quarta-feira, 25 de janeiro de 2006

VEM AÍ O VERDADEIRO «WESTERN SPAGHETTI»!


7 comentários:

fritzthegermandog disse...

Caro asp,

o revolver que ilustra esta opção eminentemente liberal do governo italiano (no sentido de devolver ao indivíduo o último direito: o de defender a individualidade da sua existência, sem intermediários)é da marca Beretta?

ASP disse...

Lamento, Caro Fritz, mas os meus conhecimentos bélico-marciais são diminutos ...
Quanto à simpatia que o Meu Caro Amigo, aliás coerentemente, demonstra nutrir por esta opção, não posso deixar de lhe dizer o seguinte:
É um caminho, no mínimo, perigoso. Temerário, mesmo. Que pode, na realidade, abrir caminho a um verdadeiro «far-west» à italiana! De consequências imprevisíveis! Onde é que o legislador italiano meteu princípios tão fundamentais - no que concerne à legítima defesa - como os da necessidade da existência de um perigo actual e iminente, da relavância dos interesses protegidos, da proporcionalidade, etc.?
A «BERLUSCONIZAÇÃO» que se vive em Itália dá nisto!

El Torero disse...

Quem deve estar contente é o fabricante das famosas Berettas.

fritzthegermandog disse...

Caro asp,

onde para o seu liberalismo? Ou nestas matérias ficará por uma abordagem eminentemente social-democrata, logo estatizante?
É certo, que neste tipo de matérias, há sempre outros factores a considerar (tipo e grau de criminalidade, eficácia policial, mecanismos de controlo e enquadramento penal). Contudo, a iniciativa assumida pelo governo italiano, tem uma base de entendimento ideológica sobre o indivíduo e o estado. Assume (tal como é feito nos estados-unidos, ou na república federativa do brasil)que o indivíduo - e não o estado - é o factor fundamental da existência e nessa mesma medida, por um lado, toda a intervenção ou possibilidade de interverência pelo estado, nessa mesma esfera única e irrepetível, é vista com enorme gravidade, e por outro, há uma maior permissividade à expressão dessa mesma dimensão individual (na qual se inclui a imposição à auto-preservação).
Tudo para demonstrar que, no que concerne à estruturação da relação indivíduo-estado, há múltiplas perspectivas que não se reconduzirão a esse modelo social-democrático em vigo no país, que em múltiplos aspectos é verdadeiramente opressor (sendo o dos impostos, o mais visível).

ASP disse...

Caro Fritz: tente pôr de parte a «bitola» ou «cartilha» liberal e peço-lhe que medite, pragmaticamente, no seguinte: não lhe parece que esta medida pode - e, estou certo, que vai! - dar origem aos mais variados excessos, daí derivando a sua perigosidade e mesmo perversidade?

fritzthegermandog disse...

Caro asp,

uma questão é, em concreto, a legitimação do uso e porte de arma como mecanismo de defesa pessoal generalizado. Outra questão, fundamentalmente académica, é determinar os fundamentos, em abstracto de uma tal opção e enquadra-la ideológicamente no binómio estado/indivíduo. É esta vertente aquela que priviligio na presente discussão, mais do que determinar se, por exemplo, em Portugal, tal seria uma boa opção (e eu creio que não!). Contudo, tenho alimentado a discussão para tornar claro, que mesmo num assunto de extrema importãncia como a Segurança, existem perspectivas e valores diferentes, que são praticados por outros países (hoje, incluindo a Itália) sem que a opção pelos mesmos, signifca a inviabilidade social, económica ou cultural dessas mesmas sociedades. Esses diferentes exemplos e abordagens que poderemos encontrar em variadas matérias, contrastam grandemente com a falta de discussão, falta de perspectivas e soluções que existe em Portugal, onde um consenso pobre e arrogante persiste sobre (e a título meramente exemplificativo) sistema político república/monarquia, capaciade energética (introdução do nuclear) privatização e liberdade de ensino, privatização da saúde, privatização da justiça, privatização da segurança social e destatização generalizada entre outros. Há vida para lá da república social democrática falida em que vivemos!

fritzthegermandog disse...
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