quarta-feira, 19 de outubro de 2005

E no fim,
Digam-me os Deuses,
De como se desfez a língua em água
Para depois morder longínqua
O fascínio inexistente da terra,
Cravando-se-lhe no gosto,
as pretas, as mágoas,
Cozendo outras letras do sangue,
Urdindo novas artes e gramáticas,
Para enfim chorar, num sotaque universal,
O mesmo sal, as mesmas lágrimas.

1 comentário:

ASP disse...

Caro Fritz:
Obrigado pelo momento poético-literário!
Já fazia falta a este blog!