quarta-feira, 7 de junho de 2006

TUNING

Fico satisfeito por morar num concelho onde há muitos adeptos do tuning. O caro leitor poderá achar que eu simpatizo com este fenómeno tão intrínseco à nossa vivência concelhia, o que na realidade não é o caso.
Fico satisfeito porque, pensando bem naquilo que nos é importante, e que nos pode garantir uma vida relaxada, depois da saúde, podemos mencionar o dinheiro. Este, para a maioria dos cidadãos, deverá resultar do nosso esforço laboral. Pintando o quadro desta forma apraz-me pensar que, num mundo profissional altamente concorrencial, onde o indivíduo se tem de mostrar como uma mais-valia enquanto factor trabalho, existe uma grande parte que é logo relegada para funções intermédias, ou de base. Para o efeito, basta aparecer com o seu carro alterado aquando da entrevista individual, ou então, nos primeiros questionários de selecção pôr uma cruz no “Sim”, à pergunta:
-
“Gosta de Tuning?”
-

Aliás, isto do tuning é uma “modernice”. Ainda sou do tempo em que este fenómeno era rei nos veículos de duas rodas. É certo que o meio de transporte não é o mesmo, mas aquilo que importa, "O Espírito", esse estava lá, não há que negá-lo! Mais! Num paralelismo inquestionável (ou não…) à falta de rádio Kenwood a debitar decibéis, quem não se lembra do escape de rendimento - um ou dois furos, consoante o caso - a debitar um barulho ensurdecedor, que nos punha a todos perto da loucura?! Em boa verdade, dos poucos momentos em que achei que estava lá perto, tenho sempre um flash duma moto a passar.
Bons tempos esses, que faziam de Santa Maria da Feira o concelho com mais ciclomotores de Portugal!

2 comentários:

naifa disse...

Nos questionários de selecção para emprego, à questão colocada sobre tuning o Xunga Típico responderia: "De tuning não gosto, prefiro o xuning...."

lololinhazinha disse...

Tuning? Isso tem alguma coisa que ver com construção civil? obras públicas? parques aquáticos?passagens secretas??