segunda-feira, 10 de julho de 2006

w. bush is right



“In sharp contrast to the first years of the cold war, post-September 11 liberalism has produced leaders and institutions—most notably Michael Moore and MoveOn—that do not put the struggle against America’s new totalitarian foe at the center of their hopes for a better world. Defeating the new Islamist threat must be liberalism’s north star. Methods for defeating totalitarian Islam are a legitimate topic of internal liberal debate. But the centrality of the effort is not. The recognition that liberals face an external enemy more grave, and more illiberal, than George W. Bush should be the litmus test of a decent left.”
Peter Beinart: “The Good Fight: Why Liberals—and Only Liberals—Can Win the War on Terror and Make America Great Again” HarperCollins 2006.

Há quem implore para que o tempo evapore e mais depressa chegue o fim do mandato presidencial de W. Bush. Essa ânsia quase anti-americana é típica daqueles que acreditam piamente (embora seja a cegueira o seu verdadeiro problema) que os problemas do mundo serão reduzidos pela metade pelo simples facto de W. sair do pedestal.
Ora, como a cegueira de quem muito simplesmente não quer ver, é a pior das cegueiras – na maioria dos casos, bem pior que toda a ignomínia – eis que surgem já thinktankers próximos do Partido Democrata (no caso Peter Beinart) que alertam e denunciam para os perigos de algo que progressivamente se vem alastrando pela militância Democrática estadunidense: o liberalismo condescendente, em tradução livre da expressão do Autor “soft liberalism”, que vem inclusivamente sendo assumido e mediatizado por protagonistas de uma demagogia e de uma espertice saloia a toda a prova, como seja aquela do gordo do Michael Moore (de hamburgers e batatas percebe ele!).
É pois esse alerta aquele que é deixado por Peter Beinart, o alerta contra a condescendência desculpabilizante que muitos assumem perante os perigos e as ameaças que presentemente (e no passado mais recente) a mesma América enfrenta ou enfrentou. Destruir tais ameaças deve ser o seu propósito e para esse efeito Beinart convoca a própria história do partido democrata e sua prática político-militar contra os totalitarismos, desenvolvida por Harry Truman, continuada por Kennedy no Vietname, ou em Cuba com a Baía dos Porcos e reavivada por Clinton nos bombardeamentos de Belgrado.
Aquilo que seguramente não pode acontecer nas fileiras do partido Democrata, é que essa condescendência para com os totalitarismos (no caso, o islamita) tome lugar. Pelo contrário, aquilo que seguramente deve, tem e vai acontecer no partido democrata (e Peter Beinart e todos nós assim esperamos, desiludindo muitos) é que a América não vacile como o fez Jimmy Carter e que aquela tradição liberal de luta e de combate pelos valores democráticos de inspiração capitalista nos quais Woodrow Wilson, Roosevelt, Truman e Kennedy empenharam gerações de americanos, prossiga, ainda que com um presidente Democrata. No fundo, o sintoma que W. Bush was and is right!

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