sexta-feira, 21 de julho de 2006

pol pot, ta mok, duch

Photograph ©2000 Stuart Isett/Corbis Sygma.

"Duch, head of the Tuol Sleng prison complex, was a former schoolteacher named Kang Kech Eav.
Duch oversaw a precise department of death. His guards dutifully photographed the prisoners upon arrival and photgraphed them at or near death, whether their throats were slit, their bodies otherwise mutilated, or so thin from torture and near starvation that they were beyond recognition. The photographs were part of the files to prove the enemies of the state had been killed. Duch even set aside specific days for killing various types of prisoners: one day the wives of "enemies"; another day the children; a different day, factory workers."
Elizabeth Becker, When the War Was Over.

Porque é que homens responsáveis pela morte de 1,7 milhões de pessoas no Camboja, sob o regime "educador" dos "khmers" vermelhos, conseguem tranquilamente morrer de causas naturais, sem que qualquer tipo de justiça, de denúncia, de propósito internacional no seu julgamento chegue a acontecer? Porque é que o instigador desse genocídio tremendo, pol pot, esse profanador meticuloso da bondade e da tolerância dos homens, um zeloso comunista, morreu em 1998 na paz do diabo, sem que qualquer juíz solicitasse a sua extradição, qualquer procurador internacional formulasse uma acusação e funcionário algum o chegasse a notificar de crimes contra a humanidade? Aparentemente todos se haviam distraído com pinochet e outros homens, que edificaram e praticaram a sistematização da morte em larga escala por motivações ideológicas (e que eles eufemísticamente chamavam de "educação", de resto, prática comum entre outros "camaradas" zelosos do marxismo de outras proveniências) escaparam-se da justiça pela morte, por causas naturais. Hoje morreu mais um "camarada", sem que grande alarido aconteça e sem que alguma justiça fosse feita aos 1,7 milhões que morreram entre 1974-1979. Outros vivem ou viveram desprocupadamente (como acima se documenta) confiando que a comunidade internacional se embrulhe em pruridos e que chegue a sua vez de também escaparem, quando morrerem num qualquer hospital, de causas naturais.

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