quinta-feira, 21 de julho de 2005

UM PAÍS E UMA POLITICA FRACA, PARA NÃO DIZER OUTRA COISA

Tudo a propósito da demissão do nosso Ministro de Estado e das Finanças.
Será que estas coisas também acontecem noutros países. E quando falo de países, refiro-me a países desenvolvidos.
Após 4 meses de tomar posse, já está de saída.
Aquele que é, em qualquer governo, uma das suas traves mestras - o Ministro das Finanças.
E, pelos vistos, tudo por causa de um artigo de opinião, que, bem lido, é recheado de verdades.
Mais uma vez, assiste-se a uma confrontação entre os politicos profissionais e os técnicos entrados na politica.
Mais uma vez, os politicos profissionais vencem, atirando borda fora quem não tem uma preocupação eminente de votos e sondagens, mas sim uma preocupação real com o país.
Para os que vivem à custa do erário público pouco interessam as verdades sobre o país, a sua principal preocupação é a forma como vão conseguir manter-se no poder.
E para isso, vale tudo.

4 comentários:

ASP disse...

Pois é, meu caro!!! E, bem vistas as coisas, entra para o «terreno de jogo», com apenas alguns minutos decorridos sobre o início da partida, para ocupar a mesma posição, um verdadeiro «político» - o Prof. Teixeira dos Santos -, anterior membro do desditoso Governo Guterres, embora convenientemente disfarçado de qualificado técnico da área das Finanças!!!
2-0, para a equipa dos «Políticos Profissionais»!!!
O «futebol» tem destas coisas!!!

JAM disse...

"...pouco interessam as verdades sobre o país, a sua principal preocupação é a forma como vão conseguir manter-se no poder"

Acrescento:
Nem que para tal se tranformem em autênticos camaleões da Politica.

fritzthegermandog disse...

lieber amf:

eine kleine komentaar über seinen text. permita-me de início partilhar consigo a minha perplexidade sobre sobre a inesperada demissão do ministro de finanças português. A exclamação será, creio, o ponto comum à generalidade dos portugueses. Contudo, partilhada consigo essa mesma surpresa, permita-me de igual modo expressar um tom contrário àquele que exibe em prosa revoltada. Operarei mesmo a seu propósito, a evidência (outrora sacrilégio) coperneciana: não são os políticos o problema, o problema são os técnicos que não deixam margem para os políticos. Haverá aqui um alargamento da base da discussão, mas que não se afasta dos factos e dos argumentos que apresenta como justificativos da sua apreciação. Vejamos:qual a margem politica que existe para aplicação de determinadas medidas num determinado sector de actuação do Estado (definidas por programas e protagonistas políticos) quando a aplicabilidade e o êxito das mesmas depende de uma tecnocracia instalada no seu puro egoísmo.

O problema caro amf não são os políticos (esses são animais extintos), o problema é a tecnocracia que aspira aos mais altos voos e que se pendurou como parasita na parafernália de repartições e lugares que a mesma tecnocracia persiste em manter.

amf disse...

caro fritz,
o últmo parágrafo do seu comentário anterior identificam claramente o problema. Com uma excepção, a diferença entre tecnocratas e politicos nos dias de hoje esbate-se.
Aqueles a que chama parasitas pendurados na parafernália de repartições e lugares, são, quer queira quer não, os politicos actuais do nosso país.
Aqueles que são donos dos aparelhos partidários e que tomam as decisões que regem as nossas vidas.
Mas antes de se preocuparem com as nossas vidas, preocupam-se com as deles, e depois, como parasitas que são, penduram-se e sugam até ao tutano.

p.s.-Naturalmente que há excepções. Mas infelizmente poucas.