAREÇAM BONITAS, ATÉ COMEÇAREM A FALAR!”