sexta-feira, 2 de setembro de 2005

IMPROPÉRIOS

Não raras vezes incomoda-me um tipo de atitude negligente de certos indivíduos que, estando em espaços públicos, julgam-se detentores do mesmo. Não só porque falam alto, mas acima de tudo porque o fazem de língua destravada.

Está Mal!

A esses indivíduos sugiro a seguinte reciclagem:

Variações sonoras do estilo: FOSGASSE!; FORMASSE!; COZASSE!
Funcionam essencialmente no sentido fonético. O que interessa é ter a maior quantidade possível de letras que constituem a palavra ofensiva, em conjugação com terminação idêntica.
A título de exemplo, fora desta enquadratura, ficam palavras como: Pá, que afinal não é um diminutivo de pai, mas sim de papá, ou o tradicional “querida a janta já está pronta?”

Utilização incompleta de expressões ofensivas: DASSE!; QUE PARIU!
O resultado final é o mesmo, mas deixa o ofendido sem poder afirmar que o foi.
Mas o certo é que foi!

Utilização de palavras sonoramente parecidas, em contexto de ofensa:
PRÓ BARALHO!; PRÓ CARVALHO!
Gosto mais da primeira. Uma mescla dos dois tipos de expressões anteriores. O ofendido não poderá afirmar objectivamente que o foi e fonéticamente o resultado é muito parecido com o original.

Expressões híbridas: FONIX!; CARAMBA!
A primeira muito mais em voga. Dá um ar de juventude e frescura, além de uma certa irreverência. São híbridas porque, como ninguém sabe classificá-las, servem para tudo.

Sinónimos não oficiais: CÁCA.
Utilização de um sinónimo que não aparecendo no dicionário, não deixa de ser muito mais leve que o original.

Em resposta a qualquer ofensa sou apologista dos contraditórios fáceis do género:
ÉS TU!; VAI TU!
Acaba-se com um empate, em que ninguém cedeu, para contento dos beligerantes.

Reinventem-se!

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