quinta-feira, 2 de março de 2006

Super-heróis – ainda existem?

Hoje fui surpreendido com a notícia que tinham sido distribuídas pelas ruas da Feira, folhas onde alegadamente se revelavam situações menos correctas numa empresa municipal. (O modus operandis utilizado recordou-me uma situação idêntica em vésperas de eleições autárquicas, em que se denunciavam circunstancias pouco claras na gestão da Junta Feirense.)

Em conversa de café, discutia-se a identidade de misterioso cidadão. Quem seria? Imaginava-se um vulto em cima de um prédio, oculto na sombra da noite, observando. Denunciaria todas as situações obscuras, fazendo justiça pelas próprias mãos – utilizando neste caso uma folha A4. Seria um Super-Herói? Viveria ele na clandestinidade, procurando a justiça a todo o custo? Mas porquê viver na clandestinidade se vivemos num país de liberdade?

Esta visão romântica do Super-Herói Feirense deixou-me preocupado. Por vezes os nossos políticos falam em défice de liberdade (a verdade é que falam mais vezes no défice do orçamento, mas como há vida para além do défice…). Penso muitas vezes que é um artifício linguístico utilizado para exacerbar determinada ideia que pretendem transmitir. Mas será que é isso que se passa na realidade? Uns utilizam folhas A4 que espalham pela cidade na calada da noite, enquanto outros escrevem em blogs?

1 comentário:

fritzthegermandog disse...

CB 2000 - OS HERÓIS DO SÉCULO XXI