terça-feira, 30 de setembro de 2008
segunda-feira, 29 de setembro de 2008
E AGORA?
Com a recusa há poucos minutos da Camara dos Representantes em aprovar a legislacao que permitia a compra de créditos mal parados de diversos bancos americanos, o sector financeiro mundial, e por arrasto a economia mundial, está neste momento á deriva.
A autoridade do denominado homem mais poderoso do mundo foi posta em causa por aqueles que lhe sao mais próximos, já que a maior oposição veio da bancada republicana.
Imediatamente o Dow Jones reflectiu esta decisao, fechando a descer 6.9% = 770 pontos, na maior descida num dia da sua história.
Veremos amanha, e por esta ordem, Tóquio, Hong Kong, Bombaim, Frankfurt e Londres.
Para muito boa gente, esta vai ser uma longa, longa noite.
Northern Rock, Lehman Brothers, Merrill Lynch, Wachovia, Bradford & Bingley, ....
Quem será o próximo?
E quando a esta lista se acrescentará um nome portugues?
A autoridade do denominado homem mais poderoso do mundo foi posta em causa por aqueles que lhe sao mais próximos, já que a maior oposição veio da bancada republicana.
Imediatamente o Dow Jones reflectiu esta decisao, fechando a descer 6.9% = 770 pontos, na maior descida num dia da sua história.
Veremos amanha, e por esta ordem, Tóquio, Hong Kong, Bombaim, Frankfurt e Londres.
Para muito boa gente, esta vai ser uma longa, longa noite.
Northern Rock, Lehman Brothers, Merrill Lynch, Wachovia, Bradford & Bingley, ....
Quem será o próximo?
E quando a esta lista se acrescentará um nome portugues?
sexta-feira, 26 de setembro de 2008
a versão cosmopolita dos velhos do restelo
Há quem não esconda o seu entusiasmo e esfregue as mãos de contente, face à crise fianaceira mundial. Fiel aos seus pergaminhos editoriais e ideológicos, a revista VISÃO, chega mesmo a perguntar-se se este será o fim do capitalismo! Caso para fazer lembrar aqueles, que na Visão, nas respectivas saias ou calças, não cabem em si de contentes ante a ilusão que os factos criam, que um sistema que por mais de 250 anos vem promovendo e alargando um bem-estar social, económico e cultural a níveis nunca conhecidos pela Humanidade, não cairá tão facilmente como aqueles outros, que implicavam o racionamento diário de bens e a exiguidade extrema àquilo a que se poderia aceder e usufruir. A estes sim, amigos da VISÃO, bastou que lhes caísse um muro…
Por isso, ideólogos da revista VISÃO, não será no imediato que sereis vingandos da orfandade ideológica em que existis! Não será assim tão fácil. O capitalismo, amigos, esse segue dentro de momentos. Obrigado!
Aposta: próximo cronista VISÃO, Sandro Ferreira Mendonça, sem dúvida um visionário apocalíptico, contudo, ideólogo não sabe ainda bem do quê (será dos muros?).
Por isso, ideólogos da revista VISÃO, não será no imediato que sereis vingandos da orfandade ideológica em que existis! Não será assim tão fácil. O capitalismo, amigos, esse segue dentro de momentos. Obrigado!
Aposta: próximo cronista VISÃO, Sandro Ferreira Mendonça, sem dúvida um visionário apocalíptico, contudo, ideólogo não sabe ainda bem do quê (será dos muros?).
quarta-feira, 24 de setembro de 2008
do verão na finlândia - reedição em setembro 08
Soube, caríssima Kimi, que as neves de Setembro caem já pela Lapónia. Em breve, a natureza, inevitável, lançará o seu manto de escuridão sobre esta minha cidade de Helsínquia e pelos próximos tempos, nela haveremos apenas de saborear, a gentil generosidade do sol, por seis pequenas e insignificantes horas – assim o permitam os agasalhos e os blusões de penas.
Sabes Kimi, ás vezes canso-me destes extremos e do rigor a que nos sujeita a nossa natureza e penso que o destino nos escolheu para existência, um lugar demasiado estúpido e insensível, aonde a nossa condição perecível não tem outro remédio senão desenvolver, vigilante, uma permanente luta contra a inclemência e a contrariedade.
Esta Finlândia bela mas apática, vazia, faz-me sonhar por uma terra de equilíbrio e de brandura, em que o inverno possa por vezes aparecer compreensivo e o Verão nos sorteie noites quentes e extensas, onde possamos simplesmente, existir e amar.
Escrevo-te do meu quarto, do meu apartamento, na companhia de toda a sofisticação, comodidade e design nórdico que nele existe, nesta minha Helsínquia cosmopolita, a quem em breve a natureza apagará as luzes e férreamente anseio, por um pouco mais de azul, um pouco mais da generosidade da luz, queimando-me a pele...
Kimi:
Haverá por aí algum Verão que conheças e que possamos, ardilosamente, roubar?
Teu, Niklas.
PS: o presente post foi orinariamente publicado no feirafranca por fritzthegermandog em novembro de 2005.
Sabes Kimi, ás vezes canso-me destes extremos e do rigor a que nos sujeita a nossa natureza e penso que o destino nos escolheu para existência, um lugar demasiado estúpido e insensível, aonde a nossa condição perecível não tem outro remédio senão desenvolver, vigilante, uma permanente luta contra a inclemência e a contrariedade.
Esta Finlândia bela mas apática, vazia, faz-me sonhar por uma terra de equilíbrio e de brandura, em que o inverno possa por vezes aparecer compreensivo e o Verão nos sorteie noites quentes e extensas, onde possamos simplesmente, existir e amar.
Escrevo-te do meu quarto, do meu apartamento, na companhia de toda a sofisticação, comodidade e design nórdico que nele existe, nesta minha Helsínquia cosmopolita, a quem em breve a natureza apagará as luzes e férreamente anseio, por um pouco mais de azul, um pouco mais da generosidade da luz, queimando-me a pele...
Kimi:
Haverá por aí algum Verão que conheças e que possamos, ardilosamente, roubar?
Teu, Niklas.
PS: o presente post foi orinariamente publicado no feirafranca por fritzthegermandog em novembro de 2005.
segunda-feira, 22 de setembro de 2008
sábado, 20 de setembro de 2008
sexta-feira, 19 de setembro de 2008
portugal, 27 de setembro de 2008
Presentemente, Leopoldo López é presidente da câmara de uma pequena cidade nos subúrbios de Caracas. Ele é trineto do primeiro presidente da República da Venezuela e uma das figuras da oposição Venezuelana, preparando-se para brevemente se candidatar à presidência da câmara de Caracas, em claro desafio a Chavez. Em recente entrevista à revista MONOCLE, Leopoldo López contabilizava em oito, as tentativas para o assassinar, uma das quais, o feriu com gravidade.
A "Human Rights Watch" acabou de denunciar publicamente, o assustador incremento dos sucessivos atropelos e atentados que o regime bolivariano de Chavez produz aos valores democráticos e às garantias individuais de liberdade e de expressão de pensamento, progressivamente esmagando os mecanismos que ainda vão impedindo, que a Venezuela se transforme num monólito autocrático, lobotimizado, adoradora do grande chefe.
Dando razão às denúncias, Chavez sumariamente expulsou os representantes da "Human Rigths Watch" e encerrou as suas instalações em Caracas, justificando-se com a conspiração internacional do costume...
Chavez chega a Portugal no dia 27 de Setembro, e assim como fizeram a Fidel, também lhe garantirão uma passadeira vermelha à sua chegada e aguardarão extasiados, por um número qualquer que permita um pouco de entretenimento à hora dos Telejornais. As palmadinhas nas costas, a cumplicidade ideológica e petrolífera, garantirão ao convidado ditador, uma estadia agradável entre os seus apaniguados, ao sol de Lisboa, alguns dos quais se orgulham de ser um símbolo da luta pela Democracia e pela Liberdade, e que nesse seu actual delírio de cumplicidades políticas, secretamente aguarda que seja Obama a sarar as feridas do mundo (se calhar, à boa maneira bolivariana...).
Em Portugal, os arautos da Liberdade contra o Fascismo, os defensores da Democracia contra o obscurantismo salazarento, acham piada e divertem-se com Chavez, inclusivamente, reconhecem-lhe méritos e ele sorri, citando-os em programas de educação para as massas e retribuindo em piadas e provavelmente em vernáculo, a tão calorosa recepção de Lisboa.
Os valores que saíram e saem repetidamente da boca daqueles que agora em Lisboa, se sentam com Chavez e lhe dão computadores, e sobretudo o povo da Venezuela e a sua liberdade, esses vão ter que esperar ...
Agora o vernáculo é meu: Vayam al c***** !
quinta-feira, 18 de setembro de 2008
quarta-feira, 17 de setembro de 2008
the maccain endorsement
Já aqui dei nota do conforto existente no resultado que surja nas eleições norte-americanas, para alguém politica e ideológicamente de direita. A terra do tio sam, é um maná de lições e de perspectivas de capitalismo, quer nos seus ciclos expansionistas, que nas suas contracturas económicas, quer na sua agenda de temas políticos. E, independentemente de quem ocupe o púlpito em Washington, assim continuará a ser, graças a Deus! Pelo menos aqueles de direita, não terão de explicar porque é que num momento, dão palmadinhas nas costas ao liberal Obama, e no momento imediatamente seguinte, acham muito bem tudo aquilo que é feito pelo marxista Chavez. Para mim e salvo melhor opinião, a única coisa que estes homens têm em comum será o facto de acreditarem feverosamente em Deus (o que, na minha perspectiva, não é despiciendo!) e agregarem à sua volta, a senilidade visível de alguns políticos cá do burgo, ou a orfandade ideológica de outros dos seus opinion-makers, que os consideram a ambos (Chavez e Obama) o futuro progressista do mundo.
Eu simplesmente, estarreço e citando bolivarianos que são muito bem quistos por estas bandas, digo-lhes também, que vão ao c***** (em espanhol vernáculo)!
Isto dito, porquê MacCain? Sobretudo pelo facto de revelar maior sensatez e realismo no que à política externa diz respeito. Não valerá muito falar apenas das preocupações económicas de cada candidato, porque lido o programa de Obama, ele mantém aprumo nas suas convicções liberais, defendendo os seguros de saúde e não um sistema nacional, uma maior exigência nas escolas públicas (ele produto elitista das Universidades privadas da Ivy League), a baixa de impostos, e não será verdadeiramente por aí que as diferenças serão decisivas.
Já no que respeita à política externa, as diferenças são muito mais importantes. E começando pela economia, Obama propõe a revisão da política fiscal das empresas multinacionais, bem como do acordo NAFTA, propostas essas que são claramente no sentido de proteger a indústria norte-americana da concorrência, augurando-se assim a possibilidade de abrir uma nova guerra comercial entre blocos econonómicos e sobretudo, e consequentemente, prejudicando o acesso dos mercados emergentes e mais emprobrecidos, ao mercado norte-americano e outros. Esta, a medida que primeiramente me causa estranheza, porque efectivamente, constituí a nível internacional, um retrocesso na perspectiva liberal construída pelo partido democrático ao longo de décadas e cujo último pilar, assenta no esforço de Bill Clinton em permitir o acesso da China ao mercado global e a revisão dos acordos GATT, pelo respectivo empenho na emergência da Organização Mundial do Comércio.
As propostas ao nível económico de Obama são assim, mais que susceptíveis de abrir uma nova guerra comercial no mundo, sobretudo em prejuízo dos países emergentes e daqueles estruturalmente agrícolas.
Outra das questões internacionais já aqui debatidas e que claramente me parecem pouco estruturadas, têm a ver com o posicionamento político que Obama já assumiu anteriormente, sobre o papel dos EUA no mundo, muito embora o mesmo tenha tentado esbater mais recentemente, muitas dessa suas posições: veja-se o caso da retirada do Iraque, primeiro incondicional, depois objecto de discussão com as patentes militares (por isso o acusam de ser flip-flopper em matéria externa!). O que me parece evidente é o vazio daquilo que pensa, que esconde em frases hollywoodescas, como aquelas proferidas em Berlim, frente a esquerdistas extasiados e movidos de esperança, nos termos das quais, "(...) The walls between old allies on either side of the Atlantic cannot stand. The walls between the countries with the most and those with the least cannot stand. The walls between races and tribes; natives and immigrants; Christian and Muslim and Jew cannot stand. These now are the walls we must tear down". Bonito sem dúvida, mas inconsequente, porque de tais boas intenções está o mundo cheio e palavras não chegam para que aquelas paredes caiam (não deixa de ser curioso que Obama faça explicita referência a Reagan).
Por isso me parece MacCain, alguém menos espectacular, menos flashy, menos trendy, mas com outro tipo de reserva moral e política, que Obama não consegue demonstrar (apesar da respectiva genialidade retórica e estrelas de Hollywood) reservas essas, que num mundo com grandes desafios, serão fundamentais para continuar a manter os EUA como país essencial à paz e ao progresso económico do mundo. E não me venham com o argumento de que o Senador do Arizona e antigo prisioneiro de guerra, representa um novo modelo de fascismo americano! Quem diz isso, não conhece a realidade política norte-americana e do que ela se faz e depende. Algum político, em sã consciência, vai dar um pontapé nos eleitores envangélicos, que representam mais de 25% da população norte-americana? Atacar isso é atacar por exemplo toda a substância ideológica e política de Martin Luther King Jr.! Ora, ninguém é estúpido e os Democratas muito menos, sobretudo porque todos acreditam e pretendem que Deus, em cima de burros ou elefantes, continue a abençoar a América... E isso terá sempre o meu voto!
May God continue to bless America!
PS: a visões aqui explicitadas são responsabilidade exclusiva do seu autor e não correspondem a uma visão do blog feirafranca, conforme nele se torna manifesto!
LUGAR A VISITAR
Sun Tunnels is located in the Great Basin Desert outside of the town of Lucin, Utah. The work is a product of Holt’s interest in the great variation of intensity of the sun in the desert compared to the sun in the city. Holt searched for and found a site which was remote and empty.
The work consists of four massive concrete tunnels (18 feet long and nine feet in diameter), which are arranged in an “X” configuration to total a length of 86 feet. Each tunnel reacts differently to the sun, aligned with the sunrise, sunset, or the summer or winter solstice. Someone visiting the site would see the tunnels immediately with their contrast to the fairly undifferentiated desert landscape. Approaching the work, which can be seen one to one-and-a-half miles away, the viewer’s perception of space is questioned as the tunnels change views as a product of their landscape.
The tunnels not only provide a much-needed shelter from the sweltering desert sun, but once inside the dazzling effect of the play of light within the tunnels can be seen. The top of each tunnel has small holes, forming on each, the constellations of Draco, Perseus, Columba, and Capricorn, respectively. The diameters of the holes differ in relation to the magnitude of the stars represented. These holes cast spots of daylight in the dark interiors of the tunnels, which appear almost like stars. Holt has said of the tunnels, "It’s an inversion of the sky/ground relationship-bringing the sky down to the earth." This is a common theme in Holt’s work. She sometimes creates this relationship with reflecting pools and shadow patterns marked on the ground,like in her work Star Crossed.
terça-feira, 16 de setembro de 2008
segunda-feira, 15 de setembro de 2008
domingo, 14 de setembro de 2008
É ERRADO TER ESPERANÇA?
Eu não sei se o mundo é candido, se alguma vez o foi, ou se, por sorte, alguma vez o será.
Sei, isso sim, que o mundo quase todo, e em definitivo a grande maioria dos europeus, está cansado e saturado de 8 anos de George W. Bush. E está farto, principalmente, da sua forma de fazer politica internacional e lidar com o resto do planeta.
Aquilo que a Europa e o Mundo procuram é uma nova aborgadem aos inumeros problemas que grassam no mundo, e que nos afectam a todos como a um só. E aquilo que Barack Obama pode trazer é essa abordagem dialogante que descreve num dos post abaixo.
A mim não me preocupa que essa abordagem dialogante falhe. A mim preocupa-me que ela não tenha existido durante os ultimos 8 anos, e continue a não existir no futuro. E as diferenças entre Barack Obama e John McCain são, nesse aspecto, bem claras.
Dizer que a abordagem que Barack Obama preconiza nos coloca mais próximos de uma radicalização do conflito civizacional existente, é afirmar que nao devemos ter esperanca num futuro diferente e melhor.
Eu, como cidadão do mundo, tenho esperança e deposito essa esperança em Barack Obama.
Sei, isso sim, que o mundo quase todo, e em definitivo a grande maioria dos europeus, está cansado e saturado de 8 anos de George W. Bush. E está farto, principalmente, da sua forma de fazer politica internacional e lidar com o resto do planeta.
Aquilo que a Europa e o Mundo procuram é uma nova aborgadem aos inumeros problemas que grassam no mundo, e que nos afectam a todos como a um só. E aquilo que Barack Obama pode trazer é essa abordagem dialogante que descreve num dos post abaixo.
A mim não me preocupa que essa abordagem dialogante falhe. A mim preocupa-me que ela não tenha existido durante os ultimos 8 anos, e continue a não existir no futuro. E as diferenças entre Barack Obama e John McCain são, nesse aspecto, bem claras.
Dizer que a abordagem que Barack Obama preconiza nos coloca mais próximos de uma radicalização do conflito civizacional existente, é afirmar que nao devemos ter esperanca num futuro diferente e melhor.
Eu, como cidadão do mundo, tenho esperança e deposito essa esperança em Barack Obama.
sexta-feira, 12 de setembro de 2008
Woodrow Wilson foi o 28.º Presidente dos Estados Unidos da América e aquele que pela primeira vez, conseguiu quebrar o tradicional isolacionismo norte-americano em termos de política internacional, envolvendo a partir de 1916 o seu país na Primeira Guerra Mundial, com o envio para a Europa de um corpo expedicionário, que acabou por decidir a favor da “Entente Cordiale” o destino da Guerra. Woodrow Wilson era Democrata e a ele se deve um primeiro vislumbre da arquitectura internacional que passou a ser a tradição do seu partido: o capitalismo promove a democracia, logo as nações democratas (e capitalistas) promovem a paz no mundo, logo, todo o mundo deve ser capitalista.
É assim Woodrow Wilson, que apoiado nesse adágio e num entendimento conhecido como “excepcionalismo norte-americano” – por contraponto à RealPolitik europeia, à sua “raison d´etat” e á diplomacia secreta em que sempre se sustentou - lança no final da Primeira Guerra aquilo que ficou historicamente conhecido como “Os 14 Pontos”, dos quais relevam precisamente, o comércio livre, a liberdade dos mares, e o desarmamento. Tudo isto seria acautelado por uma organização internacional que, literalmente, passou à história como “Sociedade das Nações” e que tinha por bandeira incondicional, a renúncia ao conflito armado, por parte dos Estados que a constituíssem e a aceitação da sua arbitragem nas disputas internacionais, que a partir de 1919 pudessem surgir.
Não creio que valha a pena explicitar, historicamente, tudo aquilo que se seguiu àquele pacote Wilsoniano bem intencionado, consagrado na Sociedade das Nações, bem como referir as sequelas que muitos sofreram até 1989 …
A convocação do que se passava no mundo hà 90 anos atrás, serve aqui para explicitar algumas coisas relativamente a Obama e às expectativas que em torno dele são geradas, a propósito das transformações que, supostamente, o mesmo trará à postura dos Estados Unidos no mundo – há quem acredite, sobretudo na Europa, que a sua eleição trará candura ao mundo e que todas as suas feridas serão por ele saradas … E há quem assim acredite, porque igualmente acredita, que essa candura internacionalista, foi desapossada do mundo por W. Bush…
Caríssimos,
O mundo nunca foi cândido!
E muito menos o será, à medida que as águas se agitam e novos protagonistas se apresentam na cena internacional (Rússia, China). A ideia de que Obama tornará o ar mais respirável é simultaneamante estúpida e perigosa (e tenho certeza de que nem ele mesmo acredita em tal capacidade, pois assim estaríamos a falar de messianismo).
O ar mais respirável em termos internacionais é uma visão estúpida, porque o mundo político de hoje não se resume aos Estados e às boas-maneiras constantes de compilações diplomáticas, executadas em salões de embaixadas. O mundo de hoje, envolve declarações enfáticas e dantescas, sobre aquilo que um pequeno grupo de pessoas pensa a propósito do ocidente e seu modo de vida, e como tal é entendido como uma renúncia a Deus. Declarações semelhantes ou piores em termos do mal que se procura infligir, em nome de uma Teocracia mundial, são constantemente procuradas por grupos radicais, como comprovam os meandros da conspiração para fazer explodir um série de aviões comerciais pelo uso de componentes líquidos, descoberto em 2004 e recentemente julgado no Woolwich Crown Court na Grã-bretenha.
O mundo real hoje, nada tem de candura. E por isso preocupam-me alguns dos sinais mais idealistas que em termos de política internacional se manifestam em Obama e que o mundo, rendido, faz vibrar como a um sino: se a sua abordagem dialogante falha, se o seu apaziguamento não obtém resultados práticos, a resposta do mundo ocidental perante um novo ataque, terá que ser 3 vezes mais dura. Nessas circunstâncias, não haverá lugar para misericórdias! E é por isso que a filosofia de Obama, ou pelo menos a filosofia internacional que a Europa espera que o mesmo concretize (o que é substancialmente diferente) nos coloca mais próximos (e não mais longe!) de uma radicalização do conflito civilizacional latente. O mesmo é dizer: Woodrow Wilson dixit!
Atenta esta conjuntura internacional, o “big stick” uma vez formulado por Theodore Roosevelt é a garantia de que os seus protagonistas estarão avisados das consequências, e não se atreverão a explorar as fragilidades de uma abertura ao diálogo, ou de um idealismo inconsequente, que será sem dúvida aproveitado por quem já é surdo, para ganhar folego e incendiar o resto do mundo.
MacCain nisso, é um tipo muito mais avisado…
É assim Woodrow Wilson, que apoiado nesse adágio e num entendimento conhecido como “excepcionalismo norte-americano” – por contraponto à RealPolitik europeia, à sua “raison d´etat” e á diplomacia secreta em que sempre se sustentou - lança no final da Primeira Guerra aquilo que ficou historicamente conhecido como “Os 14 Pontos”, dos quais relevam precisamente, o comércio livre, a liberdade dos mares, e o desarmamento. Tudo isto seria acautelado por uma organização internacional que, literalmente, passou à história como “Sociedade das Nações” e que tinha por bandeira incondicional, a renúncia ao conflito armado, por parte dos Estados que a constituíssem e a aceitação da sua arbitragem nas disputas internacionais, que a partir de 1919 pudessem surgir.
Não creio que valha a pena explicitar, historicamente, tudo aquilo que se seguiu àquele pacote Wilsoniano bem intencionado, consagrado na Sociedade das Nações, bem como referir as sequelas que muitos sofreram até 1989 …
A convocação do que se passava no mundo hà 90 anos atrás, serve aqui para explicitar algumas coisas relativamente a Obama e às expectativas que em torno dele são geradas, a propósito das transformações que, supostamente, o mesmo trará à postura dos Estados Unidos no mundo – há quem acredite, sobretudo na Europa, que a sua eleição trará candura ao mundo e que todas as suas feridas serão por ele saradas … E há quem assim acredite, porque igualmente acredita, que essa candura internacionalista, foi desapossada do mundo por W. Bush…
Caríssimos,
O mundo nunca foi cândido!
E muito menos o será, à medida que as águas se agitam e novos protagonistas se apresentam na cena internacional (Rússia, China). A ideia de que Obama tornará o ar mais respirável é simultaneamante estúpida e perigosa (e tenho certeza de que nem ele mesmo acredita em tal capacidade, pois assim estaríamos a falar de messianismo).
O ar mais respirável em termos internacionais é uma visão estúpida, porque o mundo político de hoje não se resume aos Estados e às boas-maneiras constantes de compilações diplomáticas, executadas em salões de embaixadas. O mundo de hoje, envolve declarações enfáticas e dantescas, sobre aquilo que um pequeno grupo de pessoas pensa a propósito do ocidente e seu modo de vida, e como tal é entendido como uma renúncia a Deus. Declarações semelhantes ou piores em termos do mal que se procura infligir, em nome de uma Teocracia mundial, são constantemente procuradas por grupos radicais, como comprovam os meandros da conspiração para fazer explodir um série de aviões comerciais pelo uso de componentes líquidos, descoberto em 2004 e recentemente julgado no Woolwich Crown Court na Grã-bretenha.
O mundo real hoje, nada tem de candura. E por isso preocupam-me alguns dos sinais mais idealistas que em termos de política internacional se manifestam em Obama e que o mundo, rendido, faz vibrar como a um sino: se a sua abordagem dialogante falha, se o seu apaziguamento não obtém resultados práticos, a resposta do mundo ocidental perante um novo ataque, terá que ser 3 vezes mais dura. Nessas circunstâncias, não haverá lugar para misericórdias! E é por isso que a filosofia de Obama, ou pelo menos a filosofia internacional que a Europa espera que o mesmo concretize (o que é substancialmente diferente) nos coloca mais próximos (e não mais longe!) de uma radicalização do conflito civilizacional latente. O mesmo é dizer: Woodrow Wilson dixit!
Atenta esta conjuntura internacional, o “big stick” uma vez formulado por Theodore Roosevelt é a garantia de que os seus protagonistas estarão avisados das consequências, e não se atreverão a explorar as fragilidades de uma abertura ao diálogo, ou de um idealismo inconsequente, que será sem dúvida aproveitado por quem já é surdo, para ganhar folego e incendiar o resto do mundo.
MacCain nisso, é um tipo muito mais avisado…
quinta-feira, 11 de setembro de 2008
quarta-feira, 10 de setembro de 2008
terça-feira, 9 de setembro de 2008
why obama vs. maCcain really matters
Bomb plot - the al-Qaeda connection
By Gordon Corera BBC News security correspondent, Islamabad
By Gordon Corera BBC News security correspondent, Islamabad
The liquid bomb plot, which has resulted in three significant convictions for conspiracy to murder, was al-Qaeda's most ambitious attempt to target the West since 9/11.
In recent years the UK has witnessed a spectrum of attempted attacks - ranging from home-grown, unconnected amateurish individuals at one end, to international conspiracies apparently directed by al-Qaeda's leadership at the other.
This plot appears to sit at the far end of the scale in terms of ambition and organisation, although the jury at Woolwich Crown Court failed to reach verdicts on four of the defendants, or on the most serious allegation against the three main defendants that the plot was to bring down airliners.
Senior counter-terrorism officials describe it as the "pinnacle" of a series of continuing threats to the UK that began in 2004 and originate from al-Qaeda in Pakistan.
Eight out of 10 top priority terrorist investigations in the UK have some connection to Pakistan, according to a number of counter-terrorism officials.
Threats have emerged from other parts of the world, including east Africa, and also from entirely self-sufficient home-grown individuals.
But officials say these threats do not have the severity of those coming out of Pakistan. And it is the latter that have the potential to have "strategic impact", say officials.
Western counter-terrorism officials debate the degree to which al-Qaeda remains able to provide real command and control over plots.
Some think this ability has diminished recently but it is clear that the liquid bomb plot does show a strong connection not just to Pakistan but to al-Qaeda's leadership.
In recent years the UK has witnessed a spectrum of attempted attacks - ranging from home-grown, unconnected amateurish individuals at one end, to international conspiracies apparently directed by al-Qaeda's leadership at the other.
This plot appears to sit at the far end of the scale in terms of ambition and organisation, although the jury at Woolwich Crown Court failed to reach verdicts on four of the defendants, or on the most serious allegation against the three main defendants that the plot was to bring down airliners.
Senior counter-terrorism officials describe it as the "pinnacle" of a series of continuing threats to the UK that began in 2004 and originate from al-Qaeda in Pakistan.
Eight out of 10 top priority terrorist investigations in the UK have some connection to Pakistan, according to a number of counter-terrorism officials.
Threats have emerged from other parts of the world, including east Africa, and also from entirely self-sufficient home-grown individuals.
But officials say these threats do not have the severity of those coming out of Pakistan. And it is the latter that have the potential to have "strategic impact", say officials.
Western counter-terrorism officials debate the degree to which al-Qaeda remains able to provide real command and control over plots.
Some think this ability has diminished recently but it is clear that the liquid bomb plot does show a strong connection not just to Pakistan but to al-Qaeda's leadership.
Birmingham link
In the case of this plot, the connections to Pakistan were crucial. The ringleader, Abdulla Ahmed Ali, travelled out a number of times. Material for the plot was brought back along with the technology of liquid explosives tested in Pakistan.
In Pakistan, a British man from Birmingham called Rashid Rauf is believed to have put plotters in touch with al-Qaeda's leadership.
Mr Rauf remains at large after escaping from arrest. In a small Islamabad police station, I was shown the case file regarding his escape. Officials put it down to incompetence, claiming they were not informed of his importance.
But back in London, British officials speak of Rashid Rauf being of "immense interest" because of his links to a string of conspiracies.
They think his detention would make a real difference - but privately many officials in both London and Islamabad concede that they are unlikely to ever find Mr Rauf again.
With or without Mr Rauf in a jail cell, officials now have quite a clear idea of how many of these plots have come together.
Individuals have typically radicalised in the UK and later travelled to Pakistan and come into contact with al-Qaeda through a trusted contact.
It is this link-up that means they gain training, motivation and the ability to carry out attacks of a sophistication they would never be capable of on their own.
In the case of this plot, the connections to Pakistan were crucial. The ringleader, Abdulla Ahmed Ali, travelled out a number of times. Material for the plot was brought back along with the technology of liquid explosives tested in Pakistan.
In Pakistan, a British man from Birmingham called Rashid Rauf is believed to have put plotters in touch with al-Qaeda's leadership.
Mr Rauf remains at large after escaping from arrest. In a small Islamabad police station, I was shown the case file regarding his escape. Officials put it down to incompetence, claiming they were not informed of his importance.
But back in London, British officials speak of Rashid Rauf being of "immense interest" because of his links to a string of conspiracies.
They think his detention would make a real difference - but privately many officials in both London and Islamabad concede that they are unlikely to ever find Mr Rauf again.
With or without Mr Rauf in a jail cell, officials now have quite a clear idea of how many of these plots have come together.
Individuals have typically radicalised in the UK and later travelled to Pakistan and come into contact with al-Qaeda through a trusted contact.
It is this link-up that means they gain training, motivation and the ability to carry out attacks of a sophistication they would never be capable of on their own.
Evolving threat
We now know of some individuals who planned to fight what they regarded as a legitimate jihad in Afghanistan were guided towards attacking the UK instead.
The suicide bomber Mohammad Sidique Khan, the ringleader of the 7 July attacks in 2005, was one of them. He left the UK in 2004, preparing to die on the battlefield alongside the Taleban - he even recorded a farewell video for his baby daughter.
The draw of jihad in Afghanistan is getting stronger and has easily replaced Iraq as the place where individuals go, seeking to enhance their status by fighting against the West.
And, according to debriefings of senior al-Qaeda detainees, Britons remain keener than any other nationality, including other Europeans, to go to Pakistan and fight - or to seek opportunities to link-up with al-Qaeda.
Once fired up, these individuals set out to recruit followers back in the UK to carry out their attacks.
During the past five years, the threats have evolved in terms of ambition and sophistication, with a shift from amateurish fertiliser-based explosives to sophisticated chemistry based on hydrogen peroxide, a form of hair bleach.
At the same time, the operational security of the plotters has also notably increased.
However, the targets of the plots have remained relatively consistent, including transport and particularly airports and airlines.
But the timetable between radicalised individuals returning from Pakistan and planning their attack has shortened, making investigations harder and more intense for British intelligence and security services.
We now know of some individuals who planned to fight what they regarded as a legitimate jihad in Afghanistan were guided towards attacking the UK instead.
The suicide bomber Mohammad Sidique Khan, the ringleader of the 7 July attacks in 2005, was one of them. He left the UK in 2004, preparing to die on the battlefield alongside the Taleban - he even recorded a farewell video for his baby daughter.
The draw of jihad in Afghanistan is getting stronger and has easily replaced Iraq as the place where individuals go, seeking to enhance their status by fighting against the West.
And, according to debriefings of senior al-Qaeda detainees, Britons remain keener than any other nationality, including other Europeans, to go to Pakistan and fight - or to seek opportunities to link-up with al-Qaeda.
Once fired up, these individuals set out to recruit followers back in the UK to carry out their attacks.
During the past five years, the threats have evolved in terms of ambition and sophistication, with a shift from amateurish fertiliser-based explosives to sophisticated chemistry based on hydrogen peroxide, a form of hair bleach.
At the same time, the operational security of the plotters has also notably increased.
However, the targets of the plots have remained relatively consistent, including transport and particularly airports and airlines.
But the timetable between radicalised individuals returning from Pakistan and planning their attack has shortened, making investigations harder and more intense for British intelligence and security services.
The connection
There are also tantalising connections between many of those involved in the major plots in the UK.
Mohammad Sidique Khan knew the 2004 fertiliser bomb plotters.
Abdulla Ahmed Ali was in phone contact with the leader of the 21 July failed attack, Muktar Ibrahim.
All three men were in Pakistan at the same time in late 2004. All returned to plan attacks with bombs based on hydrogen peroxide, devices not used before in the UK.
Counter-terrorism officials cannot be sure, but speculate that they may have all been trained by the same al-Qaeda operative.
All of these plots may have been overseen by a man called Abu Obeida al-Masri, the former head of al-Qaeda's external operations who is thought to have died of natural causes earlier in 2008.
He was thought particularly effective at working with Western recruits because he had lived in Europe.
So what does all of this tell us about the threat from al-Qaeda?
It's unclear whether such plots would need approval from Osama Bin Laden or Ayman Al-Zawahiri, the two top figures who are thought to be isolated and hidden away in the Afghan-Pakistan border areas.
There has been a relative lull in high-end attacks but counter-terrorism officials believe it is premature to say al-Qaeda is seriously damaged, particularly when Pakistan's own security situation is so uncertain.
The liquid bomb plot might have been hatched at a time when pressure on al-Qaeda in the tribal areas was reduced.
Officials are concerned that the foot could again go off the accelerator in Pakistan now.
Their hope is to maintain pressure in a way that makes al-Qaeda worry about its own day-to-day survival rather than have the time and space to plan attacks around the world.
There are also tantalising connections between many of those involved in the major plots in the UK.
Mohammad Sidique Khan knew the 2004 fertiliser bomb plotters.
Abdulla Ahmed Ali was in phone contact with the leader of the 21 July failed attack, Muktar Ibrahim.
All three men were in Pakistan at the same time in late 2004. All returned to plan attacks with bombs based on hydrogen peroxide, devices not used before in the UK.
Counter-terrorism officials cannot be sure, but speculate that they may have all been trained by the same al-Qaeda operative.
All of these plots may have been overseen by a man called Abu Obeida al-Masri, the former head of al-Qaeda's external operations who is thought to have died of natural causes earlier in 2008.
He was thought particularly effective at working with Western recruits because he had lived in Europe.
So what does all of this tell us about the threat from al-Qaeda?
It's unclear whether such plots would need approval from Osama Bin Laden or Ayman Al-Zawahiri, the two top figures who are thought to be isolated and hidden away in the Afghan-Pakistan border areas.
There has been a relative lull in high-end attacks but counter-terrorism officials believe it is premature to say al-Qaeda is seriously damaged, particularly when Pakistan's own security situation is so uncertain.
The liquid bomb plot might have been hatched at a time when pressure on al-Qaeda in the tribal areas was reduced.
Officials are concerned that the foot could again go off the accelerator in Pakistan now.
Their hope is to maintain pressure in a way that makes al-Qaeda worry about its own day-to-day survival rather than have the time and space to plan attacks around the world.
Story from BBC NEWS:http://news.bbc.co.uk/go/pr/fr/-/2/hi/uk_news/7606107.stmPublished: 2008/09/09 13:03:27 GMT© BBC MMVIII
segunda-feira, 8 de setembro de 2008
domingo, 7 de setembro de 2008
fascismo animal
"A Entidade Reguladora para a Comunicação Social (ERC) deliberou esta quarta-feira que as televisões generalistas podem transmitir de touradas antes das 22h30, por considerar que não são uma má influência para as crianças.Há cerca de três meses a RTP foi proibida de transmitir a 44ª Corrida TV, a partir da praça de touros em Santarém depois de uma providência cautelar do Tribunal Cível de Lisboa, interposta pela Associação ANIMAL"
fonte: PUBLICO on-line 05.09.2008
O que aqui deve ser relevado como verdadeiramente extraordinário, é o facto de uma associaçãode defesa dos direitos dos animais (repito, dos direitos dos animais, o que é que quer que isso signifique) se arrogar ao juízo universal de determinar, por mecanismo juridico-processual, o que é ou não uma má influência para as crianças. Mais extraordinário ainda, é o facto de algum juíz ainda melhor pensante, haver dado fundamento a tal consideração, inviabilizando institucionalmente, o direito de escolha e de liberdcade de educação que deve ser reconhecido a todo o indivíduo, a todo e qualquer pai...
Serve o presente post para fazer perceber a que ponto, o politicamente correcto, esconde enormes fascismos e de como há uma série de individuos institucionalmente pendurados, que se arroga no direito de pensar por cada um de nós!
fonte: PUBLICO on-line 05.09.2008
O que aqui deve ser relevado como verdadeiramente extraordinário, é o facto de uma associaçãode defesa dos direitos dos animais (repito, dos direitos dos animais, o que é que quer que isso signifique) se arrogar ao juízo universal de determinar, por mecanismo juridico-processual, o que é ou não uma má influência para as crianças. Mais extraordinário ainda, é o facto de algum juíz ainda melhor pensante, haver dado fundamento a tal consideração, inviabilizando institucionalmente, o direito de escolha e de liberdcade de educação que deve ser reconhecido a todo o indivíduo, a todo e qualquer pai...
Serve o presente post para fazer perceber a que ponto, o politicamente correcto, esconde enormes fascismos e de como há uma série de individuos institucionalmente pendurados, que se arroga no direito de pensar por cada um de nós!
Vivam os Touros e as Touradas!
sexta-feira, 5 de setembro de 2008
Obama and the Promise Land
Como nos Estados Unidos, graças a Deus, nunca existiu Socialismo, fosse em que variante fosse (da social-democracia nórdica, àquele de maior inspiração francesa) e como o pressuposto fundacional do país é o individualismo e capitalismo puro e duro – aonde ninguém ousa tocar – é sempre com um certo descanso, para quem perfilha a Direita política, que vê a disputa partidária norte-americana. Independentemente de quem ganhe o lugar de Washington, será sempre o velho capitalismo, quem dominará a terra do tio Sam!
E é por isso curioso ver o modo como toda a esquerda europeia, literalmente, se baba quando alguém pronuncia o nome Obama. Para eles, Obama cicatrizará as feridas do mundo e fará da América (sobretudo, a sua América profunda) um país um pouco mais civilizado (que é como quem diz, europeu). WRONG! A Europa hoje, não conta para quase nada, e pior ainda, conta cada vez menos para os Americanos. O nosso eurocentrismo e o modelo de vida que habitualmente lhe corresponde (e que para mais está falido!) nunca tiveram grande poder de fascínio ou de penetração nos partidos norte-americanos e não é Obama que se atreverá a mudar isso – se efectivamente estiver interessado em ganhar eleições…
O que me espanta, é que essa salivação incontrolada da esquerda por Obama, não considera minimamente aquilo que ele, efectivamente, representa e defende. Em Obama e nos Democratas não há sistema de saúde universal, há companhias de seguro e seguros de saúde; há cheques saúde pela Medicare; há a promessa de baixar impostos e de eliminar programas federais classificados como “big spenders”; em Obama e no partido Democrático, não há golden shares em empresas previamente nacionalizadas, e muito menos empresas estatais nos transportes, na televisão, nas companhias petrolíferas ou outras; não há rendimento mínimo garantido; não há serviço público de educação antes cheques educação, nem subsídios a agentes culturais (há indústria de conteúdos e ai do Estado que se atreva a patrocinar qualquer dos seus propósitos artísticos); há sobretudo a religião em Obama, as elites endinheiradas e bem pensantes do Massachussets e há mais dinheiro junto para uma campanha eleitoral do que alguma vez foi junto em campanhas eleitorais nos Estados Unidos. Com ele estão muitos dos multi-milionários do mundo, a começar por Warren Buffet, o primeiro de todos; mas sobretudo, em Obama e no partido Democrata (ao contrário do que muito gente possa pensar) não haverá nunca qualquer espécie de hesitação em defender os interesses norte-americanos, aonde quer que eles estejam ameaçados e sobretudo, se eles forem ameaçados em solo nacional (como o provam os Democratas Woodrow Wilson/Grande Guerra, Franklin D. Roosevelt/Segunda Guerra e John Kennedy/Vietname).
Assim sendo e estando a sua política enquadrada por aquilo que é profundamente liberal, não negando ele o facto de ser estruturalmente religioso, tendo durante parte da sua vida, trabalhado para paróquias evangélicas como animador comunitário, porque se baba a esquerda europeia, pelo simples pronunciar: Obama? É por ele ser preto? Seguramente que o seu percurso e curriculum, merecem muito melhor apreço que tal tipo de considerações descriminadoras, camufladas em piedade sarcástica. Porque se prostra a esquerda? Rendeu-se ao capitalismo estado-unidense? Ao liberalismo clássico? E com tal rendição, será ainda possível que a esquerda social-democratizante e tão zelosa do seu secularismo, possa um dia invocar a Deus, pedindo também a sua bênção? Poderá um dia Sócrates dizer "... e que Deus abençoe os Portugueses!"?
E é por isso curioso ver o modo como toda a esquerda europeia, literalmente, se baba quando alguém pronuncia o nome Obama. Para eles, Obama cicatrizará as feridas do mundo e fará da América (sobretudo, a sua América profunda) um país um pouco mais civilizado (que é como quem diz, europeu). WRONG! A Europa hoje, não conta para quase nada, e pior ainda, conta cada vez menos para os Americanos. O nosso eurocentrismo e o modelo de vida que habitualmente lhe corresponde (e que para mais está falido!) nunca tiveram grande poder de fascínio ou de penetração nos partidos norte-americanos e não é Obama que se atreverá a mudar isso – se efectivamente estiver interessado em ganhar eleições…
O que me espanta, é que essa salivação incontrolada da esquerda por Obama, não considera minimamente aquilo que ele, efectivamente, representa e defende. Em Obama e nos Democratas não há sistema de saúde universal, há companhias de seguro e seguros de saúde; há cheques saúde pela Medicare; há a promessa de baixar impostos e de eliminar programas federais classificados como “big spenders”; em Obama e no partido Democrático, não há golden shares em empresas previamente nacionalizadas, e muito menos empresas estatais nos transportes, na televisão, nas companhias petrolíferas ou outras; não há rendimento mínimo garantido; não há serviço público de educação antes cheques educação, nem subsídios a agentes culturais (há indústria de conteúdos e ai do Estado que se atreva a patrocinar qualquer dos seus propósitos artísticos); há sobretudo a religião em Obama, as elites endinheiradas e bem pensantes do Massachussets e há mais dinheiro junto para uma campanha eleitoral do que alguma vez foi junto em campanhas eleitorais nos Estados Unidos. Com ele estão muitos dos multi-milionários do mundo, a começar por Warren Buffet, o primeiro de todos; mas sobretudo, em Obama e no partido Democrata (ao contrário do que muito gente possa pensar) não haverá nunca qualquer espécie de hesitação em defender os interesses norte-americanos, aonde quer que eles estejam ameaçados e sobretudo, se eles forem ameaçados em solo nacional (como o provam os Democratas Woodrow Wilson/Grande Guerra, Franklin D. Roosevelt/Segunda Guerra e John Kennedy/Vietname).
Assim sendo e estando a sua política enquadrada por aquilo que é profundamente liberal, não negando ele o facto de ser estruturalmente religioso, tendo durante parte da sua vida, trabalhado para paróquias evangélicas como animador comunitário, porque se baba a esquerda europeia, pelo simples pronunciar: Obama? É por ele ser preto? Seguramente que o seu percurso e curriculum, merecem muito melhor apreço que tal tipo de considerações descriminadoras, camufladas em piedade sarcástica. Porque se prostra a esquerda? Rendeu-se ao capitalismo estado-unidense? Ao liberalismo clássico? E com tal rendição, será ainda possível que a esquerda social-democratizante e tão zelosa do seu secularismo, possa um dia invocar a Deus, pedindo também a sua bênção? Poderá um dia Sócrates dizer "... e que Deus abençoe os Portugueses!"?
Se assim acontecer, eu próprio farei de Obama um Santo! Que Deus nos abençoe a nós e à América, JÁ!
MISERÁVEL
Manter em segredo a demissão de Nobre Guedes da vice-presidencia do CDS-PP (ou devo dizer CDS, ou só PP) durante um ano inteiro é obra.
Há que dar mérito a Paulo Portas neste aspecto. De facto, só vejo outra pessoa em Portugal capaz de tal feito, o seu querido amigo Pedro Santana Lopes. Ou talvez não.
Demérito, e falta de nem sei o que, fica para Nobre Guedes, que apresenta a sua demissão e permite que a sua fotografia continue no site do partido por todo este tempo. Será que nao achou tudo isto estranho? Entao eu demito-me, e nao tiram a minha foto do site? E ninguém me veio perguntar porque?
Ah, pois, o Paulinho nao deve ter dito a ninguém. Deixa lá...
Sobre o que penso sobre todo este episódio, que não me surpreende, ja nem me dou ao trabalho de escrever sobre.
O contra senso de dizer que é inacreditável como Paulo Portas continua a fazer politica no nosso pais, é dizer também que o povo não é muito inteligente, mas também não é burro.
Paulo Portas recebeu o primeiro aviso aquando das eleicoes intercalares para a Camara Municipal de Lisboa, vamos esperar pelas próximas Legislativas e Autárquicas.
Miserável...
Há que dar mérito a Paulo Portas neste aspecto. De facto, só vejo outra pessoa em Portugal capaz de tal feito, o seu querido amigo Pedro Santana Lopes. Ou talvez não.
Demérito, e falta de nem sei o que, fica para Nobre Guedes, que apresenta a sua demissão e permite que a sua fotografia continue no site do partido por todo este tempo. Será que nao achou tudo isto estranho? Entao eu demito-me, e nao tiram a minha foto do site? E ninguém me veio perguntar porque?
Ah, pois, o Paulinho nao deve ter dito a ninguém. Deixa lá...
Sobre o que penso sobre todo este episódio, que não me surpreende, ja nem me dou ao trabalho de escrever sobre.
O contra senso de dizer que é inacreditável como Paulo Portas continua a fazer politica no nosso pais, é dizer também que o povo não é muito inteligente, mas também não é burro.
Paulo Portas recebeu o primeiro aviso aquando das eleicoes intercalares para a Camara Municipal de Lisboa, vamos esperar pelas próximas Legislativas e Autárquicas.
Miserável...
terça-feira, 2 de setembro de 2008
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