quinta-feira, 30 de novembro de 2006
quarta-feira, 29 de novembro de 2006
socialism
“What is Socialism?". E então respondi: "The most difficult and tortuous way to progress from capitalism to capitalism.“
a partir de “The Mitrokhin Archive, The KGB and the world, volume II” – penguin books.
terça-feira, 28 de novembro de 2006
hobbesiano
segunda-feira, 27 de novembro de 2006
justificação toponímica
GOSTAR DA FEIRA?
E a primeira coisa que pensei foi, que curioso.
Tantos anos a ouvir, e a dizer, que a Feira era o melhor local do mundo para viver, e hoje em dia, é ver e ouvir tantas pessoas a dizer que afinal não deve ser bem assim.
Na realidade, é como tudo na vida, uma questão de expectativas. Quando se conhece pouco, e as expectativas são baixas, pensa-se sempre que o que temos é o melhor do mundo. Quando começamos a conhcer mais e mais, abrimos os horizontes e, acima de tudo, abrimos a nossa mente a novas experiências, as expectativas crescem e a exigência também.
Na realidade a Feira, com todas as suas coisas positivas, tem também muitas, mas mesmo muitas, coisas negativas. E principalmente daquilo que as pessoas falam é sobre as relações com as pessoas, de sentimentos de melancolia e claustrofobia que a Feira provoca.
Quem diz, e eu dizia, que a Feira é o melhor local do mundo para viver, está completamente fora da realidade.
sexta-feira, 24 de novembro de 2006
quinta-feira, 23 de novembro de 2006
dieu sauve le roi
não há nada que supere a exuberância e o sentido pop do barroco musical.
marche pour la céremonie des turcs.
jean baptiste lully - florença 1632, paris 1687
A propósito da jean-baptiste lully há factos históricos que fundamentam a ideia de que aquilo que os ingleses tão fervorosamente entoam como sendo o seu hino e que igualmente nos fascina pela respectiva energia e sentido melodioso - "god save our noble queen" - teria sido originalmente escrito pelo compositor barroco de origem italiana de nome lully e de cujo génio e pompa acima se coloca um extracto. Segue assim a ideia de que, muito embora os ingleses ardilosamente atribuam a genialidade da melodia do respectivo hino, a um anónimo qeu consideram grandiloquente - mas ainda assim sempre anónimo! - aqueles mesmos dados históricos contribuem para tornar legítima a pretensão de estabelecer aquela mesma melodia como partindo do génio daquele jean-baptiste, favorito musical de "du soleil" Luís XIV a quem originalmente a música seria dedicada, evidentemente, com a seguinte letra: "dieu, sauve le roi."
É evidente que nenhum inglês no seu perfeito juízo, toleraria tal origem francófona, nem que tal lhe possa custar falta de rigor (ou mesmo mistificação) da História.
quarta-feira, 22 de novembro de 2006
já não há paciência ou espírito de caridade que aguente...
terça-feira, 21 de novembro de 2006
QUANTO MAIS RURAL, MAIS FRACO O É!
- Cristina
- Camelo
- Tenco
- Sotocal
- Palmeira
- Nandi
segunda-feira, 20 de novembro de 2006
the poisoned mondays antidote: his majesty hiphoper
"witness the fitness" Roots Manuva.
Run Come Save Me - Agosto de 2001.
sexta-feira, 17 de novembro de 2006
quinta-feira, 16 de novembro de 2006
the democratic party
Franklim Delano Roosevelt era Democrata.
2. Ainda que algumas dúvidas lhe assaltassem, Harry S. Truman, viu-se na contigência de ordenar o lançamento de duas bombas nucleares sobre hiroshima e nagasáki, obrigando desse modo à capitulação sem condições do império do Japão.
Harry S. Truman, era Democrata.
3. Nenhuma dúvida assaltou J.F.K. durante a crise dos mísseis em cuba, muito embora a consequência da sua não resolução fosse o holocausto nuclear. Dúvidas também não teve quando patrocinou o desembarque de uma força expedicionária na Baía dos Porcos, ou a intervenção americana no Vietname.
J.F.K. era Democrata.
4. Lyndon Jonhson também não teve grandes dúvidas quando solicitou junto do congresso autorização para incrementar a intervenção militar dos EUA no Vietname.
Lyndon Jonhson era Democrata.
5. Jimmy Carter, ao contrário dos seus antecessores, teve demasiadas dúvidas sobre tudo, em particular sobre o seu papel na política externa e aquele dos estados unidos no mundo. Jimmy Carter deveria ter-se ficado pelo que bem conhecia, as suas plantação de amendoins, e assim não tinha titubeado e perdido as eleições imediatamente seguintes à sua, contra um artista de cinema (?) chamado Ronald Reagan.
Jimmy Carter era e é Democrata.
6. Bill Clinton não teve dúvidas sobre a necessidade de colocar pressão sobre Saddam, bombardeando várias vezes o Iraque, nem ordenar o lançamento de mísseis contra bases terroristas, no Yemen e na Somália, após ataques contra o USSS Cole, ou a primeira tentativa de mandar abaixo o World Trade Center em 1993.
Bill Clinton era e é Democrata.
É por isso que hoje, a grande parte dos americanos desconfiam dos democratas e sentem por isso, uma tremenda insegurança quando os ouvem dizer que o exército americano terá que retirar do Iraque daqui a 3 ou 4 meses. Com o que é que se fica? Com a sensação de que se Administração Bush pode ter cometido erros sobre a estratégia adoptada no combate á ameaça terrorista, os Democratas não os cometerão, porque muito simplesmente não têm qualquer tipo de estratégia definida. A única coisa em que realmente acreditam é fugir do Iraque a 7 pés e desfazer a Administração Bush. O que para um povo ameaçado, é muito pouco….
Por isso mesmo, as sondagens continuam a dar vitória a qualquer Republicano que se apresente ás próximas eleições presidenciais, por muito que a generalidade dos europeus desejosos dos apaziguamento, pretendesse o contrário… De qualquer modo, que seria de nós europeus se, por exemplo, os Democratas Roosevelt ou Truman não tivessem compreendido as exigências da História e tivessem alinhado por esse pacifismo de trazer por casa que parece, nos nossos tempos, engripar o empenho no sistema capitalista e na liberdade que sempre foi a matriz ideológica do partido Democrata norte-americano.
Assim, não será surpresa para ninguém que os Republicanos MacCain ou Giulianni serão os senhores que se seguem...
quarta-feira, 15 de novembro de 2006
terça-feira, 14 de novembro de 2006
segunda-feira, 13 de novembro de 2006
the poisoned mondays antidote
rosalia de souza feat. nicola conte.
maria moita - "garota moderna" lp, 2006.
DESEMPREGO NO MUNDO
Portugal situa-se na primeira metade da tabela, no lugar 74, mas é deveras interessante verificar que em Andorra a taxa de desemprego é 0%, e, no lado oposto, a Libéria tem uma taxa de desemprego de 85%.
Conseguimos imaginar o que é isso?
Vejam aqui
clube beretta 2000 - os diários
O xico russo bem me havia avisado de que fizesse atenção… de que passasse a ter algum cuidado. E o xico russo, por ser homem de poucas palavras mas sempre de pertinentes cogitações, se um dia o diz ou bem te avisa, é bom que dele sempre faças caso e ganhes tino com as suas palavras, por muito económicas ou simuladas te pareçam: “Olha que já sabem o que andas para aí a fazer… E quem sabe, sabe-o bem e de modo alargado… Não está para vos deixar de rédea solta!”. Os avisos do xico russo, quem sabe, até poderiam tornar-se adágios, ou rimas de rapper. Mas percebendo a substância dos seus complementos, por muito indirectos que surgissem naquela gramática quase cinzelada que era a do xico russo, o aviso, no que a ele respeitava, estava dado. Que eu fizesse atenção … eu e todos os outros, no Clube Beretta 2000.
E não precisei de muito tempo para que a preocupação do xico russo me fosse sinalizada, tornando-se palpável. Ontem do outro lado da barricada ideológica a partir da qual fundamentávamos e centrávamos a actividade do Clube Beretta 2000 surgira o aviso em tom de ameaça.
Cuidado.
São da revolução,
Os olhos que vos seguem,
Carregando neles a utopia como ilusão,
O caminho de um outro sistema que perseguem.
Há seguramente coisas melhor escritas na prata dos chocolates bacci, ou nas tampas dos iogurtes com sabor a noz de macadamia da danone (as grandes companhias, por vezes, até gostam de surpreender e agradar aos seus clientes). Agora, independentemente dos méritos literários ou líricos que possam ser reconhecidos àquela frase composta e recortada a partir de palavras impressas em Jornal (creio que algumas delas teriam sido inicialmente impressas no terras ou no correio da feira) a ameaça e o propósito que resultam daquela composição eram claros: de um lado estão vocês, os fascistas, os adoradores de hóstias, venerando os padres, vocês, os peregrinos de Santa Comba Dão. Do outro estamos nós, os bons de sentimentos, os cosmopolitas, os racionalmente determinados e não tementes a Deus, os socialmente piedosos, mas infelizmente ainda órfãos de uma revolução.
Não importa agora considerar sobre a justiça ou injustiça desses maniqueísmos ideológicos como que, do outro lado, uma grande parte das vezes, nos catalogam. A complexidade das nossas ideias, o argumentário que fundamenta o conjunto das nossas acções e este caminho sinuoso que resolvemos percorrer para a respectiva afirmação, é difícil de ser reduzido a pequenas frases que consistentemente exprimam a substância daquilo em que politicamente nos encontramos empenhados. Mas, como algumas vezes já ouvi, adoradores de hóstias? Peregrinos de Santa Comba Dão? Do outro lado sempre encontrei alguma preguiça intelectual na tentativa de objectivizar minimamente o corpo de ideias que nos motiva. Ser-se liberal é quase sempre equivalente a ser-se fascista e então acreditar-se na vida para além da morte, é ser-se no mínimo estúpido, no máximo, um doente mental. Isto deverá ser motivo de preocupação para nós, pois a ignorância torna-se também mais um adversário: já não bastará o confronto, o empenho físico e os riscos que ele implica, não bastará a dificuldade deu afirmar de um modo claro aquilo que defendemos. A pior coisa de todas é enfrentar a ignorância das pessoas, a incapacidade de perceberem a complexidade de todas as coisas e por essa razão, o impulso de tudo reduzirem ao preconceito, ao jargão ideológico repetido vezes sem conta, ao vazio da demagogia exaltada dos pobres e oprimidos contra os poderosos sem coração. O que importa a todo o custo, é sabotar estes últimos, ainda que eles sejam muito poucos, ou nem existam…
Mas recebida daquele modo a ameaça, isso seria o sinal de que tudo iria aquecer. Como se o calor já não fosse o suficiente por estes dias de Novembro… e era isso de que ainda nos queixávamos, eu e um rafeiro alto e castanho que me seguia em passos vagarosos, a uma distância prudente, enquanto subíamos dificultados pelo calor a ladeira que em Fornos, nos conduz ao largo da Igreja. Tudo estava calmo ás três da tarde e não nos ocorria outra coisa senão este provável engano de Estações, que pela sua macieza e bondade, nem incomodaria de sobremaneira. Ouvia apenas os meus passos… E pensar que no mundo, ou na maior das proximidades, a demência e o receio que domina alguns, nos tornaria por peregrinos à campa do Salazar…
sexta-feira, 10 de novembro de 2006
quinta-feira, 9 de novembro de 2006
Greve nacional da Função Pública
Poderá verificar duas situações:
1) não há emprego
2) no caso, pouco provável, de encontrarem emprego poderão constatar que estão muito mal habituados.
A luta continua...
quarta-feira, 8 de novembro de 2006
terça-feira, 7 de novembro de 2006
da satanização
ARREGAÇA A MANGA
Manga comprida, com botão de punho apertado – Funcionário asseado. Normalmente associado ao front Office. Faz tudo certinho, sem nunca colocar em causa o que lhe foi ensinado, especialmente pela mãe.
Manga comprida com botão de punho desapertado – Funcionário asseado. O desapertar do botão, envia uma mensagem importante aos que o rodeiam: Está em stress!
Manga comprida, com meia dobra – Gajo de trabalho. A manga arregaçada com apenas meia dobra transmite a ideia do “Vamos lá a isto!”
Manga comprida, dobrada uma vez – Beto do trabalho. Igual ao gajo de trabalho, mas em que o pormenor estético não é descurado.
Manga comprida, dobrada vez e meia (até ao máximo de duas) – Gajo de trabalho por simpatia. Vê os de trabalho a arregaçarem as mangas, e fá-lo também, não sabendo bem como, nem porquê!
Manga arregaçada mais do que duas vezes – TROLHA!
segunda-feira, 6 de novembro de 2006
sexta-feira, 3 de novembro de 2006
and rock ´n roll could never ever hip hop like this *
kanye west, two words.
the college drop out, fevereiro 2004, rocafella records.
* igualmente a ouvir, the handsome boy modelling school, "so... how´s your girl?" 1999.
a social-democracia hoje
É das tais coisas que me lança uma tremenda confusão…
Não importa agora discutir as razões que farão futuramente o discurso daqueles favoráveis á despenalização do aborto, nem as razões de que se valerão os que se manifestarão contra. O país insiste em valorar esta mesma questão como a de uma necessidade imperiosa para o nosso progresso colectivo, ainda que tal progresso signifique uma vez mais e apenas, andar a correr atrás do que os outros já fizeram (e ainda que esses outros estejam já na fase de questionar as soluções que agora tanto ansiamos alcançar, exemplo: Espanha despenalizou a prática de aborto com fundamento no desfavorecimento social da mãe e estes são agora cerca de 375 000 por ano, num país que economicamente, tem hoje grande dificuldade em justificar tal número. Tal paradoxo não deixa de ser objecto de preocupação por parte das entidades espanholas).
Mas o que importa agora é discutir o pormenor e as contradições políticas que nesta matéria resultam para a social-democracia portuguesa.
Esta sempre defendeu com enorme intransigência e com uma certa dose de radicalismo, o chamado Serviço Nacional de Saúde. Afinal tal constituiria e constitui uma das tão propaladas “conquistas de Abril” obliterando-se através de tal mistificação, o dado histórico de terem sido Salazar e Marcelo Caetano quem primeiro retirou do domínio das misericórdias a prestação de cuidados de saúde e investiu numa cobertura nacional de rede de hospitais e posteriormente, (com Marcelo Caetano) na institucionalização de cuidados primários, com os chamados Postos Médicos ou postos de saúde – este apego á verdade, poderá na mente de muitos significar que eu saúdo Salazar e bajulo o Marcelo Caetano e que por isso não passo de um porco fascista, mas isso é o país que vive preso aos mitos revolucionários e ao qual eu não dou importância nenhuma.
Tudo isto a propósito das contradições social-democratas portuguesas: descubro pois, que perante a intransigência sempre demonstrada por essa mesma social-democracia na privatização do sistema nacional de saúde e pelo estabelecimento de um sistema misto (privado/público) essa mesma social-democracia, sempre intransigente, avança com a possibilidade de, caso vença o referendo sobre o aborto, financiar directamente a mãe que pretende abortar, pagando-lhe todas as despesas que decorram do ambulatório a realizar junto de clínicas privadas, estabelecendo desse mesmo modo e conscientemente, todo um sistema de prestação de cuidados de saúde sempre defendido pela Direita e por uma visão liberal do Estado (este não seria o responsável pelas estruturas e modelo através dos quais a prestação de cuidados de saúde se efectuaria, antes financiaria directamente o cidadão – através de um cheque-saúde – para que este obtivesse junto de instituições privadas os cuidados de que necessitaria, nomeadamente aqueles mais desfavorecidos).
Ou seja, quando todos os demais cidadãos são sujeitos no sacrossanto sistema nacional de saúde, às demoras intermináveis e às listas de espera, á sua ineficiência e desperdício para realizar intervenções de carácter fundamental para o seu bem-estar, o mesmo Estado que lhes impõe tamanhas dificuldades e riscos – em razão da sua própria intransigência ideológica – permite que para efeitos abortivos, se estabeleça todo um diferente sistema de funcionamento e financiamento, em benefício de algo altamente questionável nos propósitos, revelando desse mesmo modo e simultâneamente, a total falência do sistema com que todos os outros têm de gramar, ainda que seja para salvar a sua própria vida.
Por favor, expliquem-me… Afinal, o que é que a social-democracia quer?
P.S.: não deixa de ser extraordinário que a propósito do referendo sobre o aborto, os partidos políticos que sempre puseram um certo grau de radicalismo na defesa do sistema de saúde público (como em todos os restantes sistemas públicos) permaneçam calados, num silêncio conivente, perante aquilo que constituí um atestado de total incompetência e falência do património colectivo que defendem e em que se empenharam e empenharam o país.
FRASE 3
Por Mark Twain
quarta-feira, 1 de novembro de 2006
Incongruencias
E já agora, o que dizer da Concordata? Privilégios em impostos e no exercício da religião.
FRASE 1
por desconhecido