terça-feira, 17 de julho de 2007

PRIMEIRO SINAL

O resultado do CDS/PP nas eleições para a Camara Municipal de Lisboa representam também o primeiro sinal do que o eleitorado pensa sobre o regresso de Paulo Portas á liderança do partido, e nas condições em que aconteceu.
Espero que reflicta e compreenda, porque penso que vai ter mais sinais destes.

2 comentários:

fritzthegermandog disse...

Caríssimo amf:

a questão não tem apenas a ver com portas, mendes, castro, santana, durão e outros... A questão no essencial prende-se com o facto de a direita e o centro-direita (se puxarmos todo o psd para tal qualificativo) estarem a perder gradualmente terreno para esquerda e a extrema-esquerda e isso é que é preocupante. O panorama político português não tem uma direita forte que sirva de alternativa em ideias e em prática política à esquerda, cada vez mais dominante, com a agravente de cerca de 20% dos eleitores votarem em partidos da extrema-esquerda, algo que não tem qualquer paralelo na europa, nem naqueles outros países recentemente saídos do jugo comunista.

O problema não é do portas - seja como seja o modo de entender a sua chegada ao partido. O problema é do país e da falta de alternativas democráticas em que o mesmo se afunda, onde apenas é legítimo escolher da social-democracia para a esquerda, mantendo-se todo o país mergulhado no funcionalismo, no assistencialismo, no estatismo, e naquilo que recentemente tem vindo a público, num zelo do politicamente correcto, aonde a fuga à uniformização e a um determinado padrão de pensamento logo é denunciado por algum bufo de serviço...

Como vê o problema não é o portas ou do portas... O problema tem a ver connosco e com as opções que se desenham para o país, atenta a cavalgada triunfal que se adivinha por parte de toda a esquerda e da social-democracia cada vez mais erigida como pensamento único!

amf disse...

Caro amigo,

O problema é uma questão de pessoas e de personalidades.
Acha realmente que, hoje em dia, o PSD e o PP, com as personalidades que estão a gerir os seus destinos, tem alguma hipótese de vencer alguma coisa.
E quando falo de Marques Mendes e Paulo Portas, junto-os neste mesmo saco, mas por razoes diferentes, porque por Marques Mendes continuo a ter uma enorme consideracão.
Mas adiante.

É uma questão de pessoas e personalidades, porque as com credibilidade na direita não estão para se embrulharem nas politiquices do nosso país.
Veja lá que, 2 independentes vindos de 2 partidos conseguiram ter 30% dos votos nestas últimas eleicoes, imagine o que seria se se candidatassem independentes a sério e com credibilidade.

Com o devido respeito pela sua análise entre direita e esquerda, a grande maioria do povo portugues está se bem a marimbar para isso.
Escolhem a pessoa que consideram a mais credível (ou a menos não credivel) e mais nada.
Por isso é que a grande maioria muitas vezes fica em casa.