quinta-feira, 24 de agosto de 2006

Afinal...

Fui hoje ao serviço de Finanças-1 da Feira.
Na repartição inteira estavam dois clientes além de mim, a serem atendidos no outro extremo da sala.
Esperei dez minutos, enquanto verificava que estavam sete funcionários sentados, alguns dos quais cavaqueando entre si.
Perguntei se estava alguém para me atender. Disseram-me para esperar um "bocadinho".
Passado mais dez minutos, veio um funcionário. Lampaneiro, perguntei-lhe se não tem conhecimento de que se deve dar prioridade ao atendimento ao balcão, evitando que as pessoas esperem desnecessariamente.
O funcionário, após algum desconforto inicial (enquanto toda a sala se voltou para ver quem era tão inconveniente cliente), disse que eu tinha razão.
Mas explicou que, quando há muita gente para ser atendida, há mais funcionários a atender. Quando são poucos clientes, há menos funcionários a realizar esse serviço. Ou seja, perguntei-lhe eu: quando há muitos clientes, as pessoas esperam porque há muita gente para ser atendida. Quando há pouca gente para ser atendida, as pessoas esperam, porque não há muita gente para ser atendida.
Assim foi esta minha visita à repartição de Finanças. E depois cortei o cabelo no Pinto. Disse-lhe que, quando a bomba lá rebentar, no edifício, ele já saberá quem a pôs. Mas chamou-me à atenção: mora muita gente nesse prédio. Respondi-lhe que o pessoal anda a precisar é de umas 20 bombas, uma de 15 em 15 dias, em sítios estratégicos do nosso lindo Portugal.
amf: boas vacances para lá de quem cá está, só não vou por enquanto.

3 comentários:

Anónimo disse...

ao menos reduziram-te substancialmente os impostos?

Framboesa disse...

Fui lá apenas para demonstrar que já tinha pago aquilo que me pediam para pagar novamente, em resposta à carta que me enviaram ameaçando execução fiscal. Mais palavras para quê?

El Torero disse...

Caro Framboesa,

Antes de mais, quero dar-lhe as boas-vindas.

Em relação aos impostos, e supondo que as suas dívidas são de valor relevante, aconselho prudência para não ver o seu nome publicado nas famosas listagens do ministério.