segunda-feira, 16 de julho de 2007

a confissão depois da derrota...

... ou a mão que embala o berço.

Pergunto-me se a ideia fundamental do indivíduo como centro de tudo, como princípio e fim de todas as coisas, como expressão criativa e racional intocável e por isso objecto da mais vigorosa defesa contra a intervenção uniformizadora do Estado, a ideia do indivíduo como princípio de iniciativa, poderá algum dia ser realidade num país cada vez mais educado e habituado ao estatismo modelador de inspiração social-democrata, orientado no sentido da mais completa e absoluta uniformização (igualdade) através do funcionalismo zeloso de um Estado que tudo tenta saber para melhor providenciar e mais tarde, mais facilmente, aplicar à mole condicionada e formatada cultural e economicamente, o zelo partidário das directoras regionais de educação e outras semelhantes!

Pergunto-me se nos encerramos num modo único de pensar os problemas e efectivar soluções para todas as coisas que ao país digam respeito e que invariavelmente, tem que meter o Estado ao barulho…

Não tardará muito para que os sósias reformistas do estado previdência imitem a social-democracia barata e muitas vezes mascarada da dupla de maior sucesso dos 34 anos de Democracia (Cavaco/Sócrates) e que subsiste na maioria dos seus aspectos, estatizada e funcionalista, perpetuando-se e reproduzindo-se a si mesma, à beira-mar plantada!

Claramente, estou a precisar de uma férias… para reflectir…

Enfim... embora Sócrates até nem o queira, começo a acreditar que a maioria dos portugueses doutrinados desde cedo nos bancos da escola pública (onde lhes ensinavam Marx quando o muro de Berlim tombava) preferem pedir que o estado e a social-democracia (aquilo que ideológicamente sempre conhceram!) tome conta de tudo... No fundo foi sempre essa a mão que lhes embalou o berço e entretanto, todos se cansaram de berrar!

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