quinta-feira, 1 de setembro de 2005
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Um espaço de partilha de pensamentos, actos e omissões, onde o pecado é não escrever aquilo que se pensa. SÍTIO DE REUNIÃO, ISENTO, LIVRE E TRASPARENTE, ONDE SE TENCIONA QUE, PELO DEBATE E PELA OPINIÃO, SURJA UMA PAZ ESPECIAL: A PAZ DA FEIRA!
8 comentários:
Liebler asp!
Fussball nichts, BITTE!
Caro Fritz!
Compreendo e respeito que não goste de futebol!
Tanto mais que, segundo depreendi, vive e estuda "fora", na Alemanha, onde, certamente, acontecem e se passam coisas bem mais interessantes!
Todavia, devo alertá-lo para algo que, com toda a certeza já será do seu conhecimento: o futebol é tudo no nosso País, dele se "alimentando" a Nossa Querida Pátria - onde eu vivo e trabalho!
Liebler asp:
perdoe-me o modo pouco delicado e algo brusco com que expressei a minha vontade - todos estes anos germânicos torcem-nos a delicadeza e o bom modo e fazem-nos cada vez mais ríspidos e arrogantes. Seguramente que o futebol terá a sua importância, tanto em Portugal como na Alemanha, não ponho nem quero colocal qualquer espécie de dúvida sobre esse mesmo facto.
Mas acredite que, efectivamente, haverá coisas mais importantes a ver discutidas na nossa querida Deutshland: emprego acima dos 11% (na parte leste, Lands existem em que tal percentegem chega aos 18%); incapacidade crónica de relançar a economia; espartilhamento do sistema político tradicional alemão com o aparecimento de um novo partido dito de esquerda liderado pelo ex-Socialistisches Demokratishes Partei Oscar Lafontaine; perda de credibilidade absoluta do Grüne Partei do Joshka Fischer e sobretudo, crescente divisão da nação alemã reunificada, com o progressivo estabelecimento das costas voltadas entre o este e o oeste.
Compreenderá seguramente, que perante um tal contezto, Das Fussball, não tenha grande importância.
De quelquer forma, tive oportunidade de ler já o seu breve apontamento no post u2 e que me deixou algo perpleco: não creio nem posso acreditar que o liebler asp pretenda definir a cultura, a história a a universalidade da sua Pátria pela simples distribuição de comendas e condecorações.
A sua Pátria não é seguramente um simples medalhão no peito. (aliás tomara para muitos de nós alemães que a história da noss pátria se pudesse apenas resumir a isso)
Certamente que o episódio que evoca é a espuma dos dias, que em nada altera a história de séculos.
Tchüss.
Caro Fritz,
Sinto que a sua vivência na grande potência europeia é bastante mais psicológica do que fisica.
O que às vezes também me apetece a mim.
Já que, se existe país na Europa, e por inerência no mundo, onde neste momento o futebol é a coisa mais importante, esse país é a sua querida Deutshland, país que prezo bastante.
E isso, porque no próximo ano aí se disputará o World Cup 2006, o segundo maior evento desportivo mundial a seguir aos Jogos Olimpicos.
E a febre já existe.
Lembremo-nos nós de como eram as coisas no nosso querido país um ano antes do inicio do Euro 2004...
Caro Fritz:
Com o devido respeito, julgo que defender a cultura, a história e o universalismo do Povo Português não passa por atribuir uma "condecoração" aos U2 ...
Se Sampaio quer, na realidade, ultrapassar Soares neste campo, do número de "agraciações" e outros "galardões" atribuídos, tem, certamente, entre as gentes lusitanas, bem por onde escolher!
Liebler asp:
Creio que assume um entendimento erróneo quanto á natureza da condecoração atribuída. A pergunta que se deverá fazer a si próprio é saber se, efectivamente, pretendeu Sampaio, com a condecoração atribuída, defender a cultura, a história e o universalismo português. Não creio que tal tenha sido o propósito e o fundamento, antes, o reconhecimento por um trabalho desenvolvido pelo condecorado (ou agraciado) em prol de nações mais desfavorecidas - sendo certo que nos interrogaremos sobre o que efectivamente foi alcançado.
(agora, confesso-me autor de um mal dizer e de uma injustiça, uma vez que o G8, recentemente, resolveu perdoar parte substancial da dívida dos chamados países em via de desenvolvimento)
Liebler asp, eis provavelmente o fundamento condecorativo.
A história, a cultura e o universalismo português têm importância na medida em que tais factos e circunstãncias constituem um Estado e alicerçam povos (que não apenas o português).
Se o Bono for uma estrela Rock que se importe com a história e a cultura, para além da erva que fuma - e até estou pronto a acreditar que assim é - o menos que poderia fazer para agradecer a fita que lhe foi pendurada ou posta à volta do pescoço, depois de todos os salamaleques protocolares, era, como bom católico irlandês que será, dirigir-se humildemente a um canto discreto do Mosteiro dos Jerónimos e aí agradecer a Deus o reconhecimento que lhe foi atribuído.
Liebler asp: parece-me que comete a injustiça de ver as coisas ao contrário. O Bono, o the Edge, o Adam Clayton e o Larry Mullen Jr., juntos ou separados, são um infinitésimo espacial da história do mundo - e até estou a ser simpático - e esse mesmo mundo que hoje conhecemos (quer isso lhe agrade ou não) permanece gravado na face, por essa predisposição ao universalismo do povo a que pertence.
Leibler asp, quem é o Bono?
Se for estúpido o suficiente para não perceber a dimensão histórica e cultural do reconhecimento, então que persista na estupidez. Quanto ao Povo e ao Estado (e á história, cultura e universalismo) esses serão MAGNÂNIMES, que até os estúpidos e os probres de espírito condecoram.
Liebler amf,
nicht nur bin Ich einen Fussbal fan, sondern auch einen wochenende Fussballspieler.
Respondo-lhe da grande potência europeia, como diz, sendo certo que tenho plena consciência do privilégio económico que a mesma representa em termos comparativos, apesar das considerações que se seguem.
Em consequência acrescento - como provavelmente saberá - que a "grande potência" vive económicamente desanimada, vergada sobre os seus joelhos. E tal circunstância – como igualmente bem refere – dramatiza psicológicamente ao nosso dia-a-dia que passa a ser vivido entre duas percepções: a do poder económico disponibilizado pela Alemanha até Gerhard Schröeder e aquele que neste momento o governo deste último disponibiliza.
Sendo certo que a vivência física se estabelece com normalidade – apesar de recentemente ter sido objecto de uma operação para a correcção do septo do nariz, que me tornou, durante algum tempo, doloroso o recurso aos lenços de papel (operação que visava, entre outras coisas, melhorar a minha capacidade respiratória als ein Fussballspieler) – é a componente psicológica que sobretudo se ressente. E creia-me, liebler amf, não será o Weltmeisterschaft que ocorrerá na Alemanha, que alterará o que quer que seja. O problema alemão é estrutural e prende-se com a integração económica e social de uma parte do país que viveu um pesadelo ideológico e que exibe uma permanente incapacidade de compreender os mecanismos de mercado de que depende a produção de riqueza (há algo, contudo, em que os alemães de lestes são insuperáveis: nos cortes de cabelo e nos bigodes).
Como deve imaginar, não será o Fussball Weltmeisterschaft, que alterará a circunstância económica em que vive a alemanha tal como, atrevo-me a dize-lo, não foi o Fussball Euromeisterschaft, que retirou Portugal da situação económica que presumo não seja favorável. Por muito entusiasmo que tenha existido. A Alemanha não é diferente! (Deutschaland ist nicht verschiedene).
Fritz, der Deutsche Hund.
Caro Fritz:
Não me leve mal, mas achei o seu comentário algo profuso e confuso!
Sem embargo - para encerrar esta agradável polémica "pop"! -, gostaria apenas de subscrever aqui algo que, a este respeito, vem sendo, em diversos sítios, insistentemente repetido:
«DEFENDER CAUSAS POLITICAMENTE CORRECTAS É UM "BONO" NEGÓCIO!!!»
A condecoração de Sampaio pura e simplesmente enojou-me!
Aliás, neste lamentável episódio, "mete nojo" o ar servil e subserviente de Sampaio, ao lado de uma "estrela pop", trajando camisa aberta e colorida, chapéu e com ar de profundo enfado!
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